Cenipa e Polícia Federal investigam acidente com aeronave em Aracaju

As equipes que trabalham na operação conseguiram içar os destroços com guindaste (Foto: André Moreira/ Secom PMA)

Uma equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa), está em Aracaju acompanhando a retirada dos destroços da aeronave de pequeno porte, que caiu em uma área de manguezal, no bairro Coroa do Meio, em Aracaju, no final da manhã da última quinta-feira, 6, e já deram início a investigação do acidente.

Equipes da Cenipa já iniciaram investigação sobre acidente (Foto: André Moreira/ Secom PMA)

De acordo com a Aeronáutica, a ação inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.

O objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.  A Aeronáutica informa que a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes.

Fuselagem

Parte da fuselagem da aeronave, retirada da área de mangue na noite de ontem com ajuda de um guindaste, está no Aeroclube de Aracaju sob os cuidados do Cenipa, órgão responsável pela perícia e investigação de desastres aéreos. A Polícia Federal também investiga o acidente.

Destroços foram levados para o Aerocluve de Aracaju. ( Foto: André Moreira/ Secom PMA)

O trabalho continua no local  do acidente em busca do piloto, identificado como Adriano Leon, de 32 anos. As buscas foram retomadas na manhã desta sexta-feira e por volta das 10h, equipes do Corpo de Bombeiros conseguiram localizar o motor da aeronave.

Equipes da Defesa Civil do munícipio também estão no local do acidente prestando suporte a operação. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, major Silvio Prado, o órgão é responsável pelo gerenciamento do desastre aéreo.

“Cabe à Defesa Civil, inicialmente, fazer todo o gerenciamento do desastre aéreo, de natureza tecnológica e também fazer uma avaliação de risco, com relação a explosões porque houve o vazamento de combustível de aviação que é altamente inflamável, portanto, orientamos a diluição desse combustível. Através da Emsurb, fizemos a locação de guindastes e caminhões guinchos para a retirada e içamento de boa parte da fuselagem da aeronave, auxiliando no trabalho de busca, guiados pelo Corpo de Bombeiros”, explica.

Major Sílvio explica que o local da queda do avião é de difícil acesso, um dos fatores que dificulta a operação. “Não conseguiríamos retirar essa fuselagem somente com a força humana, por isso fizemos a locação desses caminhões. Também estamos com toda a logística para fornecimento de tábuas, pneus e outros materiais para facilitar o acesso das equipes de busca e salvamento. Faremos todos os esforços para localizar e resgatar esse piloto”, frisa o coordenador da Defesa Civil Municipal.

Investigação 

A Cenipa investiga os acidentes aéreos no país com o objetivo de reunir informações para emitir recomendações sobre a segurança aérea, evitando assim novos acidentes. A investigação não trabalha com as causas do acidente, mas com os fatores que contribuíram para tal.

A investigação também não tem o objetivo de apontar culpados. De acordo com o Cenipa, esse trabalho é das autoridades policiais.  A investigação de acidente aeronáutico, em todo o mundo, é um procedimento paralelo e independente, realizado por órgão especializado e voltado unicamente para a prevenção de novas ocorrências e melhoria da segurança de voo.

Acidente 

A queda do avião monomotor, modelo  RV-10 de três lugares, decolou do Aeroporto de Aracaju na manhã da quinta-feira, 6, por volta das 11h40, e minutos depois caiu em uma área de manguezal no bairro Coroa do Meio, na zona Sul de Aracaju.

O piloto estava em Sergipe fazendo um voo particular e no momento do acidente voava de volta para Minas Gerais. Após a decolagem, o avião apresentou problemas, o piloto declarou emergência à torre de comando e desviou a rota para o manguezal, evitando cair sobre as residências.

De acordo com registros da Agência Nacional de Aviação (Anac), a aeronave estava em situação regular.

Por Karla Pinheiro com informações da Semdec

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