Santo Souza nasceu na cidade de Riachuelo, Sergipe em 27 de janeiro de 1919 de família humilde ávido pelo saber se tornou autodidata, assim em 1953 começou escrevendo crônicas para o radio local desta forma não demorou para no mesmo ano lançar seu primeiro livro. CIDADE SUBTERRÂNEA (1953) Precedido por CADERNO DE ELEGIAS (1954), seguiram-se RELÍQUIAS (1955) e ODE ÓRFICA (1955/1956/1968), cuja primeira edição, foi publicada, como os livros anteriores, por José Augusto Garcez em seu Movimento Cultural de Sergipe. O livro Ode Órfica, balançou a critica nacional “Anotem os críticos o nome desse poeta de Sergipe. Terão de falar dele, um dia”. SERGIO MILLIET e critico de arte, São Paulo (in “O Estado de São Paulo”, de 20 de dezembro de 1955; idem, Diário Crítico, são Paulo, Livraria MARTINS, 1959, pp. 109-110. “Mais um testemunho da vitalidade literária de Sergipe. Um livro em que Orfeu é invocado em versos de sóbria beleza, pela entonação melódica” VALDEMAR CAVALCANTE, Rio de Janeiro (in “O Jornal”, de 18.03.1956). Em 1965 fez uma colaboração em POEMAS DENSOS. E em 25 de janeiro de 1964 foi lançado publicamente de com direito manhã de autógrafos na livraria Regina ponto de encontro de intelectuais na época PÁSSARO DE PEDRA E SONO que em março do mesmo ano foi censurado pela ditadura militar e retirado das prateleiras.Em 04 de julho de 1970 assumiu a cadeira efetiva na academia sergipana de letras. CONCERTO E ARQUITETURA (1974) . E o orfismo voltou em cena com a obra PENTACULO DO MEDO (1980) e A ODE E O MEDO (1988). O sucesso do autor era tal que a fundação Joaquim Nabuco Da cidade de Pernambuco rendeu ao autor a publicação de OBRA ESCOLHIDA (1989) que foi uma edição especial que selecionou os melhores poemas das obras editadas do autor . “Um dos mais inventivos poetas de Sergipe, ou seja, Santo Souza (1919-), cuja poesia segue uma linhagem universal da metáfora na tradição da imagem, postura de todos os tempos da poesia” ASSIS BRASIL, in A Poesia Sergipana no Século XX (Antologia), 1998.O príncipe dos poetas brasileiros também comenta”A ODE E O MEDO deu de beber à minha sede de poesia. É uma transfusão espiritual na anemia de beleza destes dias. Nunca o mundo precisou tanto de poetas como você: criador de ritmos que iniciam, de palavras que tatuam nos muros da noite a celebração do eterno”PAULO BOMFIM, São Paulo (in Santo Souza, Obra Escolhida, 1989,p.261). E poeta reacendeu com força seu estilo órfico em ÂNCORAS DE ARGO (1994); Em 1995 a Associação Paulista de Críticos de Arte de acordo com decisão da Assembléia Geral realizada na sede do sindicato dos jornalistas profissionais do estado de são Paulo conferiu no setor literatura a Santo Souza o grande premio da crítica no teatro municipal de arte de São Paulo. A CONSTRUÇÃO DO ESPANTO (1998);ROSA DE FOGO E LÁGRIMA2004;REQUIEM PARA ORFEU(2005);ESQUILO NA TOMENTA(2006);DEUS ENSAGUENTADO (2008). Após 46 anos sem fazer lançamento de livro ao público SANTO SOUZA aos 91 anos fez no dia 02 de junho de 2010, no Salão de festas do Condomínio Emanuel Fonseca, na Avenida Beira Mar, 2016, com apoio da Academia Sergipana de Letras, o lançamento dos seus dois novos livros: CREPÚSCULO DE EPLENDORES e DEUS ENSAGUENTADO, este ultimo com versão em espanhol; “DÍOS ENSANGRENTADO”. Ambos fazem menção a sua trajetória órfica. A noite de autógrafos contou, com a presença de muitas personalidades da área cultural e literária sergipana, teve recital de poesia com Ilmara Cristina, Domingos Pascoal, José Santo Souza Neto, Valmir Sandes, Cristina Cabral e Dirce Nascimento, Dr. Ivo Mariano, Marlene Calumby, Rejane Souza e Amorosa, que cantou de forma inovadora e extraordinária os versos órficos de Santo Souza. ILMARA CRISTNA. Jornalista e neta do autor
Santo Souza faz lançamento do seu novo livro com concorrida noite de autógrafos
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