Vídeo ‘Luminado – Entre o Céu e a Terra’ estreia nesta terça, 11

Vídeo idealizado pelo gaitista Júlio Rêgo e produtores audiovisuais Ana Badyally e Luan Allen destaca a cultura popular nordestina (Foto: Divulgação)

No encontro do som, da poesia declamada, do teatro de bonecos, do palhaço popular e outras expressões genuinamente nordestinas, o vídeo ‘Luminado – Entre o Céu e a Terra’ , idealizado pelo músico Júlio Rêgo será lançado hoje, 11, às 12h, no Youtube (https://youtu.be/n7a49B4gc9g). Nele, os poemas ‘O Cego’, de Catulo da Paixão Cearense, e ‘Cantiga do Penar’, de Zé Carlos Mauá, interpretados por este último, ganham a sonoridade do pífano, da brincadeira zunida no ‘rói rói’, da gaita com pedais eletrônicos e percussão, e um roteiro cotidiano que aponta a deficiência física, a cegueira social e a ausência do enxergar, num despertar para outras visões. 

Dirigido por Ana Badyally e Luan Allen, com a participação de Augusto Barreto, ator e diretor artístico do Mamulengo de Cheiroso, o vídeo ‘Luminado – Entre o Céu e a Terra’ é um conto audiovisual imerso em cores, luzes, crenças, deficiências e musicalidade para enxergar. “Comecei a fazer uma trilha com a mistura de instrumentos mais rústicos e modernos, uma forma de fazer música no computador que os belgas chamam de ‘maquette’ e que aqui para gente caracteriza miniaturas. E foi então que me lembrei da apresentação do meu amigo Mauá, interpretando o poema de Catulo da Paixão Cearense, ‘O Cego’. Assim, peguei um áudio que ele tinha e comecei a trabalhar junto com minhas primeiras ideias e assim nasceu a trilha de Luminado. E aí convidei a roteirista Ana Badyally e o jovem videomaker Luan Allen  para fazer esse vídeo que considero um auto popular, um conto com personagens cotidianos e expressivos” , destacou Júlio Rêgo. 

No grito cego para dar voz ao que enxerga, os personagens passeiam, dançam, rezam nos espaços iluminados pela luz natural ou artificial de uma consciência existencial, ora escondida, ora pulsante. 

“Cada personagem ali tem um motivo significativo muito forte na cultura popular nordestina. Tem o cego que ele não tem a visão física, mas ele vê tudo, porque  para o cego o mais importante é o que está dentro de você. Tem a beata, devota de santa luzia, que é a santa protetora dos olhos, dos deficientes visuais;  o Cheiroso, o palhaço popular que é o cara mais sabido da história porque ele revela a própria pessoa. E ainda tem o mamulengo ‘hi-tech’ , interpretado por mim, que é um espécie de lenda, uma assombração, desses que a gente vê em nossa imaginação. A função dele é ser uma assombração.  E a gente se identifica com tudo isso, pois o vídeo trata de deficiência, mas outros tipos de cegueira, da desigualdade social”, explica o músico. 

Audiovisual 

O projeto audiovisual ‘Luminado – Entre o Céu e a Terra’ é o segundo realizado pelo por Júlio Rêgo, Ana Badyally e Luan Allen que, em janeiro deste ano lançaram o vídeoclipe ‘As Mãos no Espelho’, baseado no poema do escritor e dramaturgo Hunald de Alencar, e com a participação da bailarina Ingrid Yamamoto.

Contemplado pela Lei Aldir Blanc, o projeto alcançou uma receptividade positiva, segundo o músico. “O vídeo foi um resgate da obra de Hunald, um escritor fantástico. É um vídeo denso, mas que cumpriu a sua função porque despertou algo nas pessoas. Muita gente relembrou de Hunald. Então, foi algo significativo de fazer ainda mais nesse momento de pandemia em que os músicos tiveram que modificar a linguagem, reinventar-se para apresentar o trabalho ao público”, disse Júlio. Para mais informações e entrevistas: Júlio Rêgo – 79 99971-0031

Fonte: Assessoria

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