O caso do goleiro Bruno, para lá do aspecto macabro que evidencia o lado obscuro da humanidade, suscitou uma série de reflexões paralelas sobre temas há muito relegados como desimportantes, mas que compõem o mosaico que culminou com o bárbaro crime. As discussões já pipocam na mídia, com todos se indagando como, um rapaz com todo o futuro que tinha, pode ter praticado tal aberração pondo abaixo uma história de superação. -Falta de inteligência emocional? Psicopatia? Más companhias? Vai lá saber a motivação da criatura, mas o fato é que os ingredientes, exceto os sórdidos, rondam a vida desses rapazes que se vêem, da noite para o dia, alçados da miséria para o sedutor mundo dos ídolos endinheirados. O mix de salários estratosféricos, ascensão meteórica, amizades de infância comprometedoras, complacência dos times e fãs, além da atração fatal por baladas com Marias chuteiras e prostitutas costuma ser explosivo, e muita gente boa já dançou. Até o Mick Jaeger, macaco velho, vacilou. Perdão, nesse quesito os músicos e artistas costumam ser exemplos do bem e assumem, sem chiar, a vacilada. Mas o que choca no caso é constatar, através das estatísticas, a violência contra a mulher. Dez mulheres são assassinadas no Brasil por motivo passional!!!! E ficamos tristes ao ver essas meninas, lindas, ao invés de irem estudar, engravidar para tentar fazer carreira. Que vergonha! A pobre Eliza chegou a afirmar que o Bruno estava futucando a onça com a vara curta. Pobre menina! Os facínoras existem, sim. Lembram da Daniela Perez? A negativa de depor e uma frase, além da frieza do Bruno, chamou a atenção de todos: “Um dia vou rir muito disso tudo”. Já vimos esse filme. Pois é, jogadores famosos e políticos tem algo mais em comum, além dos altos salários e o gosto por festas “orgias” regadas a mulheres e bebidas: a certeza da impunidade.
Reprodução foto “La Fiorentina”-Tônia Carrero-Eva Wilma e Leila Diniz-Rio de Janeiro
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