70% da população deve ter contato com o Covid-19, diz infectologista

Infectologista acredita que 70% das pessoas terão contato com o Covid-19 (Foto: Arthur Soares/Portal Infonet)

Enquanto os casos confirmados e mortes vão aumentando progressivamente, no Brasil, mas ainda em estágio considerado inicial, autoridades da saúde e ministros, com base no que têm observado em países da Ásia e Europa, apontam que o pico do Covid-19 (coronavírus) permanecerá até meados de junho. O cenário pode se alterar, no entanto, com a eficácia ou não das medidas adotadas pelos governos nas esferas federal, estadual e municipal, como quarentena, isolamento social e contingência populacional.

Quem prefere não apostar em data para o pico do vírus, aqui no Brasil, é a infectologista Mariela Cometki. A profissional diz que não é possível estabelecer tempo, mas que há uma previsão de que pelo menos 70% da população tenha contato com o vírus. “Nós sabemos que vai haver todo esse contato com o vírus, por isso a gente defende essas restrições que estão sendo aplicadas, para diluir essa infecção ao longo do tempo e não congestionar a rede de atendimento da saúde, seja pública ou privada, porque não teríamos local para todos”, explica a médica.

A situação desenhada pela infectologista é semelhante a enfrentada pela Itália, atualmente. Até o fechamento dessa matéria, o país apresenta mais de 41 mil infectados com mais de 3.400 mortes. No país, já faltam leitos hospitalares, há sérias restrições populacionais e, conforme autoridades, o pico do Covid-19 por lá, será alcançado entre os dias 23 e 25 de março.

No panorama do Brasil, a infectologista lembra que a situação deve piorar por conta da transmissão comunitária. “Quando se tem confirmada a transmissão comunitária, como já tem ocorrido em São Paulo e outras capitais do Brasil, você perde o perfil epidemiológico. O vírus deixou de ser transmitido por aquelas pessoas que chegaram de viagem de locais infectados, e agora circula entre pessoas que sequer fizeram viagens recentemente”, explica, lembrando que o Covid-19 é duas vezes mais infeccioso que a Influenza, por exemplo.

Recomendações

Além de cumprir as medidas de isolamento e instruções de higiene pessoal e de superfícies, a infectologista faz outras recomendações para as pessoas. “Não é para qualquer um sair comprando máscaras e luvas. Esses materiais são mais indicados para pacientes com problemas de imunidade grave, com doenças crônicas e pacientes sintomáticos. Se dentro de casa você apresenta sintomas como tosse, febre e a dificuldade para respirar, esse é o momento de procurar o hospital. Lembrando que é importante o uso de máscaras nesse deslocamento, para fazer um bloqueio físico e que o vírus (caso seja o Covid-19) não seja transmitido para outras pessoas”, pontua.

Por Ícaro Novaes

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