A pressa mata o amor. Ela nos impede de ver o sentido na vida. Levantamos rápido, comemos rápido, nos vestimos rápido, vamos para o trabalho rápido. Comece o dia com uma breve meditação; assim, mesmo que os eventos tentem nos pressionar, estaremos preparados para caminhar na velocidade correta. (ANONIMO)
Hidronefrose é uma dilatação (“inchaço”) da pelve e dos cálices dos rins, causada pela obstrução do fluxo da urina por cálculos ou tumores, entre outras causas, ou pelo estreitamento de um segmento das vias urinárias, que causa comprometimento do tecido renal. O rim pode então transformar-se numa “bolsa” de urina estagnada.
Os sintomas mais comumente encontrados são dor no flanco, que em geral se irradia para a parte inferior do abdômen e aumenta com a ingestão de grande quantidade de líquidos, e a presença de “caroço” palpável na região. Salientamos que mesmo pequenos traumas sobre o rim afetado podem acarretar um fluxo urinário sanguinolento e até em alguns casos a formação de hematoma em torno do órgão.
A hidronefrose pode atingir homens e mulheres, porém incide preferencialmente em crianças e idosos. Devemos ter uma atenção especial às gestantes, pois em 2/3 delas ocorre dilatação do sistema coletor ao final do segundo trimestre e em 90% delas, pode ocorrer próximo ao parto. Se considerarmos esta dilatação, isoladamente, como sinônimo de hidronefrose, a ocorrência na gravidez seria sua causa mais comum.
A hidronefrose ocorre predominantemente no lado direito do abdômen (70% dos casos) e causa dor no flanco ( região lateral do abdômen ), que em geral diminui com o decúbito lateral esquerdo ( deitar no lado esquerdo do corpo ). Em 50% das grávidas, essa alteração desaparece 48 horas após o parto e, porém em alguns casos, pode perdurar por 12 semanas. Para diagnosticá-la, o método mais indicado é a ultrassonografia.
Evolução:
Com a progressão da hidronefrose ocorre uma dependência direta de fatores mecânicos: como por exemplo a compressão da uretra pelo útero grávido, ou pela artéria ilíaca quando a gestante fica de pé e ou então pela veia ovariana dilatada.
No entanto, devemos sempre ter um cuidado especial com as mulheres portadoras de nefropatia de refluxo, que é o resultado de um problema congênito do aparelho urinário, quando então ocorre um retorno de parte da urina da bexiga para o ureter durante a micção e consequentemente poderá ocorrer uma dilatação do sistema, o que poderá causar lesão progressiva do rim. Convém salientar de que esta é uma das principais causas de insuficiência renal crônica na mulher em idade fértil, podendo levar a necessidade da realização de diálise ( peritoneal ou hemodiálise ).
Devemos sempre levar em consideração que o fato de ser uma doença renal pré-gestacional poderá certamente agravar um problema já tão delicado, nessa fase tão vulnerável,e tão especial da vida da mulher.Já fora da gravidez, o diagnóstico de refluxo é feito através de exame radiológico pela demonstração do retorno do contraste radiográfico da bexiga para um ou ambos os ureteres.
Riscos para a gestante:
Vários são os riscos da gravidez para as mulheres com nefropatia de refluxo: a infecção urinária é mais frequente e a mortalidade fetal gira, de forma global, em torno de 8%. No entanto, ela torna-se quatro vezes mais alta se a paciente tiver hipertensão arterial ou insuficiência renal no momento em que engravidar. Quando a hipertensão está presente desde a concepção, tende a piorar bastante com a evolução da gravidez, o que exige medicação anti-hipertensiva, e acompanhamento com um Cardiologista e um nefrologista, apoiando o Obstetra. Infelizmente nesses casos a ocorrência de pré-eclampsia é frequente.
Quando a função renal é normal no início da gravidez, ela tende a se manter estável, porém se já ocorre no primeiro trimestre algum grau de comprometimento pode ocorrer, e certamente o quadro clínico irá piorar com a evolução da gestação. Além disso, se concomitantemente houver hipertensão arterial sistêmica essa complicação irá gradativamente aumentando sua morbidade, e o risco de um parto prematuro consequentemente será mais provável de ocorrer nas gestantes hipertensas graves, com grande perda de proteínas pela urina (proteinurias) e retenção de toxinas pelo rim.
Existe a possibilidade de 18 a 24% delas piorarem após o parto. Nesses casos o acompanhamento deve ser feito no “ambulatório de gravidez de alto risco”, por uma equipe interdisciplinar e multidisciplinar (obstetra, nefrologista, nutricionista, fisioterapeuta, neonatologia a, enfermeiro, etc.), que garanta um controle eficiente da pressão arterial, do peso da gestante, de possíveis distúrbios metabólicos e/ou hidroeletrolíticos, do tratamento de infecções urinárias e/ou ginecológicas, além do acompanhamento cuidadoso e se necessário intensivo do recém-nascido de risco.
Lembramos que filhos de mães com refluxo têm grande probabilidade de sofrer do mesmo problema, portanto quando houver possibilidade esse problema deve ser investigado a partir da oitava semana de gestação.
Um procedimento cirúrgico é indicado?
Mulheres com refluxo persistente e infecções repetidas dos rins devem submeter-se à cirurgia de correção antes de engravidar, naquelas com nefropatia de refluxo e comprometimento de função renal seria prudente engravidar enquanto o déficit dessa função é moderado.
Se a creatinina já está elevada e existe grande perda de proteínas pela urina, associadas a hipertensão arterial sistêmica severa, a mulher deve ser alertada da grande probabilidade de uma gravidez sem sucesso e de queda progressiva e acelerada da função renal com a gestação.
Em resumo, como tudo em medicina, prevenir é o caminho do êxito na saúde para uma boa qualidade de vida; e no caso da gestante isso nos remete a uma certeza: um pré-natal bem feito é sinônimo de um parto seguro e de um recém-nascido saudável.
Lembre-se sempre: Prevenir é sempre melhor do que remediar!!!
Boa Semana com alegria, harmonia e bastante amor no coração…