Passou o Natal. Papai Noel foi embora, puxado pela suas renas imaginárias. A ilusão da troca de presentes, as comemorações pagãs, que tanto desvirtuam o sentido daquela data magna, também passaram; o gingombel ainda se ouve aqui e ali, mas também já devia ter ido embora, acompanhando Papai Noel no som amplificado do seu trenó, pois outra data muito importante se avizinha, daqui a pouco celebraremos com mais festas, bebidas, perus e rabanadas o final de mais um ciclo de vida. Mais um ano que se foi. Temos menos doze meses a nosso favor, e ainda comemoramos, ainda fazemos festas para solenizar esta perda. Hei! Não é o ano velho que estamos comemorando não. A solenidade refere-se ao ano que se inicia o Ano Novo, alguém pode dizer. Ah, é? Tudo bem! Que venha então o novo ano. Novinho em folha, flores e frutos. Pois, como tudo o que nasce, traz em si o prenúncio de novas realizações, de bons auspícios, de alegrias e sonhos. Que seja auspicioso o ano de 2010; que venha embalado em festas e comemorações; que venha repleto de boas expectativas. E que esta semente que ora germina consiga realmente trazer boas perspectivas. Sabemos todos dos planos e projetos, das buscas e sonhos que idealizamos nestes inícios. Não somente no começo de ano, mas também quando casamos, quando nos formamos, quando arranjamos um novo emprego, quando passamos num concurso, quando iniciamos um curso, etc. Mas, aqui, nos ateremos ao Ano Novo. Novos planos, novas buscas, novos desafios. Quantas promessas feitas, quantos projetos, quantas esperanças… Que bom que existam todas estas perspectivas, todos estes desafios. Viver sem projetos é como não se saber para onde ir, qualquer lugar aonde chegar está bom, pois a vida exige um reiterado buscar e um realizar diário. Nesse caminhar somos forçados a ter objetivos bem definidos, necessitamos sempre andar com a bússola e a rosa dos ventos em mãos para que nos indiquem os melhores caminhos para as nossas realizações. Saber onde queremos chegar deve ser prioritário para que não nos percamos nos intrincados caminhos do tempo. Temos que estar atentos, portanto, para a concretização do planejado, para implementação do que projetamos para o cumprimento de nossas promessas a nós mesmos e aos outros. Infelizmente, somos muito amadoristas quando o assunto é um planejamento, chegamos mesmo a sermos preguiçosos, descomprometidos com aquilo que tanto sonhamos e queremos. Planejar, fazer, realizar. Planejar, até planejamos, porém, quando chega a hora de executar, em que nos deparamos com o esforço que temos que desprender, com o trabalho que dá para cumprir a promessa, acabamos, quase sempre, propositadamente, nos esquecendo do prometido, do planejado, e aqueles projetos, tão bem delineados no início, transformam-se em nada. Temos que fazer um esforço para que nossos planos não fiquem apenas nas festas de réveillon. Se planejarmos emagrecer 10 quilos, vamos trabalhar diuturnamente em cima deste projeto; se prometermos deixar de beber ou fumar, por exemplo, façamos um esforço para cumprir com esse plano; se nos dispusermos a estudar um determinado assunto, fazer um determinado curso, realizar um determinado negócio, comprar uma determinada casa, conquistar um certa posição, persigamos com determinação nossos sonhos. Porém, não esqueçamos: só fazendo se faz; só realizando é que o projetado se concretiza. Quer dizer: de nada adianta planejar e não fazer. É neste verbo “fazer” que mora o segredo do sucesso: quem faz, faz; quem não faz, não faz. Quem faz, tem, quem não faz, não tem. Esta é uma lei imutável da vida. Só aquele que faz consegue ter. Aquele que espera vai continuar esperando e assistindo ao sucesso daqueles que fazem. Cumprir com o prometido, com o planejado dá trabalho, mas a realização de um projeto dá prazer e é atrás do prazer que todos andamos durante toda a nossa vida. Portanto, se realizar é prazeroso, devemos cumprir com as nossas promessas. Afinal, ninguém está obrigado a prometer. Porém, prometendo, está obrigado a cumprir. Pensemos nisso neste reveillon e durante todo o ano de 2010 e Feliz Ano Novo.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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