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Integrantes da ONG Projeto Manjedoura, que atua na proteção de animais abandonados, prestaram depoimento na Delegacia Especial do Turismo durante a manhã desta sexta-feira, 14. Segundo a entidade, desde 2013 já há o registro dessas mortes generalizadas dos animais. Ainda segundo a ONG, é provável que esses ataques tenham sido coordenados por donos de cães que têm aversão à presença dos felinos no Parque Augusto Franco, conhecido como Parque da Sementeira.
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“Os cães sempre aparecem em matilha e nos horários em que o parque está fechado, ou seja, nas madrugadas”, afirma Luciana Ribeiro, integrante do Projeto Manjedoura. Segundo ela, alguns integrantes da ONG moram nas proximidades do parque e já ouviram durante a noite o barulho da perseguição dos cães. “Inclusive muitos foram até o local no meio da madrugada para espantar os cachorros”, relembra.
Luciana acredita que esse ataque possa ser planejado por pessoas que não aceitam a presença dos gatos no Parque. “A gente imagina que deliberadamente exista essa tentativa de esvaziar o parque. Muitas pessoas se incomodam com a presença dos gatos. Inclusive já houve casos de integrantes de ONGs ligadas à causa animal serem agredidos verbalmente”, destaca. O desejo de Luciana é que esse caso possa ser investigado e solucionado brevemente. “É uma situação que perdura há muitos anos e precisa entrar no fluxo de uma investigação para que se haja de fato alguma solução”, avalia.
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Outra integrante do Projeto Manjedoura, Verônica Andrade, diz que não só os animais, mas também toda a comunidade que usa o parque pode estar em perigo. “‘Nós ficamos preocupados porque são animais extremamente violentos, então eles podem atacar as pessoas que utilizam o parque para caminhadas e passeios em família”, lamenta. Verônica diz ainda que ataques semelhantes ao que matou os 15 anos obedecem uma sincronia. “Quando os cães atacam, eles passam entre dois e três dias com ataques sequenciados e depois somem por um tempo”. avalia.
Segundo o delegado do caso, Gilberto Passos, o inquérito policial já foi instaurado. “Por enquanto estamos na fase inicial deste processo. Para ser considerado crime, precisamos de três elementos fundamentais: materialidade, motivo e autoria”, destaca. Ainda segundo Passos, é preciso também que o corpo dos animais sejam periciados para atestar a causa da morte. “É um dos procedimentos legais que devem ser feitos para nos ajudar a entender o caso”, avalia.
Emsurb
Em relação ao ataque que resultou na morte de gatos dentro do Parque da Sementeira, a Emsurb informou que o parque é um local aberto, de livre acesso a todos e que sofre com os frequentes abandonos de animais por parte da população. E como o fato ocorreu durante a madrugada, não foi possível ação por parte dos colaboradores da Emsurb.
A administração do espaço lamenta o ocorrido e destaca que realiza ações constantes de proteção animal, em parceria com ONG’s, com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), por meio da Coordenadoria de Proteção Animal. Uma dessas ações é a castração dos animais para evitar a procriação, este ano, segundo a Emsurb, 30 gatos já foram castrados.
A Emsurb alerta que abandono e crueldade (Lei Municipal Nº 2380, de 14 de maio de 1996) contra animais é crime e a atual gestão tem desenvolvido um amplo trabalho com foco nos animais. Denúncias podem ser feitas à Ouvidoria, através do site da Prefeitura de Aracaju, e à Sema, pelo telefone (79) 3225-4173 / 98135-6961.
por João Paulo Schneider e Aisla Vasconcelos
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