No CINFORM, o semanário daqui de Sergipe, de
Recentemente circulou pela Internet, carta do General Torres de Melo, Comandante Geral do Grupo Guararapes, da qual extraí os seguintes trechos:
“Neste País, todo aquele que sonha por um Brasil, mais ou menos, sério é considerado, no mínimo, um bobo da corte, quando não o alcunham de outros termos mais vulgares. Vivemos a inversão de valores e tudo passa ser permissível…
O que estamos vivendo? Uma tragédia – somos todos responsáveis. A sociedade por calar e Vossas Excelências, em maioria nos diversos campos de atuação, por ficarem silentes, aceitando o crime, ou sendo conivente com o crime…
Tudo ao poder. Vendendo-se até a honra. Será que Vossas Excelências podem conviver com pessoas que praticam o crime, até réus confessos? Não representa isso a promiscuidade que vai degradando o sistema político e jurídico?…
Estamos cheios de processos que se arrastam nos meandros das filigranas jurídicas o que, sem dúvida, levam à impunidade muitos poderosos criminosos…
Chegou-se ao ponto de degradação social em que, muitas vezes, aqueles que não souberam honrar seus mandatos ou posições conquistadas merecem elogios de autoridades que fingem esquecer um passado que degradou a sociedade brasileira, para se manterem a qualquer custo no poder…
O fundamental do homem público é o exemplo. O melhor exemplo é pregar a verdade, ser ético e ser exemplo de dignidade, mas no nosso país, discursos sobre ética nada valem se a prática é outra…
Qual é o ideal que os poderes executivo, legislativo e judiciário estão transmitindo aos jovens de nosso país? Qual o exemplo que estão transmitindo aos jovens de nosso país?…
Todo cidadão brasileiro pode ficar rico, mas não pode passar por cima da sociedade e da lei para assim chegar ao dinheiro podre e às vezes ao poder…”.
Nas últimas eleições quantos deputados, senadores e mesmo presidente envolvidos em atos de corrupção foram eleitos?
Tudo isto comprova o descompromisso da sociedade brasileira para com o futuro do país. O alheamento de grande parte da sociedade, por sua precária condição econômica, cultural e social, até se entende, mas aquela que tem condição de se fazer ouvir e nada faz é imperdoável.
Temos que mudar o nosso comportamento. Temos que deixar de ser mais “eu” para ser mais “nós”. Temos que participar, de alguma forma, para banir do cenário político nacional todos aqueles políticos descomprometidos com o bem estar do povo brasileiro.
É, somente, com a participação de toda a sociedade brasileira que conseguiremos construir um Brasil mais justo para todos os brasileiros.