Condenem a coluna

Após anos na maior dureza, parece que, finalmente, a coluna encontrou uma fórmula para enfiar o pé na jaca, faturando por mês mais de R$ 20 mil sem fazer nadica de nada. Como? É só começar a vender sentenças e cobrar ‘propina’ às empresas do ramo do jogo com máquinas caça-níqueis. Foi agindo assim que o ministro do Superior Tribunal Federal (STJ), Paulo Medina, garantiu uma gorda aposentadoria a título de punição pelas traquinagens. Brincadeira à parte, essa excêntrica punição ao senhor ministro tem o significado de uma cortante chibatada no lombo do contribuinte honesto, do suplicante que trabalha como um condenado para garantir o sustento da família, para pagar os impostos e ainda ter que se resignar ao ver o mês sobrar no final do salário. É por isso que os exagerados alardeiam que no Brasil só “preto, pobre e prostituta” vão para a cadeia. Convenhamos, esse não é mesmo um país sério.

 

Fora do páreo

 

Viraram pó as candidaturas de Jadeckson Jorge dos Santos, Flávio Cruz Gonçalves, José Adriano da Cruz, José Ribeiro, Flávio Cruz Gonçalves e Stoesse Chagas, o “Toeta”. Pelo menos foi o que decidiu ontem o TRE. Os três primeiros pretendiam disputar cadeiras na Assembléia, enquanto os outros dois eram candidatos a deputado federal. Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, Jadeckson estava filiado a dois partidos, enquanto Jorge, Flávio e José Adriano não comprovaram suas filiações partidárias. “Toeta” não prestou contas da campanha de 2008 dentro do prazo. Os cinco ainda podem recorrer contra as impugnações.

 

Quem avisa…

 

Desde o último dia 1º, rádio e televisão estão sob as normas da Lei das Eleições que restringem sua programação normal e noticiário a algumas vedações. As emissoras não podem usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito. Quem desrespeitar a legislação pode sofrer a aplicação de multa entre 20 mil e 100 mil Ufir, duplicada em caso de reincidência.

 

Apoio de peso

 

Cerca de 70 empresários do comércio formalizaram ontem apoio a José Carlos Machado (DEM), candidato ao Senado. Foi durante um almoço na churrascaria Sal e Brasa, na orla de Atalaia. Estiveram por lá lojistas de Aracaju, Itabaiana, São Cristóvão, Simão Dias, Lagarto, Itabaianinha, Aquidabã, Glória, Dores, Propriá, Boquim, Estância, Poço Verde, Laranjeiras e Ribeirópolis. Satisfeito com o apoio de peso, “Machadão” prometeu que, em sendo eleito, seu mandato será partilhado com os lojistas.

 

Do ladinho

 

Por coincidência, o candidato a suplente de senador, empresário Laurinho Menezes (PSC), almoçou com a família e amigos ao lado da enorme mesa de lojistas que apóiam “Machadão”. Laurinho, que é parceiro de chapa do candidato a senador Eduardo Amorim, teve de presenciar o reforço político conquistado pelo demista. Elegante, cumprimentou o adversário político e os empresários. E viva a fidalguia!

 

Prestando contas

 

O presidente do Banese, Saumíneo Nascimento, concederá entrevista daqui a pouco para falar sobre os resultados obtidos pelo banco no primeiro semestre deste ano. A coletiva acontece no auditório do Centro Administrativo do Banese, localizado no Distrito Industrial de Aracaju. O lucro líquido do Banese nos primeiros seis meses de 2010 foi de R$ 22,4 milhões, 15,5% acima do resultado acumulado no mesmo período do ano passado.

 

Desafio eleitoral

 

O candidato a vice-governador Jackson Barreto (PMDB) pediu à população de Tobias Barreto para comparar os investimentos de três anos e meio do governo Marcelo Déda (PT) naquele município com os feitos nas três administrações de João Alves Filho (PFL). Depois postou no twitter que “Déda ganha disparado em todas as áreas. O Negão é só gogó”.

 

Campanha nas ruas

 

Finalmente, a coligação “Em nome do povo”, encabeçada por João Alves Filho (DEM), colocou o bloco nas ruas. Ontem, demistas e aliados realizaram a primeira carreata da campanha. Foi no Conjunto Augusto Franco, em Aracaju. Ao final, os participantes ficaram satisfeitos com as manifestações de carinho dos moradores para com o candidato a governador Alves Filho. O principal item da agenda da Coligação para esta quarta-feira será a inauguração do comitê de campanha do candidato a senador Emanuel Cacho (PPS), localizado na rua Laranjeiras, centro da capital.

 

Chamando às ordens

 

O vice-governador e secretário da Educação Belivaldo Chagas (PSB) cobrou mais união dos candidatos que apóiam a reeleição do governador Marcelo Déda (PT). Ao ser entrevistado pelo Jornal da Cidade, Chagas afirmou que “num passado bem recente a gente via as lideranças políticas acompanhando o governador no que diz respeito aos candidatos ao Senado e à Presidência da República. Hoje, está parecendo um salve-se quem puder”. Vôte!

 

Do baú político

 

Em 1984, a Presidência da República foi disputada por via indireta. Os candidatos Paulo Maluf e Tancredo Neves percorriam os estados para atrair os votos dos integrantes do Colégio Eleitoral. Maluf fez questão de fazer uma visita barulhenta a Aracaju. Mandou organizar um grande almoço no restaurante Adega do Antônio, no bairro 13 de Julho, onde pratos variados, cerveja e uísque rolaram com fartura. Depois, o candidato foi à Assembléia Legislativa. Enquanto visitada o presidente da Casa, deputado Manoel Conde Sobral, um pequeno grupo de malufistas agitava bandeiras na Praça Fausto Cardoso. Quando Maluf estava saindo do Parlamento, instalado onde hoje funciona a Escola do Legislativo, foi alvejado por um ovo podre, mais outro, e outro mais, até que, vendo a coisa feia e o ambiente fétido, Manoel Conde puxou o candidato para dentro do prédio. A imprensa do Sudeste registrou o fato e, a partir de então, Maluf passou a ser ‘recepcionado’ sempre com ovos em quase todos os lugares ia. Terminou sendo derrotado por Tancredo.

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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