“Esforça-te, sempre e em tudo, para obter, ao mesmo tempo, o útil para os outros e o agradável para ti mesmo” (Nassr Eddin).
Entidades médicas alegam que reportagens divulgadas em âmbito nacional, nos últimos meses, relatando as possibilidades de cura da doença, induzem o paciente a algumas compreensões equivocadas.
Cirurgia de redução de estômago ainda não representa a cura da doença, essa cirurgia é realizada há mais de 40 anos no mundo e na realidade faz algumas importantes modificações endócrinas no indivíduo.
As estatísticas apontam que o tratamento de Diabetes corresponde a 3% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Os dados indicam que no Brasil são quase 20 milhões de pessoas portadoras da doença e que, ainda, em 2025, serão 380 milhões de diabéticos no mundo.
A falta de informação junto à população contribui para o crescimento dessa doençao que sabemos com toda a certeza é de que quanto mais se sabe sobre Diabetes, mais e melhor se vive com ela.
Vem faltando um pouco de seriedade na divulgação dos fatos pela imprensa leiga de um modo geral, pois na realização da cirurgia, existe a possibilidade de resolutividade do problema do diabetes, mas não é a cura. Se o paciente faz a cirurgia, reduz a necessidade do uso de medicamentos e começa a comer
açúcar e tomar leite condensado, irá destruir o que resta dentro do pâncreas, produzindo insulina e, consequentemente, ficará novamente com diabetes clínico, esclarecendo que após a operação alguns pacientes ficam parcialmente normais do ponto de vista metabólico e que isso não representa a totalidade dos casos operados, pois isso irá depender da capacidade de reabilitação da função hormonal de cada indivíduo de individualmente.
Comunicado em Repúdio
Considerando os fatos, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM /Nacional) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia Regional Sergipe (SBEM /SE) expediram comunicado oficial em repúdio às informações veiculadas nos últimos meses.
O texto relata o seguinte conteúdo: “O conhecimento relacionado ao diabetes está em rápida evolução, o que exige que os profissionais envolvidos na atenção a esta doença mantenham-se atualizados. A compreensão da fisiopatologia é essencial, mas a conduta médica precisa ser determinada pelo seguimento das regras de evidência.
A conduta médica – descreve o comunicado – deve se basear em ciência e não na experiência de alguns médicos, mesmo repletos de boa intenção. Este novo procedimento cirúrgico deve seguir todos os trâmites de evidência científica, entre eles:
a assinatura dos pacientes em termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação por Comitês de Ética e Pesquisa e concordância por parte das autoridades reguladoras.
Portanto, somente após análise criteriosa de resultados, é que será possível conhecermos qual subgrupo de pacientes poderá se beneficiar com a Cirurgia.
Na conclusão do documento, as entidades denotam: “Esperamos que a divulgação precoce para um público leigo de um procedimento ainda em fase experimental não estimule cirurgias desnecessárias e mal indicadas sob a expectativa de um milagre. Frente a qualquer procedimento cirúrgico sempre
é preciso ponderar o risco – benefício, para tanto é necessário que conheçamos bem qual é essa relação”.
Cirurgias Realizadas
A interposição de alça é uma cirurgia que se realiza há mais de 40 anos no mundo e que provoca algumas modificações endócrinas, ou seja, modifica a liberação de hormônios pelo estômago. Existem vários tipos de operações, a exemplo, a de Capela. O médico rebate o estômago; corta a porção superior
do estômago; corta a porção inferior do duodeno. Junta as duas e rebate para dentro do abdômen. Existem alguns hormônios que aumentam a liberação de insulina que vão funcionar melhor e alguns hormônios que inibem a produção de insulina que vão funcionar pior.
Falta de Informações
Convém sempre chamar muito a atenção da população de que a maior causa de amputação, cegueira e doenças renais é proveniente do diabetes mal controlado. Salientando de que a região Nordeste apresenta menor incidência de diabetes do que nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. As explicações para tal afirmativa estão voltadas principalmente para o maior sedentarismo e a crescente industrialização entre a população daquelas regiões; Por isso é preciso informar e educar a população sobre sinais,sintomas,quadro clinico e o aparecimento de Diabetes. Pelo menos, infelizmente a grande maioria acha que comer em demasia açúcar, causa diabetes, mas não é só isso, mas principalmente a herança que associada a fatores ambientais ( obesidade, sedentarismo, alimentação e abuso de bebidas alcoólicas ) que pode desencadear o aparecimento do Diabetes. Lembrando com bastante ênfase que comer muito açúcar aumenta o depósito de gordura no fígado e principalmente aumenta o nível de triglicerídeos e de colesterol no sangue.
Mais informações no site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia: www.sbem.org.br.
Uma boa Semana, com Saúde com Afeto e sem açúcar.
Namastê!!!