Atualmente, no Brasil, o percentual de partos cesáreos chega a 84% na saúde suplementar. Na rede pública este número é menor, de cerca de 40% dos partos.
A cesariana, quando não tem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceram novas normas para estimular o parto normal e diminuir as cesarianas desnecessárias. A agência quer que as clientes de planos de saúde tenham acesso a informações como as taxas de cesarianas por estabelecimento de saúde e por médico, a fim de orientar a escolha do profissional que as atenderá. A proposta da ANS prevê também que os hospitais privados serão obrigados a apresentar um documento detalhando o trabalho de parto, o chamado partograma, que registrará as contrações e condições do feto. A intenção é que exista um documento registrando os motivos da opção pela cesariana. Sem partograma, os estabelecimentos de saúde não poderão receber o pagamento pelo serviço. Alguns médicos estão criticando a medida do Ministério da Saúde, alegando que o governo está interferindo muito na relação médico-paciente.
Pais "grávidos" apresentam mudanças hormonais
Pesquisadores descobriram que o período anterior ao nascimento do filho diminui significativamente o nível de dois hormônios nos homens – o estradiol e a testosterona.
Mulheres grávidas experimentam mudanças hormonais significativas durante a transição para a maternidade, mas mudanças hormonais nos pais durante o pré-natal eram bem menos conhecidas. Estudos já indicaram que os hormônios dos homens mudam quando eles se tornam pais, mas este novo estudo em larga escala mostrou que o declínio hormonal pode começar ainda mais cedo, durante a transição para a paternidade.
Pesquisadores afirmam que essas mudanças podem ser em função das alterações psicológicas que os homens experimentam enquanto se preparam para se tornar pais, mudanças em seus relacionamentos românticos ou alterações físicas que os homens experimentam juntamente com suas parceiras que estão grávidas.
Contraceptivo injetável aumenta o risco de HIV em 40 por cento
Há muito se discute se o uso de contraceptivos hormonais aumenta ou não o risco de contrair HIV. Estudos realizados por pesquisadores americanos, na África subsaariana, mostraram que o uso de contraceptivos injetáveis, administrados a cada três meses, aumentou a probabilidade de ser infectado por HIV em 40 por cento quando comparado com outros contraceptivos hormonais ou nenhum contraceptivo.
As mulheres com risco maior para HIV (tais como profissionais do sexo) apresentavam risco mais elevado quando comparado com a população em geral, onde o uso de contraceptivo injetável aumentou o risco em apenas 31 por cento.
É evidente que, as mulheres que usam anticoncepcionais injetáveis por vários meses, certamente não se preocuparão em usar ou exigir do parceiro o uso da camisinha nas relações sexuais, o que as torna vulneráveis à infecção pelo HIV.
Suplementos alimentares podem provocar riscos sérios ao fígado
Muitos adultos ingerem suplementos alimentares por imaginar que são benéficos para a saúde. Contudo, um estudo dos EUA indica que os suplementos fitoterápicos e alimentares também podem apresentar um risco potencial para o fígado.
O estudo mostrou a maior frequência de transplantes de fígado e a presença de várias lesões graves em pessoas que utilizaram suplementos fitoterápicos e alimentares. Durante o período do estudo, a fração de lesões hepáticas devido a suplementos fitoterápicos ou alimentares entre os participantes aumentou de sete para 20 por cento.
A lesão hepática devido a suplementos alimentares foi mais comum em mulheres na meia-idade.