Em mais uma data comemorativa atípica, em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Dia dos Pais celebrado neste domingo, 09, será marcado por uma palavra: a saudade. Apesar da distância impedir o beijo e o abraço, a tecnologia tentará amenizar a ausência, fazendo com que muitas famílias possam se conectar à distância para diminuir a saudade.
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Mesmo após deixar a casa dos pais, há 20 anos, o analista de sistemas Jarbas Prado afirma que sempre usou a tecnologia para ter o contato diário com a família, mas em feriados e datas festivas como esta procurava estar presente. Ele mora em Salvador e os pais vivem em Aracaju. “Atualmente, conseguimos manter o contato diário através das vídeo chamadas, além de compartilharmos nossa localização, e desta forma acompanhamos a rotina um do outro”, resume Jarbas.
Em virtude desse atual cenário da pandemia e isolamento social, Jarbas conta que não poderá viajar para estar com o pai neste domingo. No entanto, apesar da ausência física, ele explica que a tecnologia ajuda muito a encurtar distâncias e diminuir a falta que sente do pai. “Isso nos ajuda a estarmos próximos, mesmo que virtualmente. Neste domingo, Dia dos Pais, não estarei presente fisicamente, mas conseguiremos ao menos nos ver, estreitar a distância e diminuir mais um pouco a saudade”, resume Jarbas.
O empresário Edson Teo também está imerso nesse sentimento de saudade. Desde o início do ano não vê os dois filhos, que têm 18 e 15 anos, respectivamente. “Estou desde o dia 2 de janeiro sem ver meus filhos, Letícia, de 18 anos, e Brenno, que tem 15 anos. Eles moram com a mãe no interior de São Paulo. Passamos o Réveillon em Recife junto com a família de minha ex-mulher”, lembra.
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Teo conta que embora seja divorciado possui uma excelente relação com a ex-esposa, o que facilita muito a convivência em meio ao distanciamento. “Essa relação nos conserva como uma família mesmo à distância. Além do mais, eu nunca passei tanto tempo distante! No Dia dos Pais sempre me fiz presente. Infelizmente este será o primeiro ano em que estarei distante”, lamenta.
Apesar do dissabor da distância, ela relata que praticamente todos os dias mantém contato com os filhos através de vídeo-chamadas. “É o que ameniza a dor da saudade! Mas a vontade de beijar e abraçar é imensa”, avalia. Teo diz ainda que a tendência é que neste domingo as vídeo-chamadas sejam ainda mais intensas. “Sei que nos falaremos várias vezes por vídeo-chamada, pois eles sabem que eu estarei muito triste por não estar com eles! Mas tenho que confiar em Deus e acreditar que isso vai passar e teremos muito tempo juntos”, acredita.
“Longe também pode ser perto”
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Segundo a psicóloga Lorena Amorim, todo esse aparato tecnológico oferta um grande conforto nesse momento de distanciamento social. “Com as relações pessoais interrompidas devido à pandemia, o ambiente virtual é uma boa válvula de escape para demonstrações de afeto”, destaca. Ainda segundo a profissional, apesar da distância é necessário que as pessoas possam demonstrar amor e carinho.
“Fazer uma vídeo-chamada ou simples ligação transmite para a pessoa um sentimento de bem-querer. Isso ajuda muito a lidar com a solidão, e como todas as limitações impostas pela distância”, assinala. Lorena diz ainda que a tecnologia é uma grande aliada para estarmos presentes, mesmo distantes. “Não é só porque a pessoa está longe que isso significa que ela não pode estar perto. O carinho, afeto e amor também são sentidos a distância”, salienta Lorena.
por João Paulo Schneider
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