Quando falamos de profissões que usam intensamente tecnologia de informação para se manter, a linha que divide o que fazemos no trabalho com o que fazemos em casa é cada vez mais tênue. É cada dia mais comum fazer coisas do trabalho em casa e de casa no trabalho. Quer ver? Domingo a noite, Fantástico no ar, sem nada mais para fazer, você resolve dar uma olhada no email do trabalho. O que você acaba fazendo? Respondendo o email ou verificando como solucionar o “problema” no outro dia. Final do expediente, no trabalho, você resolve mandar uma mensagem para a namorada convidando para ver um filme. Isto é ou não muito natural? Como as ferramentas que você usa no trabalho são quase sempre as mesmas que você usa em casa fica difícil saber definir o corte. Hoje, com o trabalho presencial ainda podemos pensar numa quebra. O horário de fim do expediente faz você trocar de papel. A empresa normalmente fecha e você precisa ir para casa. Entretanto, dois pontos terão papéis importantes agravar o problema do fim do trabalho. O primeiro deles é o trabalho remoto. Já falamos desse tema em outra coluna. Com cada vez mais força, devido às inúmeras ferramentas que estão aparecendo para facilitar a comunicação, o trabalho remoto se tornou bastante eficiente em empresas que conseguem controlar a produção de seus funcionários. Porém, em que momento vamos fazer a troca do papel trabalhador para o doméstico? Acredito que vai ser mais difícil separar, pois não temos um momento de “quebra”, principalmente se você é solteiro e sem filhos. O segundo ponto é fornecer ferramentas de mobilidade para os funcionários. Num cenário normal, se seu chefe manda um email as 21:00 provavelmente só será respondido no dia seguinte. Já num cenário onde o funcionário tem um dispositivo móvel (pode ser um smartphone ou modem 3G no notebook) com acesso aos emails da empresa, não sei dizer o percentual, mas acredito que deveremos ter uma boa parte de funcionários respondendo os emails. Nesse cenário o trabalho nunca acaba, ou melhor, só acaba quando a gente vai dormir. Você pode estar pensando que vai trabalhar o dia todo. Isso é ruim? Talvez não. Vai depender de como o trabalho vai ser encarado. Já vi muita gente falar que não leva trabalho para casa. Acho que é somente uma frase pronta. Todos nós levamos trabalho para casa em maior ou menor grau de intensidade. De qualquer forma, você não precisará levar o trabalho para casa: o trabalho vai estar com você. Ao alcance de sua mão. Em qualquer lugar. Bola Fora (mas fora, mesmo!) Como o Ministro falou essa frase durante o 25º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, espero que tenha sido somente para dar uma animada no público do evento, pois as grandes massas estão em migração contínua e acelerada rumo a internet. Realmente não dá para acreditar que ele não tenha conhecimento dessa tendência. Como perguntar não ofende: cadê a interatividade da TV Digital? Contato
“Essa juventude tem que parar de só ficar pendurada na internet”. De quem essa frase? Nada menos que do Ministro das telecomunicações. Fala sério, seu ministro! Vamos fazer o que então? Ver TV e ouvir rádio? Isso é coisa lá no século passado. Ninguém quer ser apenas um espectador. Agora queremos interação e a internet quem nos dá essa facilidade.
Sem MSN
Alguns países considerados “inimigos” dos Estados Unidos ficaram sem poder acessar o MSN. A Microsoft alega que não tem relações comerciais com esses países e por isso deixou de permitir o acesso dos internautas de Cuba, Siria, Irã e Coreia do Norte. Isso acende as luzes de alerta de todos os usuários sobre a utilização de serviços online. Imagine que amanhã o Google ou a Microsoft acham que países da América do Sul não podem mais acessar o Gmail ou o Live? O que será dos pobres usuários destes serviços? Complicado responder. Todos nós estamos muito presos a estes serviços e alguns usuários têm no MSN uma ferramenta de trabalho.
Live@Edu na Unit
Na semana passada falamos sobre a disponibilização do Live@Edu para os alunos da Unit. Nosso leitor Patrick Félix fez um comentário importante sobre o uso do Live@Edu. Ele falou que simplesmente dar o email não fazia muito sentido. O bom seria integrar com a aplicação acadêmica (Magister) e fazer com os professores encarassem o Live@Edu como mais uma ferramenta de trabalho. Concordo plenamente com Patrick. Se for somente mais um email, o aluno nem vai se logar. Entretanto, se as provas e as reposições estiverem no calendário, se o material usado pelo professor estiver no Skydrive, se existir um grupo com os alunos da turma, se existir iteração dentro do blog (spaces), entre várias outras possibilidades, aí sim teremos uma ferramenta de colaboração fantástica. Conversando com o pessoal de tecnologia da Unit, um dos pontos que foram colocados sobre a integração é que, pelo Live@Edu ser ainda novo no mercado, a Microsoft ainda está com alguns problemas na API de acesso. Vamos esperar que sejam resolvidos logo.
Caixa de Entrada: vazia – Parte 2 (por Hugo Doria)
Semana passada eu dei inicio a uma série de textos sobre como manter sua caixa de entrada vazia e melhorar a produtividade. Hoje continuarei a série e mostrarei como usar filtros de email de maneira mais eficiente. Se você ainda não leu a coluna passada (shame on you!), corra e leia.
Não há como impedir que alguns emails cheguem até você mas, pelo menos, você pode filtrá-los assim que chagarem. Praticamente todo cliente de email atual (web, ou não) possui recursos para te ajudar a fazer a filtragem dos emails, o que pode te poupar bastante trabalho na hora de organizar sua caixa de entrada.
Apesar do recurso de filtro ser trivial para algumas pessoas, há muitas outras que o ignoram completamente. Como nunca é tarde para começar, segue algumas dicas de filtros que costumo fazer:
Um filtro extremamente necessário é o usado para remover spam, vírus e mensagens indesejadas – aquelas que você não quer ler no momento e nem armazenar para poder consultar depois. Os clientes de email web já possuem anti-vírus e anti-spam prontos para uso (o do gmail é ótimo, por sinal), mas se você usa um cliente desktop talvez seja preciso instalar alguns softwares adicionais para obter estes recursos.
Um outro filtro bastante comum é o de listas de discussão. Como eu participo de muitas, costumo criar uma etiqueta (ou pasta) para cada lista e evitar que elas fiquem na minha inbox. No Gmail basta criar um filtro para aplicar a etiqueta (label) e arquivar as mensagens sob ela. Vale lembrar, também, que há vários tipos de lista de discussão. Há aquelas em que você participa de maneira efetiva e aquelas que em que você apenas quer armazenar as mensagens para uma possível consulta posterior, por exemplo. Neste caso é bom criar um método para identificar o tipo da lista. No Gmail costumo fazer isso aplicando cores diferentes para cada nível de importância da lista (vermelho para importantes, amarelo para medianas e por aí vai).
Crie também um filtro para os emails que possuem seu endereço nos campos “to:” e “cc:”. Isso geralmente (não sempre, claro) indica que a mensagem será de maior interesse para você. Afinal, seu email está em um dos campos principais do corpo da mensagem.
Além disso tudo, considere criar filtros para as mensagens que você acha que atrapalham o fluxo de sua caixa de entrada. Se checando seu email você encontra algo que te faz pensar “bah! isso denovo?”, então crie um filtro para a mensagem. Mas lembre-se: os filtros não servem para te esconder mensagens que você precisa, mas para garantir que você não será atrapalhado com emails de pouca importância.
Filtros não são os únicos recursos que seu cliente de email tem. Recomendo que você aprenda a usar os outros como, por exemplo, cores nas etiquetas.
Na próxima semana mostrarei como lidar com as mensagens que sobraram depois de toda esta peneira feita com os filtros. Aí sim, a coisa começa a ficar divertida. Até lá. 🙂
Novamente estou recebendo mais spam do que emails sobre a coluna. Não deixe de fazer seu comentário: andresmenendez@infonet.com.br
Até a próxima semana!
em tempo: Fórmula 1? Infelizmente só em 2010!
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários