Gestão eficiente da pandemia possibilitou melhora do quadro epidemiológico em Aracaju
Há 20 semanas consecutivas, Aracaju registra queda dos indicadores epidemiológicos relacionadas à covid-19. Como resultado dessa melhora gradativa dos índices, no final de semana dos dias 22 e 23 de outubro, a capital zerou pela primeira vez o número de novos casos, de internações e de óbitos relacionados à doença.
Com a mudança do quadro epidemiológico, Aracaju apresenta o menor índice de vítimas fatais da covid desde o início da pandemia, com o registro de dois óbitos em setembro e sete em outubro. Um grande avanço quando considerados o pico da primeira onda da pandemia em julho de 2020, com 251 óbitos, e o pico da segunda onda em abril deste ano, com 417 óbitos.
A secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, destaca que essa melhora é resultado direto de todos os esforços que foram implementados pela Prefeitura de Aracaju durante a pandemia, em espacial, o avanço na vacinação. “Nós já ultrapassamos 76% da população vacinada com a segunda dose e 90% da população acima de 12 anos já recebeu a primeira dose”, informa.
Waneska ressalta que a preocupação da Prefeitura de Aracaju foi garantir a celeridade na aplicação das vacinas, pois esse era o único jeito de combater de forma direta a pandemia. “Nós trabalhamos de domingo a domingo, em diversas frentes de atuação, para conseguir aplicar as doses das vacinas assim que recebíamos. Também adiantamos o calendário de aplicação da segunda dose e iniciamos a aplicação da dose de reforço para idosos e profissionais da saúde”, relata.
Além da vacinação, a secretária destaca todas as ações que foram realizadas durante os meses de pandemia, como o serviço permanente de testagem, a fiscalização periódica das medidas de biossegurança, a adoção de medidas restritivas para evitar aglomerações, o aumento do número de leitos nos momentos de pico, compra de equipamentos e de material hospitalar, além dos serviços de desinfecção das áreas públicas.
“Foram meses de trabalho intenso, envolvendo toda a Prefeitura, para conseguir frear a circulação do vírus e garantir o tratamento adequado para as pessoas que foram infectadas. Todas essas ações, somadas, possibilitaram que chegássemos a esse novo quadro”, avalia Waneska.
Manutenção das medidas
A melhora do quadro epidemiológico e a queda por 20 semanas representa um alívio, mas a secretária adverte que não é o momento de relaxar. “A pandemia ainda não acabou, precisamos manter as medidas de biossegurança, inclusive porque agora temos o dado novo da transmissão comunitária da variante Delta, então é necessário seguir monitorando e avaliando os índices”, detalha Waneska.
Por esse motivo, a secretária salienta que ainda é muito cedo para deixar, por exemplo, de utilizar a máscara. “Precisamos ultrapassar 90% da população vacinada com as duas doses, e devemos considerar, ainda, que estamos entrando em um período com maior propensão a aglomerações, por causa das festas de fim de ano, então não podemos descuidar justamente agora quando conseguimos avançar”, pontua.
O monitoramento dos índices feito pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) continua, com reuniões semanais do comitê que avalia as condições do quadro epidemiológico. “Se for observada qualquer mudança, como o aumento do número de casos, nós voltaremos a agir com as medidas necessárias para evitar o contágio com antecedência”, enfatiza Waneska.
Como forma de identificar a circulação do vírus, a secretária conta que a testagem da população está mantida. “O esperado é que o vírus entre em um período de endemia, com uma circulação de baixa carga viral, para que a gente consiga voltar às atividades sem que isso provoque o aumento do número de casos e signifique um risco para a população”, pontua.