Exame confirma agressões a ambulante em bar de praia de Aracaju

Nesta terça-feira, 4, ocorreu a audiência de conciliação referente ao caso em que o vendedor ambulante Ademir Galdino foi agredido por um funcionário de um bar na Zona de Expansão de Aracaju. Apesar de o exame de corpo de delito ter comprovado as lesões e das imagens das câmeras do local, não houve acordo entre as partes.

A advogada Priscila Mendes, que representa o ambulante, não houve acordo, pois o representante legal do estabelecimento não concordou com a tese alegada pela defesa na petição inicial. “O seu Ademir trouxe esclarecimentos do que, de fato, teria acontecido, nós reiteramos, mas foi infrutífero”, contou.

A advogada informou que o bar tem um prazo de 15 dias para fazer contestar as alegações da vítima. Ainda segundo ela, parte é referente ao processo por danos morais, uma vez que outro processo trata da conduta criminal.

O material das câmeras de vigilância do local e a oitiva de mais uma testemunha, uma pessoa que socorreu a vítima, foram solicitados pela defesa de Ademir e reconhecidos pelo delegado responsável pelo caso.

Também está no processo o resultado do corpo de delito, realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), que constatou as lesões na vítima e concluiu que a integridade física foi atingida. “Ainda estamos abertos, caso o estabelecimento decida fazer uma retratação e um acordo”, destacou a advogada.

Relembre

Um vendedor ambulante de 34 anos foi vítima de agressão física por um dos funcionários de um bar localizado em uma das praias da Zona de Expansão da capital. O caso aconteceu no dia 31 de dezembro e a vítima, que possui deficiência física e de dicção, sofreu ferimentos no rosto e em uma das mãos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), a vítima estava vendendo amendoim na praia quando foi agredida na areia da praia nas proximidades de um bar. As agressões teriam sido feitas por um funcionário do local. Ainda segundo a SSP/SE, o proprietário do estabelecimento comercial também teria proferido palavras ofensivas contra a vítima.

por Beatriz Fernandes e Verlane Estácio