Responsável por 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres no mundo, o câncer de mama, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), já é o mais comum, superando, inclusive, os números do câncer de pulmão. No Brasil, a doença é a que mais acomete mulheres. É por causa dessas estatísticas que os alertas estão cada vez mais frequentes e deixaram de ser restritos ao Outubro Rosa, mês dedicado à campanha mundial que fala do problema.
Quem detalha os números é a mastologista Aline Valadão. Segundo a médica, uma a cada oito mulheres têm câncer de mama. Embora a idade recomendada internacional para a mamografia, principal exame preventivo, seja de 60 até 80 anos de idade, no Brasil, 41% dos casos são entre mulheres com menos de 50 anos de idade e o índice de mortalidade entre mulheres de 40 e 50 anos é de 25%.
“Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), junto a outras entidades médicas, recomenda que a mamografia anual seja feita a partir dos 40 anos de idade. A mamografia é o único método que reduz o índice de mortalidade das mulheres brasileiras em até 25%. Então, realizar esse exame com regularidade é importante para que o rastreamento não seja interrompido e para que o câncer seja identificado o quanto antes”, ressalta a mastologista.
Outras medidas preventivas
A mastologista reforça que a mamografia é o principal meio para se identificar o câncer e reduzir o índice de mortalidade, entretanto, a médica cita outras formas para evitar a doença, como manter uma alimentação equilibrada. “Isso pode reduzir em até 30% as chances de se ter câncer de mama. É importante balancear o consumo de carne vermelha, refrigerante, fast food, comidas gordurosas e açúcar”, pontua a mastologista.
Realizar exercícios físicos e evitar o tabagismo, assim como a ingestão de bebidas alcóolicas, também é essencial. “A atividade física deve ser feita por, pelo menos, 150 minutos semanalmente, pois essa medida também ajuda a prevenir a doença”, explica. “Tabagismo e ingestão excessiva de álcool aumentam as chances de se ter o câncer de mama. O recomendado é dosar a quantidade de álcool que a mulher pode ingerir semanalmente. O mastologista pode fazer essa orientação”, completa.
Ainda segundo a médica, também é importante realizar os exames complementares. “Para quem tem menos de 40 anos, existem exames que ajudam a fazer o monitoramento, caso a mulher possua histórico familiar de câncer de mama”, menciona. “O auto exame do toque e a ultrassonografia mamária são bons exemplos de como realizar esse monitoramento. O ideal é que, caso possua algum histórico, aos 25 anos de idade, a mulher procure um mastologista”, completa.
Linfonodos nas axilas após vacinação contra covid-19 ou gripe
A mastologista Aline Valadão chama atenção para o surgimento de linfonodos, popularmente chamados de ínguas, na região das axilas como uma reação após vacina contra gripe ou covid-19. “ Caso a mulher fique com receio, ela pode antecipar seus exames de mama para monitoramento. Caso a mulher já tenha se vacinado, ela deve esperar entre quatro a seis semanas para fazer os exames”, destaca.
Segundo a médica, o câncer de mama não se manifesta apenas na região dos seios e pode surgir de forma oculta. “O aparecimento de linfonodos das axilas também pode ser o câncer de mama, é o que a gente chama de câncer oculto, quando existe essa alteração nas axilas. O recomendado é procurar o mastologista no tempo orientado”, salienta.
Por Isabella Vieira e Verlane Estácio
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