E o meu Café Pequeno, hoje, não poderia ser outro, senão, a passagem relâmpago de Hillary Clinton por Brasília. Com uma resistência estóica diante dos flashes, não perdeu um sequer, apareceu linda, loura e nada sexy com um indefectível terninho azul, à la Roberto Carlos, e sempre sorrindo. Deve ser estranho viver, assim, sorrindo sem parar e até a Dilma estava lá para garantir a sua foto ao lado da mulher que enfrentou elegantemente um dos episódios mais constrangedores da política americana. É, como diz o Falabela, o que importa, mesmo, é estar bem na foto e isso ela faz com a desenvoltura de quem já foi primeira dama numa circunstância como aquela. Incrível a psique americana, após meses de disputa acirrada pelo direito de concorrer ao cargo de presidente desfila agora Hillary, qual uma nova lady Di, a defender por aí os interesses americanos. Que invejável estado civilizatório! Mas, apesar da farta distribuição de ensaiados sorrisos diplomáticos, o discurso da poderosa Hillary é firme e bastante americano, do contrário não estaria escalada para tratar de assunto tão grave quanto energia nuclear. Mas com Lula ninguém pode e ele refutou na lata com seu discurso, pra lá de ” praco- praco”: -“O que eu quero pro Irã é o mesmo que eu quero pro Brasil. Eu já disse pro Obama que não podemos encostar o presidente do Irã contra a parede e sim numa solução negociada…” E insiste na defesa dessa matriz energética para fins pacíficos. Eu, toda vez que ouço falar no assunto, sinto um frio na espinha. Nunca pensei de assistir à disputa por uma usina nuclear no combalido São Francisco. Uma localização que, além do super aquecimento do rio, em caso de acidente afeta quatro estados que até hoje não conseguiram, sequer, resolver o problema básico do lixo doméstico… Imagina o radioativo!
Réplica do medalhão de Aleijadinho da Igreja de São Francisco em Ouro Preto-FAU/UFRJ-Foto Ana Libório
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