IBGE aponta que 10% da população do estado concentrava 47,3% da renda

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Essas informações dizem respeito ao ano de 2019 e fazem parte do módulo Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) (Foto: sxc.hu)

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,7% da massa, enquanto os 10% com maiores rendimentos
concentravam 47,3%. Essas informações dizem respeito ao ano de 2019 e fazem parte do módulo Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C).

Ainda segundo a pesquisa, na população com 14 anos ou mais de idade o rendimento médio mensal real do trabalho de 1% das pessoas com maiores rendimentos era de R$ 17.039, o que corresponde a 31,4 vezes o valor dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 543).

A pesquisa também mostrou que a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 2,127 bilhões em 2018, cresceu para R$ 2,229 bilhões em 2019. Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,7% da massa, enquanto os 10% com maiores rendimentos concentravam 47,3%.

O rendimento médio real de todas as fontes teve queda de 1,9% entre 2018 (R$ 1.636) e 2019 (R$ 1.605). A queda no rendimento médio real foi mais expressiva quando se considerou como fonte apenas os rendimentos de trabalho: neste caso, a queda entre 2018 (R$ 1.770) e 2018 (R$ 1.630) foi de 7,9%. Na série histórica da PNAD-C, que tem início em 2012, esse é o menor valor para o rendimento médio real do trabalho já registrado.

A queda no rendimento só não foi maior porque houve crescimento de 4,8% no rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes (aposentadorias, pensões, alugueis, programas de transferência de renda, etc.), passando de R$ 1.106 em 2018 para R$ 1.159 em 2019. Em Sergipe, entre as categorias que compõem o rendimento de outras fontes, a aposentadoria ou pensão foi o item de maior valor médio (R$ 2.005). O crescimento dessa categoria de rendimento entre 2018 e 2019 foi de 9,7%.

Concentração de rendimento em Sergipe é a maior do país

O índice de Gini é um indicador que mede distribuição, concentração e desigualdade econômica e varia de 0 (perfeita igualdade) até 1 (máxima concentração e desigualdade). Quando calculado para o rendimento domiciliar per capita, registra-se um aumento de 0,575 para 0,580, entre 2018 e 2019, o que se traduz em um avanço na desigualdade de rendimento.

A distribuição de renda é menos desigual nas regiões Sul (0,467) e Centro-Oeste (0,507) e mais desigual no Nordeste (0,559). Sergipe tem um padrão de distribuição de rendimento ainda mais desigual, aparecendo, desde o ano passado, com o maior índice de Gini entre as 27 unidades da federação do Brasil.

por João Paulo Schneider

Com informações do IBGE

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