Me parece que o Jaguar, Pasquim, dizia que a gente percebe que está ficando velho quando os amigos começam a morrer. Desconfio que estou chegando lá pois, vez ou outra, sou surpreendida pela morte de um querido.Semana passada foi a vez do Célio Nunes. É vero que éramos de faixa etária bem diversa, mas isso não faz nenhuma diferença numa amizade via web. E o Célio era um amigo mais que especial e diferente de todos que já tive pois, na verdade, não nos conhecíamos pessoalmente e apenas trocávamos e-mails e alguns telefonemas. Em 2002 quando ainda escrevia o Mosaico no Cinform e, certa vez, sem tempo dei um break, recebi um telefonema super carinhoso.Advinha de quem? Do Célio perguntando se eu tinha parado e me estimulando a não desistir! Eu nem de longe suspeitava que tinha um leitor tão ilustre e assim iniciamos uma improvável amizade compartilhada na escrita. Era muito gostoso receber seus e-mails de incentivo e sempre com o melhor da rede. Tenho uma coleção deles pois sempre guardei todos com carinho. É uma pena que no corre e corre da vida esqueçamos da inexorabilidade da morte. Parece que as pessoas que amamos vão estar sempre ali, eternas, imortais. E a morte, sempre à espreita, nos pega desprevenidos. Por isso não podemos esquecer de amar mais… conviver mais e ver o sol nascer…e trabalhar menos, se importar menos com problemas pequenos e ver o sol se por… De qualquer forma com o Célio vai ser diferente pois seus livros, estórias e carinho com os aprendizes da escrita o farão permanecer para sempre na nossa memória.
Redescobrindo Sergipe nas Dunas do Saco-Foto Andreia Prata
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