Firme e forte; inabalável!

Alguém, que não escreve, disse para mim: – “Você embaralhou demais…” E por aí andou falando mais e mais.

Eu, sempre digo que não me anima escrever curto, telegráfico.

Nesse particular, sigo outros mestres: – “Fala e escreve longamente, quem muita coisa tem a discorrer”.

Poder-se-á dizer que não é bem assim: – “O poder de síntese é fundamental, afinal o leitor não é desocupado”.

Eu, porém, não busco os ocupados; quero-os em suas atividades, eficientes e acreditados.

Busco aqueles que acreditam pouco no que sai escrito nos jornais, nas revistas, sobretudo em suas manchetes chamativas, destinadas aos apressados.

Dos apressados, dizem ingerir até, quiabo cru.

Quiabo, dizem os degustadores, tem que lhe tirar o babo, ou a baba, até para um bom caruru.

A baba e a bobagem cabem nesse meu angu, afinal o Presidente perguntou sorrindo a um de seus críticos baiacus: – “Já tomou Caracu hoje?”

A pergunta bem compete porque a grande imprensa que não o larga, sequer falou de uma pesquisa encomendada pela Revista Veja, que passaria escondida não existisse o Youtube, enquanto informativo, cada vez sendo empurrado para a marginalidade.

Pesquisa retirada via iPhone de “O Pingo nos is”.

A pesquisa revela um Presidente imbatível se o pleito eleitoral previsto para 2022 fosse antecipado para um amanhã mais luminoso e próximo.

Pesquisa retirada via iPhone de “O Pingo nos is”.

Ah!, como seria bom se o pleito fosse antecipado!

Pesquisa via iPhone de “O pingo nos is”.

Já pensou uma eleição em pleno Covidão, renovando tudo de uma paulada só; Deputados, Senadores, Presidente e Governadores, separados de Vereadores e Prefeitos? Seria perfeito!

A imprensa o desejaria assim? Não creio!

A grande imprensa e a miúda só desejam o golpe; sem voto e em excesso de democracia, ao lavor dos formadores de opinião, em rasa exceção!

E haja exação, ao seu labor!

Agora, em tantas exigências, seremos todos criminais se formos às ruas, sem autorização e sem máscaras.

Mascarados, parecemos todos, malfeitores camuflados a insinuar má intenção.

Outro dia, encontrei um conhecido que confundiu a minha atenção; Seria um assaltante de banco do velho Oeste? – perguntei-me, preocupado.

Não era! Era daqui mesmo!

Era um destes gatunos conhecidos, tidos e havidos lavradazes do erário, e que, sem tornozeleira ou colarinho eletrônicos, passeiam despudoradamente, contumazes fedidos e pendidos nas denúncias comprovadas e bem sabidas, e que envelhecem impunes, afinal por aqui os escândalos resistem ao bom apuro e até a um eventual cantarolar anuro, de delação premiada.

Porque aqui não há lava-jatos, escândalos tipo mensalão e petrolão.

Aqui, todos somos sérios, tecidos inconsúteis, sem rasuras!

Ausência de seriedade em costuras mal cerzidas é coisa que só vige no além do Rio São Francisco e do Real.

Igual ao nosso grito; ninguém o escuta além dessas duas águas renovadas.

Mas, se o nosso gemido é surdo, a pesquisa escondida pela grande imprensa revela que o Presidente, agora denunciado como genocida no Tribunal Internacional de Haia, permanece firme, forte e inabalável, mandando seus adversários tomarem Caracu, ainda.

Por que ainda?

Porque não vai faltar Caracu, para tantos assedentados, que lhe criam mil denúncias e pronúncias.

E assim eu volto à minúcia que sugeri acima: não seria de boa argúcia uma antecipação geral de eleições, um recall formidável, enquanto catarse geral e democrática?

– “Não! Agora não! – dirão muitos destes sedentos baiacus – “Primeiro retiremos este Bonzo do páreo!”

Para estes, vale a pergunta do Presidente em outro mote de igual pudor: “Já tomou sumo de caju hoje, fora de safra?”

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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