Companhia indigesta

A pesada artilharia contra a trincheira do candidato a prefeito João Alves Filho (DEM) pode lhe causar sérias baixas eleitorais. A campanha do demista, que até um dia desses voava em céu de brigadeiro, passou a ser duramente fustigada depois que ele trouxe para seu lado os irmãos Edvan e Eduardo Amorim. Primeiro foram o genro e a filha de João que soltaram os cachorros contra os novos aliados. Agora, o prefeiturável Almeida Lima (PPS) direcionou sua metralhadora giratória contra os Amorim, acusando-os de terem exigido R$ 5,4 milhões para apoiá-lo, além do controle da Secretaria da Saúde e de empresas municipais. Engenheiro civil por formação, Alves Filho deveria avaliar os custos benefícios da companhia de Edvan e Eduardo, antes que um petardo lançado contra os dois atinja em cheio seu sonho de governar Aracaju.

Talão de cheque

E até o governador Marcelo Déda (PT) aproveitou as afirmações de Almeida Lima para tirar uma casquinha com os irmãos Amorim. “Com base nas acusações do candidato, pode-se dizer que o programa de governo do PSC é um talão de cheques. O que estamos assistindo é a negociações dos destinos de Aracaju, das nossas crianças dos nossos filhos”, disparou o petista.

Incêndio

O dublê de empresário e político Edvan Amorim está certo em interpelar judicialmente Almeida Lima para este provar as duras acusações que fez. O problema é que o processo se arrastará por muito tempo, enquanto as acusações já estão na boca do povo. E, em tempos de campanha, qualquer fumaça é sinal de fogo grande e as chamas podem devastar uma candidatura por mais sólida que seja ela.

Cão de guarda

O radialista Gilmar Carvalho (PR) demonstrou, mais uma vez, que é fiel escudeiro dos irmãos Amorim, donos da radio onde trabalha. Foi só ler as duras acusações feitas por Almeida Lima contra os chefes, que Gilmar partiu pra cima do acusador com quatro pedras nas mãos. Entre outras coisas, chamou Almeidinha de mentiroso e sem vergonha. Foi mais contundente do que os patrões. Uau, quanta fidelidade!

Sem experiência

“Não tenho experiência em escândalos e falta de ética”. A afirmação foi feita ontem pelo candidato a prefeito de Aracaju, Valadares Filho (PSB), durante o primeiro ato político de sua campanha, ocorrido no Iate Clube de Aracaju. No mesmo evento, o governador Marcelo Déda (PT), disse que João Alves não se cansa de perder para os ‘meninos’. “Melhor do que Jackson, eu e Edvaldo, será Valadares Filho”, discursou.

Posse no TJ

Está marcada para as 17h desta terça-feira a posse do novo presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, desembargador Osório de Araújo Ramos Filho. Ele vai substituir o desembargador José Alves Neto, que se aposentou compulsoriamente. A vice-presidência do TJ será ocupada pela desembargadora Geni Silveira Schuster. A solenidade acontecerá no Palácio da Justiça, localizado na Praça Fausto Cardoso.

Condenados

A juíza eleitoral Áurea Corumba de Santana condenou ao pagamento de multa de R$ 5 mil os cabos eleitorais Marcos Henrique Andrade Mendonça, José Raimundo Fontes e Gilton Gomes de Mello. Os três foram acusados de fazer propaganda eleitoral antecipada em favor do vereador aracajuano Dr. Gonzaga, do candidato a vereador Messias Alcântara e do prefeiturável João Alves Filho.

Prazo final

Amanhã é o último dia para os partidos registrarem os comitês financeiros perante o juízo eleitoral encarregado do registro dos candidatos. Amanhã também é o dia final para qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público Eleitoral impugnar os pedidos de registro individual de candidatos, cujos partidos políticos ou coligações não os tenham requerido até o dia 5 de julho.

Cleomar vive

Há exato um ano morreu o jornalista e boêmio Cleomar Brandi. Para seus amigos e admiradores, ele continua vivo em suas belas crônicas, na conversa alegre e inteligente, no companheirismo e, sobretudo, por ter ensinado a nunca se curvar aos problemas, por maiores que eles sejam. Brindemos, portanto, ao velho Cleomar, de preferência com uma dose dupla de conhaque.

Do baú político

As eleições de 1994 foram uma das mais disputadas de Sergipe. De um lado, Jackson Barreto (PDT) tentava ampliar para o resto do Estado a popularidade conquistada em Aracaju. Do outro, Albano Franco (PSDB) contava com o apoio do governo João Alves Filho (PFL) e das tradicionais lideranças políticas interioranas. Itabaiana era o único grande reduto eleitoral do interior que Jackson liderava. Para tentar reduzir a dianteira do adversário, Albano não perdia uma oportunidade de fazer campanha no município serrano. Num certo sábado, ele e a comitiva chegaram cedo para um corpo-a-corpo na feira. Tapinhas nas costas, apertos de mão, distribuição de ‘santinhos’, e por aí vai. Ao perceber o tucano entrar no mercado das carnes, um vendedor cortou um fígado bovino ao meio e colocou a mão dentro, empapando-a de sangue. Quando Albano estendeu a mão, o rapaz a apertou e o sangue, ainda quente, começou a escorrer. Terminando o sujo cumprimento, o candidato tirou do bolso o lenço branco, enquanto reclamava baixinho: “Para fazer uma coisa dessa, este cidadão só pode ser eleitor de Jackson”. A eleição foi para o segundo turno e Albano venceu com pequena diferença.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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