Pesquisas mostram que o homem sofreu modificações em sua estrutura corporal, a qual, durou milhões de anos para ocorrer. Esse processo evolutivo resultou na passagem da posição de quadrúpede para a de bípede. O novo formato trouxe muitos problemas, entre eles: circulatórios, posturais, musculares e nervosos. Com a posição ereta, a mulher gestante, por exemplo, sofre algumas transformações. A mulher grávida é responsável pelo abrigo do feto, necessitando, com isso, de alguns cuidados especiais.
De acordo com o Ginecologista Obstetra e Conselheiro Federal do Conselho Federal de Medicina – CFM -, Rodrigo Orlando Nabuco Teixeira, que atende na Clínica Santa Helena, os problemas trazidos pela posição ereta a uma gestante, começa a aparecer no sexto mês de gravidez, quando a barriga começa a pesar, onde as maiores queixas das futuras mamães estão nas dores lombares e nos músculos adutores internos da coxa. “O crescimento do abdômen tende a levar a mulher a uma lordose”, diz o Dr. Rodrigo.
O ginecologista ainda enfatiza que, para acabar ou solucionar com os problemas trazidos pela gestação, só mesmo o ato de “esvaziar” o abdômen, ou seja, “parir”. “A dor na gravidez é lenta e progressiva e no pós-parto ela é rápida, mas é forte”, complementa. Segundo ele, assim que o bebê nasce, o corpo volta naturalmente ao normal, fazendo com que os hormônios se regularizem também.
Já a ginecologista obstetra Drª. Vânia Pereira Soares, que atende na Clínica Laclise e no Centro Médico Luíz Cunha, diz que os problemas da gravidez iniciam-se a partir do terceiro ou quarto mês de gravidez, quando a coluna começa a se encaixar diante da transformação do corpo, tendo que se adaptar a compensação do peso pela posição da gravidade. “A gestante tem muito problema de lombalgia que é a parte mais afetada da coluna”, comenta a ginecologista. A obstetra ressalta ainda que a azia também é motivo de queixa, ela aparece com freqüência quando ocorre o aumento do volume abdominal, fazendo maior pressão no estômago.
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA – Para a ginecologista e obstetra Vânia Pereira, os exercícios físicos irão dar disposição à gestante, trabalhando também com a postura, fortalecendo a musculatura, dando atenção não só ao músculo abdominal como o perineal. “Os exercícios que não podem são aqueles de alto impacto”, complementa a obstetra.
Segundo o ginecologista e obstetra Rodrigo Orlando, os exercícios ajudam a fortalecer a musculatura, mas, vão depender de cada mulher. Ele diz que aquelas mulheres que já fazem exercícios há mais tempo, sentirão menos dificuldade no período de gestação do que aquelas que nunca fizeram. “Quem tem uma atividade física mais intensa sofre menos”, complementa o ginecologista. Ele lembra também que os exercícios de alto impacto devem ser evitados.
* Este material foi produzido com participação de Ana Cristina da Silva, estudante do 3º período do Curso de Jornalismo da UNIT.