Creci Sergipe celebra 60 anos de regulamentação da profissão

Creci Sergipe celebra 60 anos de regulamentação da profissão Corretor de Imóveis

O Dia do Corretor de Imóveis é comemorado em 27 de agosto desde 1962, quando passou a vigorar a Lei 4.116/62, regulamentando a profissão no Brasil e instituindo o Sistema Cofeci-Creci. Para celebrar a data e os avanços ao longo desses 60 anos, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Sergipe (Creci-SE) está com uma programação de cursos e palestras especiais voltadas para o aprimoramento profissional da classe, o Circuito Corretor Top, além de homenagens através de Comenda concedida a profissionais e instituições que contribuem com a sociedade e o mercado imobiliário.

“Não poderíamos comemorar os 60 anos da nossa profissão de outra maneira senão proporcionando mais oportunidades de aprimoramento profissional. Vivemos um cenário de alta competitividade no mercado imobiliário e, nesse contexto, poder contar com ações que estimulam o fortalecimento da categoria faz muita diferença. É com este foco que o Conselho vem trabalhando desde o início deste ano. Fico muito feliz de ver o auditório repleto de profissionais cientes da importância de investir tempo e energia em conhecimento e networking”, ressalta o presidente do Creci-SE, André Cardoso.

Primeiro dia em comemoração aos 60 anos de regulamentação da profissão foi sucesso.

 

O primeiro curso do Circuito Corretor Top foi o de Análise de Matrícula Imobiliária, seguido das palestras LGPD para Corretores, Posicionamento nas Redes Sociais e Certidões de Registros de Imóveis. Na próxima semana serão ministrados os cursos de Usucapião Extrajudicial e Contrato de Locação. As temáticas relacionadas à Documentação Cartorária são resultado de uma parceria do Conselho com a Associação dos Notários e Registradores do Estado de Sergipe (Anoreg-SE). As inscrições ainda podem ser feitas pelo portal: www.crecise.gov.br.

 

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

A atividade de corretagem de imóveis, ou seja, da intermediação de um especialista nas transações imobiliárias, não é recente. Desde os primórdios da colonização brasileira, quando surgiram as primeiras vilas, já existia a figura do Corretor de Imóveis. Por trás de tantos negócios, lá estava o profissional comercializando imóveis e realizando o sonho da habitação. No início, essas pessoas eram chamadas de “zangões”, depois de intermediadores. Hoje, somando 60 anos de regulamentação e muitos avanços, o corretor de imóveis vai além de intermediar. Ele precisa ser um profissional completo, atualizado e inovador: estuda desde o mercado imobiliário em suas complexidades até as áreas do Direito, vendas, comunicação… Não existe mais espaço para aquele que não desenvolve diferenciais.

Até mesmo o processo de se tornar corretor vem mudando. Se até pouco tempo atrás bastava concluir o curso Técnico em Transações Imobiliárias, agora o número de profissionais com formação universitária e pós-graduação cresce a cada dia. Nossa sociedade hiperconectada e com acesso a informações por todos os lados, exige que o corretor de imóveis invista diariamente em conhecimento, especializações e networking. Algo que não mudou em toda a história foi o desejo do brasileiro pela conquista da casa própria.

E falando em história… quem foi o primeiro corretor?

De acordo com o livro Seleta do Agenciador Imobiliário, um roteiro de instruções úteis sintetizadas e explicadas, escrito por Gildásio Lopes Pereira, o desenvolvimento urbano tornou-se uma realidade apenas depois da transferência da família real para o Brasil, no princípio do século XIX, em 1807. Em Londres, o Correio Brasiliense, de Hipólito José da Costa, protestava contra a espoliação.

O Rio de Janeiro não tinha condições de alojar nem a metade da comitiva real. Foi aí que surgiu o negócio imobiliário: inicialmente, portugueses mais conscientes, indenizando o proprietário  através de corretores que os aproximava. Em seguida, estimulou-se a construção a toque de caixa. Sem dúvida, os primeiros Corretores de Imóveis no Brasil, foram cariocas; não por menos, o Creci RJ representa o primeiro Regional do Sistema Cofeci-Creci (Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis).

Os anúncios de jornal, que comprovam a comercialização de imóveis, surgem a partir de 1821, junto com a introdução da imprensa no país. O Sentinela e O Tamoio, no Rio de Janeiro, foram os primeiros jornais publicados no Brasil, e neles já havia os anúncios de imóveis. O jornal Diário do Rio de Janeiro, o periódico mais antigo nos arquivos da Biblioteca Nacional, publicado no dia 2 de junho de 1821, já continha um anúncio imobiliário. Na edição seguinte (4/6/1821), constata-se a presença de um intermediário, Venâncio José Lisboa, que havia recebido “poderes” do dono do imóvel para vendê-lo.

De lá para cá, muita coisa mudou. Os anúncios já não são mais um luxo. Temos acesso a incontáveis publicidades todos os dias e, é justamente esse excesso de informações, por incrível que pareça, que torna a profissão de corretor de imóveis ainda mais necessária.

Este é apenas um pedaço da história contada minuciosamente no livro “Memórias dos Corretores de Imóveis do Brasil”, lançado pelo Sistema Cofeci-Creci, escrito pela jornalista Silvia Celani e coordenado por Octávio de Queiroga Vanderley Filho. O material está disponível gratuitamente no portal do Creci Sergipe (www.crecise.gov.br).

 

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