Há alguns anos, tomei uma decisão ao que parece, para muitos, simplória e de resultados duvidosos. Porém, ainda continuo acreditando. Às vezes, por uma questão de cortesia e educação, eu concordo com aqueles – muitos, por sinal – que afirmam ser bobagem esta minha busca. Eles alegam que eu não vou consertar o mundo e nem a vida de ninguém; que eu estou dando uma de bobo, por querer ver o progresso e a evolução das pessoas com as quais interajo. Compreendo o que querem dizer, sei que alguns até fazem isso com a nobre intenção de me proteger. Entendo. Estou ciente também que nem Cristo, com toda a Divina sabedoria e doando a própria vida, conseguiu reparar os desequilíbrios existentes. Não reparou os desequilíbrios e nem os desequilibrados. Continua tudo a mesma coisa. Muitos ainda não foram tocados pelas palavras sagradas e andam exatamente na contramão do que Ele pregou, mostrou e provou ser o certo. Não vai ser um sujeito simplório como eu que modificará as estruturas reinantes, claro! Também entendo que as poucas pessoas às quais posso alcançar com as minhas boas intenções, pois, reconheço, tenho “pouca bala na agulha”, podem até não se interessar ou, como sói acontecer, já se encontrarem tão convencidas de suas verdades absolutas que, infelizmente, não vão entender. Não faz mal, chego aos que posso, dou o meu recado, planto a semente e torço muito para ela vicejar. A busca que prego é a da prosperidade em todos os sentidos. O meu sonho é de que todos devem crescer, repito em todas as suas potencialidades. Cansa-me ver uma pessoa com tanto e outras com tão pouco. Não culpo a ninguém; nem os que têm mais e nem os que têm menos. Não. Não há culpado nessa história. Quem conseguiu é porque, de alguma forma, foi em busca, e quem não conseguiu é porque também, de algum modo, não soube buscar. Na verdade, o que incomoda é ver as pessoas andando devagar e, às vezes, até paradas nas esquinas do tempo à espera de uma “oportunidade”, no aguardo preguiçoso e indolente de que a “sorte o ajude”, traga os bons ventos do seu desenvolvimento como pessoa, do seu crescimento individual e da sua riqueza merecida. Vão passando pela vida assim, como autômatos, se arrastando, devagar, sem iniciativa, sem ambição, sem proposta, sem vontade. Vão apenas vivendo e deixando o tempo escoar. Prefiro entender que não existe o que chamam de “sorte” ou de “oportunidade” e, para gáudio meu, os fatos estão aí para provar este meu posicionamento. Pessoas que sem nenhuma possibilidade chegaram aonde chegaram sem esperar pela “sorte” ou a tal “oportunidade”. Cito, com exemplo maior, o nosso Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva que de origem modestíssima assumiu o maior cargo da nação. Muitos até dirão que foi sorte. Eu posso garantir que foi, na verdade, muito mais do que a tal “sorte”, foi de fato, uma “vontade” ferrenha, um “sonho” possível e, sobretudo, uma “ação” continuada que redundou numa “realização” esperada. Não há milagre. Repito não há sorte, não há oportunidade. O que há de fato é uma vontade/sonho, uma ação/trabalho e uma realização/conquista. O grande problema é que isso dá um pouco de trabalho, custa um pouco de sacrifício. Aí a grande maioria se sente melhor no comodismo, no conformismo com “status quo” e vai deixando que a seleção natural vá acontecendo através daquele que processa, instrui e julga a tudo e todos nós, o excelentíssimo senhor, juiz das eras, o TEMPO. É ele quem determina e quem termina com todos os nossos sonhos, com todas as nossas vontades e com todas as nossas realizações. Ele não perdoa. O conformismo com a mesmice, dizem, reside na falta de oportunidade e de sorte. Isto porque nasceu aqui ou ali, porque é pobre, porque seus pais não tiveram como prover uma boa educação, não pôde estudar, não pôde aprender, o governo não ajudou o papa não contribuiu…, e vai por aí o lenga-lenga sem fim, para provar o improvável, para justificar o injustificável. A buscada explicação não é para convencer aos outros, somente, é para convencer-se a si próprio do seu insucesso. A grande verdade é que não fez e nem quer fazer, pois fazer, realizar, construir dá uma trabalheira, suprime regalias, toma tempo, é, enfim cansativo… Não, deixa pra lá, vou ficando por aqui mesmo. Pois bem, como estou fazendo esta semeadura? Como estou levando esta mensagem de que as realizações são possíveis? Por todos os meios que se me apresentam: contatos ocasionais, matérias que escrevo para alguns valorosos órgãos de comunicação, o Livro “EXPERIMENTE MUDAR”, que publiquei em 2008, palestras em que faço observações, diálogos, etc… Às vezes sou, na verdade mal interpretado. Para ser franco, é o que mais dói. Mas, fazer o que? Vou em frente, como disse, não tenho a disposição de arredar o pé deste meu objetivo; fiz dele o meu sacerdócio. As pessoas com quem tenho conversado, quem leu o meu livro, ou o que publico na Revista Perfil, no meu Blog na Infonet, ou noutros meios de comunicação, como alguns jornais, quem já assistiu às minhas palestras, sabem do que estou falando. Como já dito, de tanto assistir, escutar e enxergar as pessoas nessas condições, sem rumo, ou, pior ainda rumando exatamente ao contrário, atrevo-me a sugerir mudança de rota, mostrando, se for possível, o equívoco que estão praticando. Como já disse, às vezes sou mal entendido e, existem, ainda, aqueles que até se aborrecem com as minhas interferências, repito. Mas, há também, por outro lado, os que entendem e, até agradecem. E, melhor ainda, outros e são estes que me estimulam a prosseguir, que encampam a idéia e mudam o seu rumo. É para esses que dirijo as minhas boas intenções e, sinceramente, torço muito por seus sucessos. CONTINUA NO PRÓXIMO SÁBADO.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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