Tire o cavalinho da chuva quem estiver pensando que os políticos estão preocupados com a crise econômica, com os problemas do povo. Eles só têm cabeça para as eleições municipais deste ano. Mesmo quem não será candidato agora em 2016 vai trabalhar para eleger prefeitos e vereadores, que votarão neles em 2018. Basta observar os discursos e entrevistas dos políticos: quando não falam abertamente sobre as pré-candidaturas de suas preferências, criticam os adversários, visando desgastá-los junto ao eleitorado. Portanto, não pense que problemas como insegurança, crise da saúde, falência da educação, precariedade do transporte público e atraso de salários serão resolvidos em 2016. Quando muito, os governantes de plantão farão remendos aqui e alí, para iludir o cidadão e conquistar os votos dos ingênuos, com a promessa que 2017 será diferente e bem melhor. Pra eles, é claro!
Vida mansa
Entre as regalias da classe política a mais exagerada é o recesso parlamentar. Diferente do trabalhador, que trabalha de sol a sol e o ano inteiro, vereadores, deputados e senadores registram presenças quatro dias por semana e tiram férias a cada seis meses. Pior é que muitos desses ‘come e dorme’ ainda dizem trabalhar demais. Faz pena!
Balança comercial
A valorização do dólar impulsionou as exportações sergipanas, que cresceram 22,7% em 2015. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, o suco de laranja foi o principal produto exportado, representando 53%. Seguindo uma tendência histórica, a balança comercial sergipana fechou o mês de dezembro último com saldo negativo de US$ 6,93 milhões.
Calo no sapato
Decididamente, os professores irritaram o governador Jackson Barreto (PMDB) ao chamá-lo de caloteiro. Sempre que pode, o peemedebista reclama da categoria e afirma que, diferente dos demais servidores, os educadores estão recebendo os salários em dia. JB lembra ter quitado, inclusive, os dias descontados da greve, “que nem éramos obrigados a pagar”.
Controle externo
A depender de Clóvis Barbosa, presidente do Tribunal de Contas de Sergipe, o Congresso aprova, o quanto antes, a PEC criando o Conselho Nacional dos Tribunais de Contas. Ele já pediu a interferência do senador Eduardo Amorim (PSC) para agilizar a aprovação da referida PEC, que dorme no Congresso há 27 anos. Para Clóvis, não sendo possível aprovar o tal Projeto, os Tribunais de Contas – únicos sem um órgão superior de controle -, devem ser subordinados ao Conselho Nacional de Justiça. Tá certo!
Política suja
Legal que, mesmo fora de época, a Marinete do Forró esteja de volta às ruas, pois ajuda a popularizar entre os turistas este nosso ritmo musical. Mas daí a usá-la para divulgar as poucas obras da Prefeitura de Aracaju, já é um pouco demais. Espertamente, colocaram no itinerário da Marinete, duas paradas de 15 minutos nas praças Tobias Barreto e Camerino, as poucas restauradas pela administração do prefeito João Alves Filho (DEM). Durma com um barulho desse!
Mais cara
Já está em vigor a lei aumentando em 140% o valor da multa para quem estacionar em vagas reservadas sem a devida autorização. A punição, que era de R$ 53,20, aumentou para R$ 127,69 para quem estacionar em vagas reservadas a deficientes, idosos e gestantes sem ter o direito a fazê-lo. O infrator ainda receberá cinco pontos na carteira de habilitação. Antes, eram três pontos.
Sopa de pregos
Em março de 2015, ao ser questionado pelo reajuste do funcionalismo, o governador Jackson Barreto (PMDB) saiu com essa: “Nem vem de garfo, que hoje é dia de sopa”. Na época, os servidores ficaram ofendidos com a frase. Agora, depois do atraso dos salários em 11 dias e do parcelamento do 13º em seis meses, a galera concluiu que a tal sopa oferecida por JB é de pregos enferrujados. Pelo menos tem ferro, né?
Justa homenagem
Será inaugurado nesta sexta-feira o Memorial de Frei Miguel, frade capuchinho falecido em 2013, com 104 nos de idade. O evento acontece às 15h, na Paróquia São Judas Tadeu, localizada no bairro América, em Aracaju. Para homenagear aquele que era considerado pai, protetor e conselheiro dos mais necessitados, o Convento dos Capuchinhos e a Igreja foram transformados no Memorial, que abriga um museu com os pertences de Frei Miguel.
Sem medo
A bandidagem perdeu mesmo o medo da Polícia. Melhor exemplo está alí no bairro Grageru, zona sul da capital: enquanto militares assistem TV no posto policial instalado na praça onde acontece a feira livre, a malandragem fuma maconha abertamente na quadra, que fica vizinha ao “alojamento” da PM.
Recorte de jornal
Publicado no jornal aracajuano Diário da Tarde, em 16 de novembro de 1937. |
Resumo dos jornais