Com o objetivo de incentivar as pessoas para o uso do preservativo, um fabricante lançou uma campanha de marketing de uma marca de camisinhas. Assim, de forma irreverente, surgia o dia do sexo, dia 6 de setembro, relacionando-o a uma das práticas sexuais, mas com pelo menos dois objetivos muito importantes: conscientizar as pessoas sobre a importância do uso de preservativos durante o ato sexual, e ajudar a quebrar antigos tabus sobre o sexo.
Vários estudos apontam que, quando realizada de forma responsável e protegida, a prática sexual pode apresentar diversos benefícios para a saúde. Entretanto, a prática sexual sem o uso do preservativo, pode expor as pessoas, às diversas IST _ Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis, HIV, Hepatites Virais e gravidez não planejada. Até o Zika vírus pode ser transmitido sexualmente.
Este ano, o dia do sexo ocorreu no período de pandemia do novo coronavírus que, por questões de prevenção, levou a alguns casais a cumprirem o distanciamento social e evitarem as relações sexuais. Algumas pessoas solteiras revelam que, para evitar o contato físico com parceiros(as), estão procurando aplicativos para conversas eróticas.
Entretanto, pelo que observamos no comportamento das pessoas, no feriadão, com aglomerações e pouco uso da máscara, certamente que a preocupação em evitar as relações sexuais, por causa da Covid-19, não deve ter ocorrido. O efeito das bebidas alcoólicas deixa as pessoas sem percepção do risco que correm tanto na vida sexual como na prevenção da covid-19. As pessoas alcoolizadas não usam máscara, não respeitam o distanciamento e passam a esquecer do pavor de se infectar pelo novo coronavírus e precisar ser internado numa UTI, ou até de precisar ser intubado e até dos milhares óbitos ocorridos. Outros, até por questões políticas, continuam negativando o problema da Covid-19. Na vida sexual, o uso abusivo das bebidas alcoólicas leva à não utilização do preservativo nas relações sexuais.
Aproveitamos a divulgação do Dia do Sexo para lembrar que hoje existem novas tecnologias, além da camisinha, para a prevenção das IST. Essas tecnologias constituem a Prevenção Combinada, que inclui a PEP – Profilaxia Pós-Exposição ao HIV e a PrEP – Profilaxia Pré-Exposição ao HIV.
A PEP é uma medida de prevenção de urgência, que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser iniciada o mais rápido possível – preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.
A PrEP – Profilaxia Pré-Exposição é uma medida de prevenção ao HIV que consiste no uso contínuo de antirretrovirais, o que não substitui o uso de preservativos, reduzindo o risco de infecção pelo vírus do HIV. A PrEP começa a fazer efeito após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias de uso para relação vaginal.
É importante lembrar que a PrEP não protege de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.