A Petrobras anunciou na última segunda-feira, 6, o fim de uma parceria de mais 40 anos com a Fundação Pró-Tamar (FPT). O contrato de patrocínio foi encerrado e, de acordo com a estatal, a decisão foi tomada pela Fundação Pró-Tamar, que está optando por outros modelos de parceria e de formas de financiamento.
De acordo com a Petrobras, através do apoio da estatal, a Fundação Pró-Tamar conseguiu desenvolver suas atividades e se consolidou como uma iniciativa basilar na conservação de espécies marinhas no Brasil. O apoio começou em 1982, quando a Fundação ainda estava iniciando a busca por parcerias para a missão de conservação de espécies de tartarugas ameaçadas de extinção.
“É motivo de grande satisfação termos participado, desde o início, dessa história que trouxe tantos resultados positivos para a recuperação das populações de tartarugas marinhas, além de ações de pesquisas, educação ambiental e inclusão social. A Petrobras ajudou a construir o caminho para que o projeto tivesse estrutura para desenvolver suas importantes atividades e encerramos esse ciclo com muito orgulho por tudo que foi realizado”, afirma o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy.
O trabalho das equipes da FPT visa à recuperação das populações de quatro espécies de tartarugas marinhas: tartaruga-oliva, tartaruga-de-pente, tartaruga-cabeçuda e tartaruga-de-couro, além da tartaruga-verde em Fernando de Noronha (PE) e Trindade (ES).
A Petrobras informou que prevê aumentar o número de projetos sociais e ambientais patrocinados pela estatal, com o mesmo potencial transformador do Tamar, multiplicando a produção de conhecimento e as ações de conservação ambiental no Brasil.
Em Sergipe, a Fundação Pró-Tamar atua através do Projeto Tamar, que possui três bases de pesquisa e conservação (Ponta dos Mangues, Pirambu e Abaís) e um Centro de Visitantes (o Oceanário de Aracaju).A Fundação monitora 150km de praias e protege quase 8.000 desovas e 600 mil filhotes, a cada temporada reprodutiva das tartarugas marinhas. Cerca de 80% são da espécie oliva, a menor entre as tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil.
Fundação Pró-Tamar
A Fundação Pró-Tamar explicou que tomou a iniciativa de não renovar a parceria com a Petrobras para concentrar os esforços em modelos de autosustentação que já estavam sendo analisados e testados.
A Fundação destacou também que está buscando parcerias regionais e mais locais e abrindo outros campos de atuação, a exemplo da prestação de serviços ambientais.
Segundo a Fundação, a maior parceria é com a sociedade que sempre apoiou e continua apoiando as ações e pesquisas para a conservação das tartarugas marinhas, frequentando os centros de visitantes e comprando os produtos nas lojas Tamar.
Por Karla Pinheiro
A matéria foi alterada às 17h40 para acréscimo de nota enviada pela Fundação Pró-Tamar.
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