Há uma música do inesquecível Milton Nascimento que diz: “o artista tem que ir aonde o povo está”. Veio a pandemia e as casas de show estão fechadas. As luzes do teatro nunca mais acenderam. Mas dados da Associação Brasileira da Música Independente (ABMI) apontam que as vozes e os instrumentos não se calaram. A pesquisa da ABMI, de 2020, aponta que os artistas independentes ocupam mais da metade da lista dos 200 músicos mais tocados nas plataformas de streaming, como o Spotify, Deezer, entre outros.
O estudo também apontou que 50% do faturamento das empresas pesquisadas, como estúdios, gravadoras e distribuidoras vêm das plataformas digitais. A fonte de renda com músicas gravadas no Brasil subiu 24,5%, dado relevante e que denota crescimento muito além da alta mundial, com 7,4%, apontado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica. Isto revela que, em vinte anos, este é o maior crescimento da produção apurada pela indústria fonográfica no País.
Estar presente nas redes sociais, como instagram e YouTube, além de profissionalizar os canais de comunicação, projeta a imagem dos artistas que encontram, desta maneira, ficar perto do seu público.
Como esta transformação acontece em Sergipe
O psicólogo e artista sergipano, Paulinho Araújo, é um exemplo do que ocorre no cenário do meio musical. Em abril, o músico lançou os singles Terra, música com reflexões a partir da pandemia, e Amar All, em homenagem ao jornalista Victor Amaral. E nesta sexta-feira, 14, apresenta seu novo trabalho musical: Fome. Esta realidade de lançar por etapas cada música, imprime um consumo consciente e com tempo para contemplar e memorizar cada obra.
O álbum completo de Paulinho Araújo será revelado no streaming no dia 28 de maio, com o batismo de Arrudeia, projeto cultural apoiado pelo Grupo Maratá e pelo edital 06, Eixo 05, categoria álbum, proposto pelo Governo de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê – FUNCAP, com recursos da Lei Aldir Blanc.
Sobre a nova música
“Fome reflete o antagonismo e dualidade da vida. De um lado, a barriga de quem não tem nada para comer e do outro, a barriga de quem tem tudo, mas não consegue se saciar”, contextualiza o artista.
Com uma sonoridade marcada por um tambor que ressoa no ritmo das batidas do coração, Fome foi gravada tal qual um artesão tece com as mãos: instrumento a instrumento. A gravação ocorreu no Home Estúdios, em João Pessoa, e nos estúdios Ori e Maca Records, em Aracaju. A música conta com Coro infantil, Teclado, Balafon, Baixo, Violão Nylon, Violão 12 cordas, Guitarra, Violoncelo, Percussão e Bateria.
Fome conta com três participações especiais: do poeta J. Victor Fernandes, que declama um texto de sua autoria; do Maestro Paraibano, João Linhares e seu lírico Violoncelo; além da grande voz da nova geração, Lari Lima. “Tenho admiração artística por cada um, além de uma estreita conexão, por isso os convidei”, conta Paulinho.
Fonte: Vip Conecta
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