Em tempos de pandemia, a situação fica ainda mais delicada para as famílias que aguardam a chegada de bebês. Afinal, a ansiedade de conhecer o novo rostinho vem acompanhada pela necessidade de ter cuidados ainda maiores, considerando a imaturidade no sistema imunológico que os bebês apresentam por natureza. E como ficam as visitas neste momento?.
De acordo com a neonatologista Klebiana Gomes, nas maternidades da rede pública as visitas estão restritas e ocorrem de acordo com critérios definidos a partir da necessidade de cada mãe. Os pais de bebês que estão na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), por exemplo, continuam com o direito de visitas, mas numa periodicidade menor. “O ideal é que haja menos visitas para proteger o bebê, já que os adultos saem da maternidade, vão para casas e há o risco de trazer o vírus para essas crianças”, afirma.
As visitas nas enfermarias também passam por adaptações. Segundo a médica, as gestantes menores de idade seguem com o direito de ter um acompanhante para o parto, assim como as mães de gemelares. “Estamos tentando retomar as visitas dos parentes em horários em que a gente consiga diluir a quantidade de pessoas para proteger tanto as puérperas quanto as outras pacientes”, afirma.
Visitas em casa
De modo geral, a neonatologista orienta a restrição de visitas até que, pelo menos, os bebês tenham tomado as vacinas do segundo mês de vida. Segundo ela, um dos principais desafios da pandemia é desfazer a cultura em que parentes estão acostumados a realizar visitas em grandes quantidades de pessoas, habituados, inclusive, com o fato de pegar o bebê no colo no momento em que o conhecem.
“O indicado é que cada um fique nas suas casas mas, se houver uma grande necessidade de visitar, orientamos que as pessoas tomem os cuidados essenciais para evitar o risco da Covid-19 e qualquer outro tipo de vírus respiratório”, aconselha. Para os casos em que as visitas acontecerão de forma restrita, ela lista cuidados como:
– Usar máscara durante todo o tempo que estiver no mesmo ambiente que o bebê
– Higienizar as mãos imediatamente
– Não segurar a criança no colo, considerando que a própria roupa representa um risco
– Realiza visitas com o mínimo de pessoas possível
Sobre as situações em que a puérpera precisa de acompanhantes fixos para auxiliar na rotina com o recém-nascido, a orientação é que a pessoa que passará o resguardo com ela fique de 7 a 10 dias de quarentena antes desse período, além de usar máscaras perto do bebê e cumprir os cuidados básicos que são necessários no momento.
A profissional reforça que o momento é delicado para todos, mas que seguir todas as orientações durante os primeiros meses de vida é de extrema importância para a saúde do recém-nascido.
por Juliana Melo e Aisla Vasconcelos
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