“NO AMOR O QUE NÃO SE DÁ, SE PERDE”. *

Gostaria de pedir-lhe para dar uma olhada. No entanto, não quero que você olhe para frente, nem para trás; nem para um lado, nem para o outro; nem para cima, nem para baixo.

 

O que eu pretendo mesmo é convidá-lo a dar uma parada, por um momento sequer e olhar para dentro. É isso mesmo. Um olhar para dentro. Uma observação do seu interior.

 

O que eu quero é que você faça uma introspecção. O que pretendo, na realidade, é que você se analise, ou melhor, se auto-analise, consulte o seu coração, a sua consciência e veja se o que você está fazendo, aqui e agora, condiz com aquilo que você realmente tem como referência.

 

Se as suas atitudes em relação às pessoas com quem você convive, estão de acordo com os valores morais e éticos que pautam a nossa sociedade. Se as suas ações e, até as suas reações, estão contribuindo, engrandecendo estas pessoas ou, ao contrário, estão diminuindo, humilhando, atrapalhando estes entes queridos.

 

Pergunte ao seu interior, se realmente você está tratando, a você mesmo, como o idealizado. Como está a sua alimentação? Você está fornecendo ao seu organismo alimentos que realmente suprem as suas necessidades? A sua saúde, como é que você está cuidando dela? O seu descanso tem sido compatível com os seus esforços? Você bebe? Fuma? Você, de sã consciência, tem certeza de que necessita de tais vícios? Existe possibilidade de deixá-los?

 

Neste olhar para dentro indague a você mesmo como está tratando o seu cônjuge.

 

É, a sua esposa ou o seu esposo. Como tem sido este convívio? Tem sido harmônico e saudável no cumprimento da missão divina de marido e mulher, pai e mãe e filhos? Você acredita que, de fato, está atendendo as aspirações dele(a), dando-lhe apoio necessário, conversando, estimulando, participando e, sobretudo, ouvindo? Você acredita que tem sido uma boa companhia?

 

Pergunte a si mesmo: você gostaria de ter como companheiro (a) uma pessoa igual a você? Vocês continuam namorando? Não? Por quê? Onde está todo aquele afeto, todo amor, toda aquela paixão dos tempos de namorados? 

 

Não esqueça amigo (a):

 

Como diz o mestre Jácome Góis: “no amor o que não se dá, se perde”.

 

Como é que você tem se comportado com seus filhos? Você é um pai ou uma mãe presente? Companheiro(a), incentivador(a), amigo(a) e partícipe das aventuras deles? Imagine por um momento. Se seu filho estiver com um problema sério, você acha que ele vem pedir-lhe ajuda? Será que ele vai ter a segurança de chegar para você e expor uma situação em que por acaso ele se meteu? Não? Então a quem você acha que ele deve procurar? O amiguinho da escola? O professor? O cara da rua? Ou o traficante?

 

Como têm sido os diálogos com seus filhos? Nestas horas há conversa entre amigos ou agressões entre inimigos?

 

Você tem saído com eles? Tem levado-os para se divertirem? Soltar pipa, jogar bola, acompanha-os ao cinema, praia, futebol?

 

E os seus pais? Sim, os seus pais, aqueles que lhe deram a vida? Como é que você os tem tratado? Tem-lhes dado o presente da sua presença? Tem conversado com eles? Tem abraçado-os? Tem verbalizado para eles o quanto são importantes para você? Lembre-se de que eles deram tudo o que você tem. Não é mesmo? Sem eles você sequer existiria, sabia? Eles são as pessoas a quem você deve tudo, inclusive você se deve a eles. Tem agradecido isso? Tem demonstrado compreensão, ternura, paciência?

 

Você já parou para pensar quem são os seus pais? Já analisou, pelo menos alguma vez, serem eles pessoas que só querem o seu bem, que vibram com o seu sucesso e sofrem com suas derrotas?

 

Você já teve a coragem para dizer: “obrigado Papai, obrigado Mamãe, por me haverem colocado no mundo e me mantido até o dia de hoje, por terem, às vezes,  com sacrifícios, feito sempre o melhor por mim”?

 

E os seus irmãos, como tem sido o tratamento entre vocês? Tem caminhado na fraternidade ou na adversidade? Você tem conversado de igual para igual com seu irmão? Tem torcido pelo seu sucesso e sofrido com as suas perdas?

 

E os que trabalham com você? Empregados, colegas, amigos. Como é que você tem-se relacionado com eles? Tem sido compreensivo, tem elogiado, tem recompensado as boas atitudes?

 

Pense também nos seus vizinhos, concidadãos, patrícios, a natureza… O que você está fazendo para o engrandecimento de todos?

 

A natureza, como é que você a está tratando?

 

Vamos pensar em fazer mais e reclamar menos! Procuremos ser diferentes, superiores, mesmo que, nem sempre haja a reciprocidade. Os que nos tratam mal simplesmente praticam a autodefesa. No mundo cão em que vivemos, infelizmente, o correto é o incorreto. O certo é o temor e não o amor, o que prevalece é a expectativa do pior e não do melhor. As pessoas estão naturalmente se defendendo umas das outras, pois imaginam sempre um punhal escondido na manga do outro.

 

Vamos fazer a nossa parte, comecemos por nós mesmos, pelos nossos familiares, nossos amigos, nossos vizinhos…

 

Vamos nos amar mais, nos valorizar-nos mais e, por conseqüência, valorizar o nosso próximo também. Vamos, antes, dar para depois receber.

 

Nunca podemos mudar ninguém. Só podemos mudar a nós mesmos. Porém, com a nossa mudança poderemos, talvez, influenciar para que os outros mudem também.

 

PENSEMOS NISSO.

 

Amigos desculpem escrever neste tom. Mas foi uma forma que encontrei de mostrar para todos, para mim, inclusive, que devemos fazer a nossa parte. Se agirmos assim, poderemos até ter, em contrapartida, os outros fazendo-nos, também algo semelhante. Se isso acontecer, estaremos caminhando rumo ao um mundo ideal, mais humano, para todos. Um mundo de mais harmonia, de mais compreensão, de mais amor além de muito mais alegre e feliz.

 

A propósito, surpreenda os seus. Sabe como? Por exemplo: sem nenhuma comemoração aparente, leve uma flor, qualquer flor, para a sua esposa, entregue-a com reverência e diga-lhe que a ama.

 

Como surpreender um pai ou uma mãe? É muito simples. Vá a casa deles, com esposa e filhos, conversem, falem das façanhas dos netos deles, – avô adora traquinagem de netos. Não esqueçam de abraçá-los, de beijá-los, de elogiar a comidinha que com tanto amor a vovó preparou. O agradecimento tem que ser coletivo, todos: filho, nora e netos agradecendo e elogiando. Este é o maior presente para um pai ou uma mãe.

 

É claro, que esta é apenas uma das maneiras de como você pode fazer os seus pais felizes. Outras, sem dúvidas, existem. Não economize, faça, e faça logo. Amanhã pode ser tarde demais…

 

*Jácome Gois

 

Qualquer crítica ou sugestão podem ser enviadas para comentários ou para o

e-mail domingospascoal@infonet.com.br ///////

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais