E sem arranhões!

Uns a chamam de “Rede Goebbels”, em alusão ao político alemão, Paul Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, entre 1933 e 1945, mais precisamente no 3º Reich do Chanceler Adolf Hitler.

Outros a denigrem com o mote: “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo!”, um comentário brizolista, afinal a Rede Globo pontuara muito mal no “Caso Proconsult”, uma tentativa de fraude nas eleições de 1982, do Estado do Rio de Janeiro, para impossibilitar a vitória de Leonel Brizola, o candidato do Partido Democrático Trabalhista, o PDT.

De lá para cá, a Rede Globo, sem ser um Partido Político, nem apadrinhar qualquer candidato, vem explicitamente tentando interferir nas eleições presidenciais e em particular no Estado do Rio de Janeiro, onde mantém seus estúdios de comunicação e jornalismo.

De longa data os complexos de comunicação: imprensa escrita, falada e televisada veem sendo empregados na influência do eleitorado, destacando seus proprietários, geralmente detentores de mandatos elegíveis, quando não os que ali exercem voz e mostram a cara, destacando locutores, apresentadores e formadores de opinião, que desses veículos saltam para a ribalta das Câmaras Municipais e Federais, e das Assembleias Legislativas, sem falar que mais das vezes há quem tente os Governos Municipais e dos Estados, e até a Presidência da República.

Assim consignado, e a cada eleição acontecida, sempre vem dos seus estúdios e oficinas a tentativa de interferir no prélio eleitoral, ungindo ou demonizando um seu candidato, a História sempre sorrindo para seu sucesso ou fracasso, sem merecer comentário.

De concreto todavia, todos bem sabem que as urnas, de longa data, sempre foram manipuladas, fraudadas mesmo, quem quiser que nelas confie!

Eu me lembro de meu tempo de infância de urnas eleitorais que explodiram do nada, inutilizando os sufrágios ali inseridos, justo numa sessão sagazmente escolhida, e outras urnas invioláveis que foram abertas quando ressonavam na noite escura, nunca vistas por corujas insones, guardadas por força armada, tempo em que se cunhou o epíteto, “Doutor Gilette”, ligado a alguém da Junta Eleitoral, que dispondo de alicate próprio, substituía o selo garantidor da inviolabilidade e sigilo, por outro de chumbo igual, na mesma  fé-de-ofício, sem deixar rasto de suspeição.

Era coisa do mesmo e antigo artifício, desde o tempo em que o selo do anel do príncipe, ou de seu preposto, imprimia em cera quente a sua marca por firma, bem aceita, confirmada e refirmada, mas sempre passível de violação, modificação e rasura. Essa coisa bem comum às atas de reuniões, que mais das vezes, espaços displicentes são deixados, por fugaz conveniência, para um preenchimento terminal e definitivo, no futuro, por melhor consignação.

Dito isso e entre parênteses, devo dizer que sigo o pensamento do Presidente Bolsonaro, desconfiando da nossa urna eletrônica, tão rápida, eficiente e assaz decantada, quase uma suprema elegia, em misteriosa e santíssima infalibilidade, que se manifesta altamente imprecisa, só por ser “inauditável”, palavra que não existe no imaginário e no dicionário, embora necessite ser criada, por entendida, e porque nessas coisas de crenças, sempre ao homem de carne, osso e pescoço, resta possível sem alvoroço, fazer um angu com caroço, em convite à fraude e à enganação.

E aqui vale fechar o parênteses, porque nessa coisa de eleição, não há Santos nem Heróis, há somente os que perdem, lamuriando-se no final, e há os que ganham e se regozijam até com o gol emprenhado com a mão.

Mas, como eu dizia antes dos órgãos televisivos usados em tempos eleitorais no manipulo da opinião, seu sucesso foi caindo porque surgiu o horário político, dito gratuito, dando voz a quem não a tinha no rádio e nas TVs.

Quem não se lembra da muito denunciada entre nós da “Rede Cabaú de Notícias”?

Por acaso não foi ali o seu apogeu?

Não era assim nos anos da “redemocratização”, a Rede Globo tentando eleger os seus corifeus em tudo que é canto, e a “Rede Cabaú” perdendo o seu encanto em Aracaju?

Mas, se hoje os donos de TVs se deselegem a cada eleição, sobram-lhes ainda o velho desejo de tudo influir, para sobreviver.

Nesse contexto de pura observação, sou um raro exemplo de telespectador. Não vejo mais TV, aboli, sobretudo a Rede Globo de Televisão.

Na noite de segunda-feira, 22, resolvi assistir o Jornal Nacional, conduzido pelo casal William Bonner e Renata Vasconcelos, que ali estavam para entrevistar o Candidato Jair Messias Bolsonaro, tentando conhecer os seus planos de governo, saber o que pretende para o Brasil.

Tola esperança, aspirar vir dali um esclarecimento; uma explicação.

A Globo queria um ato de contrição, um arrependimento genuflexo e acachapado do Presidente, por tudo que o candidato fizera ou dissera, acusando-lhe: 1º  das mortes da Covid-19; 2º da falta de respiradores no longínquo Amazonas; 3º  do atraso da compra das vacinas; 4º das queimadas na mesma Amazônia; 5º dos seus entreveros, considerado injustos com os impolutos Ministros tão exorbitantes nos seus agires e dizeres; 6º dos seus acordos com o CENTRÃO, sempre ali impuro e esconjurado; 7º  da sua ruim escolha de um Ministério apenas, o da Educação, justo aquele o mais difícil de gerir, porque vem se produzindo inútil, inexpressivo mesmo, por décadas, levando consigo o ensino público, ladeira abaixo descambando, em razão de excessiva apropriação funcional, em olores anarcos-sindicais, de anarquia mesmo, como o fazem as associações, e assembleias funcionais, dos “muito fortes trabalhadores da educação”; 7º da Polícia Federal, ali citada, que só evidencia o enfastio “daquela categoria”, com a politica austera de um governo que lhes não cede o que pedem por não merecerem tanto, frente a outras tantas ironias lançadas como rede de turvas águas. E muitas outras coisas, que não vale explicitar.

E tudo o Presidente tirando de letra, à tentativa inquisitorial, sem se exasperar, sem se ofender e sem correr da raia, sendo lhano, mostrando o seu rosto humano, e só dele mesmo, defendendo o seu governo, em comando sério, diligente, sem corrupção nem escândalo, eficiente nos números de empregos criados, na balança comercial favorável, na manutenção do superavit fiscal, na redução de impostos inusitado, conseguindo reduzir o custo dos insumos energéticos, tudo que se constitui vitória, mas que tem sido inglória para os seus críticos, dos que restaram em busca de terceira via, e dos que naufragaram, como muitos Governadores, que o criticavam assim, igual a Rede Globo, que não sendo candidata torceu sempre contra o Bolsonaro, acusado de “golpista”, para rejeição do povo que o segue e aplaude.

E o curioso, é que até um provocador, alguém que xingara o Presidente de “vagabundo” e “genocida”, em posturas desordeiras, foi um autor bem citado e referenciado, por notável “Youtuber”, em suas críticas ao “Centrão”, tentando exasperá-lo, tirá-lo do serio, cavar uma má reação.

E a reação do Presidente foi notável: – “Bonner, você está querendo que eu seja ditador?

E o VAR pode ser perquirido para sempre na internet, mostrando um Bonner, desconsertado, pego em flagrante na própria peçonha por ele jogada: – “Eu, candidato!?

– “Sim! Você!”

E explicativamente:  Governar sem os 300 votos do Centrão é governar sem o Congresso!  É ser Ditador!,

Uma explicação que encerrou e enterrou de vez o debate.

Uma lição mal ruminada, que precisa ser bem engolida.

Se a Globo não sabe ainda que o Centrão é quem dá a estabilidade à Nação, paciência!

O Centrão é o retrato vivo da nação.

Goste-se dele ou não, que ninguém se exaspere.

As eleições estão abertas para novas escolhas.

O “Centrão” , a História bem o diz: é o velho “Marais” , o “marré”, assim pronunciado, com dois “rês” de rato e com “é” aberto de chulé, porque vem de “marécage”, de pântano francês, manguezal ou lodaçal, onde convivem indivíduos batráquios e lodosos, e outros que não são tanto, mas ali estão misturados.

O “Marais”, daí vem o seu nome, nunca foi consistente, nem cristalino, ideologicamente.

Nas assembleias revolucionárias francesas o “Marrais”, posicionado sempre ao centro do plenário, oscilou algumas horas à direita com os “Girondinos”, horas à esquerda, fossem eles “Cordeliers”, indulgentes, ou “Jacobinos” e “Montanheses”, exaltados.

A seu tempo o “Marrais”, ou “Centrão”, apoiou a todos eles, e eliminou a todos também. E a todos sobreviveu.

Sem o “Centrão”, nenhum governo se mantém.

Da nossa História recente os Presidentes Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula da Silva, Dilma, Temer e Bolsonaro se mantiveram enquanto o retiveram.

Sem ele, qualquer governo cai, e só a Ditadura vige!

E mais: ele também sustenta qualquer Ditadura.

Por fim e em toques breves de clarins, só o Bonner e a Renata Vasconcelos saíram murchos e sem graça, mais uma vez.

O Mito venceu de novo.

E sem arranhões!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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