O mundo está a precisar de líderes, muito mais do que de pais, professores, gerentes, chefes, administradores, pastores e padres. Necessitamos de todos esses, contudo, que sejam, antes, líderes: pais líderes, professores líderes, gerentes líderes, chefes líderes, administradores líderes, pastores líderes e padres líderes. Líderes compreensivos, comprometidos, calmos, inteligentes, pacientes, e, sobretudo, como diz James C. Hunter, “Líderes Servidores”. Aquele que autodenominar-se líder e não estiver disposto a servir, pode ser ou vir a ser tudo, menos líder. Foi-se, se é que existiu, o tempo do “líder” egoísta, egocêntrico, em torno de quem e para quem tudo girava. Acabou. Necessitamos de líderes que saibam dividir mais virtudes e somar menos problemas, que tenham sensibilidade, que respeitem, que aceitem o bônus, sem, contudo, refutar o ônus. Alexandre, o Grande, um dos maiores líderes da humanidade, quando de suas incursões de conquistas deparou-se, certa feita, num deserto e sem água. A sede se abateu inclemente sobre todo o seu exército e ele próprio. Não tinham mais nenhuma provisão de água. Os seus comandados, de tão leais, por conta própria, decidiram juntar as poucas gotas d’água que restavam, espremendo os seus cantis de bexigas de cabra, para oferecer ao seu rei e comandante. E, assim, com muitos esforços, conseguiram um pouco de água que levaram ao Grande Chefe, num capacete de prata. Alexandre pegou o capacete com a água, olhou para os sedentos soldados que lhe ofereciam o precioso líquido, agradeceu e virando o capacete com a água rumo ao solo, derramou-a na areia e exclamou: “se alguns de vocês merecem morrer de sede eu também mereço. Portanto, se tivermos que perecer, pereceremos todos, eu inclusive, pois sou o responsável.” Em outras palavras ele disse: eu sou o Líder… O incrível deste episódio foi que todo o exército milagrosamente sobreviveu. Deste ato de liderança ficou uma constatação muito importante: aquele que voluntariamente se priva de beber, tem o dobro de chances de sobrevivência. Diferentemente, aquele que é forçado a ficar sem água pela metade do tempo, certamente morrerá de sede. E só quem comanda voluntários é um líder. Voltando ao magnífico livro “Como se Tornar um Líder Servidor”, de James C. Hunter, em certo trecho ele diz: …preocupa-me, se um “ser” de outro planeta descer a terra e, ao primeiro terráqueo que encontrar, diga-lhe: “leve-me ao seu líder”. Este indivíduo que recepcionar o alienígena certamente vai ter muita dificuldade de encontrar um líder. A visível escassez de líderes, de bons líderes, justifica a necessidade do surgimento desses espécimes nos tempos em construção a que assistimos.
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