Um dia sem rir é um dia desperdiçado. Charles Chaplin Você já tentou atribuir um valor ao seu sorriso? Aliás, a pergunta deveria ser: você sabe que o seu sorriso tem valor? Ou, talvez, melhor ainda, você tem idéia do prejuízo que a sua sisudez lhe proporciona todo dia? Vamos pensar um pouco? Procure interpretar como é o comportamento das pessoas com quem você convive diariamente, seja sincero, você gosta de interagir com pessoas que não riem? Pessoas carrancudas, amuadas? Faça uma experiência: amanhã, quando você chegar aos vários ambientes que obrigatoriamente tem que frequentar, experimente ver com outro olhar o comportamento daqueles com quem você vai se relacionar. Com toda certeza, se você encontrá-los se divertindo, certamente vão estar alegres e, pessoas alegres normalmente transmitem esta exultação através de um descontraído sorriso. Porém, se o ambiente for outro: de trabalho, no trânsito, nos consultórios médicos, nas filas de bancos, dos supermercados…, facilmente você vai perceber que acontece, exatamente ao contrário, é quase certo que estejam contraídas, tensas, estressadas, preocupadas, sisudas. Pessoas alegres sentem-se felizes com a sua chegada. Pessoas tristes preocupam-se com a sua presença. Amplie a sua experiência, procure ver entre os seus familiares, aliás, melhor ainda: experimente ver e sentir como é que você age. De repente você também pode ser um daqueles que não riem, que, de certa forma, ao que parece, a presença do outro incomoda. Se você, por acaso, se sentir espelhado nesta situação, experimente mudar, hoje quando chegar à sua casa, ao seu trabalho, e em todos aqueles outros espaços que você, por força da dinâmica do dia, estará obrigado a frequentar, seja mais generoso, dê um pouco mais de alegria para aqueles alegres ou caladões que estão por lá: Sorria sinceramente, deliberadamente ponha um pouco de felicidade no seu coração e tempere aqueles ambientes com um pouco de molho da alegria. A princípio, é provável que vão pensar que você pirou, que você, como diz o humorista Mução “ficou mental do juízo”. Não se incomode, vá em frente, às vezes é difícil romper a barreira da intolerância. O hábito da sisudez, da grosseria, da tristeza é contaminante e depois de arraigado fica difícil de ser superado. Não se preocupe, dê uma chance, experimente. O sorriso, o contentamento, a descontração, iluminam o ambiente, criam uma egrégora superior de tal forma que, com o tempo, aquela atmosfera, antes carregada, se tornará mais suave, mais leve e mais feliz, facilitando bastante o caminhar diário. Isso não tem preço. Posso assegurar com absoluta certeza que no início os seus resultados serão apenas apelativos, porém, em pouco tempo se tornarão quantitativos e, por fim, qualitativos. E o que buscamos diuturnamente? Qualidade de vida, eu acredito. Creia, quando a pessoa não sorrir ela sofre e, este sofrimento é exteriorizado com outras atitudes desagradáveis, como autoritarismo, grosseria, indelicadeza… Ah! Eu sei que alguém poderá argumentar: sorrir? Sorrir para que? Para quem? Por quê? Acaso eu sou retardado para ficar feito besta rindo à toa? Que nada. Eu nasci assim, vou viver sempre assim e quem quiser que me ature. Não tenho a menor vontade de mudar o meu comportamento, simplesmente porque dois ou três gatos pingados não gostam da minha cara e acham que eu devo viver mostrando os dentes, sorrindo, feito bobo. Mudo nada! Vou continuar assim. Lamentavelmente se escuta frases iguais a estas, bem característica daqueles que não entenderam ainda o quanto é bom ser bom, sorrir, colaborar, ser cortês… Não duvide, o sorriso é o escudo de defesa, é o cartão de apresentação, é o passaporte para a felicidade. Mas, atenção: existem sorrisos e sorrisos: sorriso amarelo, sorriso de mercador, sorriso triste, sorriso dissimulado… Não são estes os modelos a que me refiro, o bom sorriso é aquele que, embora se pronuncie no rosto, provém da alma, do coração, refiro-me ao sorriso espontâneo, livre, que exprime satisfação, alegria e amor. Sorria e construa um mundo melhor.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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