E finalmente os engarrafamentos chegam a Aracaju. É, estamos crescendo em ritmo de aventura e não poderíamos ficar imunes a um dos piores efeitos colaterais do crescimento das cidades. Eu que moro na Av.Hermes Fontes e trabalho na Gentil Tavares conheço bem o efeito nos horários do famoso rush. No mundo inteiro urbanistas, engenheiros, e gestores se debruçam sobre o assunto e tentam apontar saídas para o problema. Soluções que superem as corriqueiras perimetrais e vias rápidas de circulação que atualmente embalam sonhos dos mega construtores. Ao que tudo indica não tem muito jeito não. O automóvel é o ícone maior da sociedade de consumo, todos querem ter um e as indústrias querem vender, vender e vender… e as cidades jamais poderão equilibrar essa equação. Um amigo estudioso do assunto, Cristóvão Fernandes Duarte, no livro “ Forma e Movimento”, ao esmiuçar o assunto decreta que o automóvel, depois de redefinir a forma das cidades no século passado, será o responsável pelo seu fim pelo menos tal qual a conhecemos hoje. Será? A tese tem fundamento, mas que nos livrem das cidades enquanto meros e agressivos corredores de passagem. As cidades devem servir ao pedestre afinal é bom demais flanar por aí. E aproveitando a onda verde que tal estudarmos soluções alternativas de transporte urbano? Em Aracaju uma boa saída é sem dúvida a bicicleta que, além de tudo, pode nos deixar em forma.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários