Partidos de aluguel

Por que será que existem tantos partidos no Brasil se boa parte deles poderia se fundir numa única legenda sem prejuízo ideológico para os demais? Registrados já são quase 30, porém outras duas dezenas estão em fase de coleta de assinatura para pedirem, em seguida, registro definitivo à Justiça Eleitoral. Alguém pode dizer que isso é resultado do pluripartidarismo. Não é. Na verdade, boa parte dessas legendas não passa de siglas de aluguel, que só aparecem nas campanhas eleitorais para negociar apoio a candidaturas e vender o tempo de propaganda no rádio e na televisão. Passado o pleito, os donos desses chamados partidos ‘nanicos’ conseguem bem remunerados cargos comissionados para eles, os familiares e agregados. Como se vê, além de confundir a cabeça do eleitor, essas legendas de aluguel servem apenas para políticos safados se locupletarem com o dinheiro público.

Desmentido

O ex-governador João Alves Filho (DEM) não deixou concluídos o Hospital Pediátrico e a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. A constatação é da juíza de Direito Simone Fraga, que julgou ação movida pelo deputado federal Mendonça Prado (DEM) contra o governo de Sergipe. O então secretário da Saúde e hoje deputado federal Rogério Carvalho (PT) provou com documentos que as duas unidades não estavam prontas no fim do governo de João. Além de desmentido, Mendonça ainda terá que pagar os custos processuais.

Guerra fiscal

E quem esteve ontem em Aracaju foi o governador de Goiás, Marconi Perillo. Veio conversar com o governador Jackson Barreto (PMDB) sobre a elaboração de um Projeto de Lei Complementar (PLC) que regulamente os incentivos fiscais dos estados e a manutenção da alíquota unificada do ICMS em transações interestaduais. Perillo foi embora com a certeza que Jackson o apoia na guerra fiscal.

Miserê

Jornalistas e radialistas sergipanos recebem salários miseráveis. Foi o que disseram ontem na Câmara Municipal de Aracaju os presidentes dos sindicados das duas categorias, Karoline Rejane e Fernando Cabral. Os dois denunciaram que os patrões se recusam a reajustar os salários dos profissionais e não oferecem condições dignas de trabalho. Segundo os sindicalistas, Sergipe paga o terceiro pior piso salarial do país.

Processos

Aconteceu ontem a audiência de conciliação do processo movido pelo senador Eduardo Amorim (PSC) contra o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias, o ‘Sukita’ (PSB). Este último está sendo acusado de ofender o senador ao afirmar numa emissora de rádio não votar em Amorim por temer “que ele pinte o cofre de azul e leve pra casa pensando que é geladeira”. Na audiência, ‘Sukita’ se recusou a fazer uma retratação para encerrar o processo.

Turma do apito

Sergipe acaba de ganhar 23 novos árbitros de futebol. Organizada pela Escola de Arbitragem, vinculada à Associação dos Árbitros Profissionais de Sergipe, a formatura aconteceu no último final de semana, em solenidade realizada no Hotel Parque das Águas, na Orla de Atalaia. A turma de formandos ganhou o nome do professo Professor Paulo Rafael Monteiro Nascimento, diretor da Faculdade Estácio FASE.

Insatisfeito

O ex-deputado federal Jorge Alberto se reúne hoje em Brasília com o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, para discutir se permanece ou não no partido. Jorge está muito contrariado com o governador Jackson Barreto porque este o exonerou da Casa Civil do Governo. O ex-parlamentar garante que só continua no PMDB se for convencido por Raupp. Aguardemos, portanto!

A serviço

Para Chico Buchinho, subsecretário estadual de Articulação com os Movimentos Sindicais e Sociais, o vereador aracajuano Robson Viana (PMDB) está a serviço da oposição ao governo. Buchinho não gostou nem um pouco de ouvir Viana afirmar que ele ganha sem trabalhar. Governistas próximos aos dois estão tentando acalmá-los.

Obras paradas

O empresário Luciano Barreto, presidente da presidente da Associação Sergipana de Empresários de Obras Públicas e Privadas (ASEOP), se reuniu ontem com o prefeito de Socorro, Fábio Henrique (PDT). Os dois discutiram sobre o grande volume de obras públicas paralisadas em Sergipe. Presidente da Associação dos Prefeitos do Vale do Cotinguiba, Fábio afirma que a paralisação das obras causa sérios prejuízos à população.

Do baú político

Opositores exagerados do ex-governador Lourival Baptista o acusavam de colocar o próprio nome em todas as obras que fez no Estado e citavam logo o Batistão, o Conjunto residencial Lourival Baptista, na entrada de Aracaju, escolas, etc e tal. Pacífico, o arenista relevava as ‘intrigas da oposição’, mas enchia o peito quando seus aliados o chamavam de ‘realizador’. Na época, dizia-se que ele só não colocou o nome em catacumba, numa referência à carneira do deputado estadual Antônio Torres Júnior, assassinado, em 21 de dezembro de 1967, por um desafeto da família em pleno centro de Aracaju. É que Lourival decidiu homenagear o amigo parlamentar com a construção, pelo governo estadual, da carneira no Cemitério Santa Izabel. De fato, tá lá escrito no túmulo, ao lado da Capelinha: “Do Governo do Estado de Sergipe, ao seu grande líder na Assembléia Legislativa, deputado Antônio Torres Júnior”. Dizem que, por ser supersticioso, Lourival não quis colocar o próprio nome na lápide do amigo parlamentar.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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