Instituído em 2017, o Dia Nacional do Combate a Sífilis e a Sífilis Congênita, realizado no terceiro sábado do mês de outubro, visa conscientizar sobre os riscos da doença, que atinge principalmente mulheres e crianças.
Classificada como uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a sífilis tem sido combatida por conta do agravamento em território nacional nos últimos anos.
Em outubro de 2019, o estado de Sergipe foi registrado com o maior número de casos de sífilis congênita na região Nordeste, tendo a maioria dos casos sido registrados em Aracaju com 719 gestantes com sífilis e 457 crianças infectadas e Nossa Senhora do Socorro com 369 gestantes e 278 crianças infectadas pela IST.
Entre os riscos da sífilis, estão: a provocação de lesões na pele, nos órgãos internos, no sistema nervoso e no sistema cardiovascular. Segundo o médico Almir Santana, na criança a contaminação pode ser mais grave. “A sífilis pode contaminar a criança através da mãe durante a gravidez e o bebê pode nascer com várias sequelas ou até morrer durante o período dentro do útero ou também no parto. É a chamada sífilis congênita. A mãe grávida, se não fizer o pré-natal certo, a criança pode nascer com a sífilis congênita.”, explica o médico.
Confira as cidades sergipanas com mais casos de sífilis congênita:
Prevenção
Por conta desses riscos de transmissão durante a gestação, os meios de prevenção aparecem como a principal forma de combater a sífilis. “A mulher tem que fazer no mínimo três exames de sífilis durante o pré-natal”, alerta Almir. Como classifica-se como sexualmente transmissível, faz-se necessário também o uso de preservativos para coibir a contração da doença. “Nos adultos, a relação sexual sem camisinha é a principal forma de contração. Então os cuidados de prevenção são: primeiro o uso da camisinha e segundo fazer o teste, por que se descobrir pode evitar engravidar ou fazer o tratamento. E o pré-natal ser feito certo com os exames. Se descoberto que a gestante está com sífilis, que seja feito o tratamento correto, nela e no parceiro sexual”, completa.
Casos em Sergipe em 2020
Ao todo já foram registrados quase mil casos de sífilis neste ano em Sergipe. Em gestantes o número está em 604 pessoas infectadas, enquanto outros 391 casos de sífilis congênita atingem as crianças, o que significa um aumento de quase cem casos em relação ao mesmo período em 2019, quando foram registradas 294 notificações da doença. Desde 2016, as cidades de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, são as que mais tem tido registros. Completando a lista os municípios de Estância, São Cristóvão e Itabaiana.
Por Milton Filho e Karla Pinheiro
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