Um bloquinho de nome ‘Mamãe Chego Já’ terminou mais cedo após uma série de confusões registradas na noite do último sábado, 15, no bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju. A Polícia Militar registrou a prisão de duas pessoas, além da utilização de armamento não letal com o intuito de dispersar jovens envolvidos nas brigas.
Em nota, o relações-públicas da Polícia Militar de Sergipe, coronel Fábio Machado, alegou que o bloquinho não possuía autorização da PM e que a ação militar ocorreu por volta das 20h30 após a corporação ter sido acionada por moradores sob a informação de que estavam ocorrendo diversos tumultos e perturbação do sossego, “Além do trio elétrico, havia também os paredões. A PM ao chegar no local foi recebida com garrafadas, inclusive uma viatura foi danificada e dois policiais militares foram agredidos”, narrou o relações-públicas.
Conforme Fábio Machado, os policiais que participaram da ocorrência relataram diversas brigas, uso de drogas e comercialização de cervejas em garrafas de vidro, “Para dispensar a multidão foi necessária a utilização de disparos de arma não letal. Duas pessoas foram presas, pois teriam desacatado e agredido dois policiais militares”, complementou o PM.
Ao Portal Infonet, o organizador do bloquinho, Ícaro Samir, explicou que a festa possuía todas as liberações necessárias de órgãos como a Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) e a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), mas confirmou que não possuía a autorização da Polícia Militar por recusa da própria corporação, “Foi feita uma solicitação no dia 13 de dezembro de 2019, no Comando da Capital, de policiamento ostensivo na parte externa. O mesmo foi indeferido no ato ao alegarem que não havia policial suficiente para a cobertura devido à grande quantidade de blocos que ocorriam no mesmo dia”, justificou o organizador.
Samir ressaltou ainda que o próprio representante da polícia, o qual preferiu não citar o nome, informou que o indeferimento do pedido não impediria a realização da festa, “Foi dito também que, se chegasse uma ordem do gabinete do governador, eles iriam. Tentamos, corremos atrás de todas as formas, mas não conseguimos êxito num diálogo com o governador. Queríamos fazer algo 100% correto e tínhamos segurança privada, tínhamos posto médico, tínhamos bombeiros civis e tínhamos liberação dos bombeiros militares, com tudo pago”, mencionou.
Conforme o idealizador do bloquinho, a acusação de agressão à polícia não procede, ao menos não na parte interna, “Na parte interna não houve registro de agressão à polícia, mas recebemos, sim, informações de que ocorreu na parte externa”, identificou.
Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais com supostas imagens dos tumultos, é possível visualizar uma briga generalizada ao lado do minitrio que animava os foliões com as atrações da festa. Nele também é visto uma ação de homens fardados tentando suprimir o tumulto. Ícaro Samir confirmou que o vídeo ocorreu bloquinho, mas afirmou que os homens que tentam controlar a briga são os seguranças privados contratados pela organização. “Tem muita gente leiga achando que a polícia entrou na festa agredindo as pessoas. Mas isso não é verdade. Quem está nesse vídeo é a segurança privada”, finalizou.
por Daniel Rezende
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