Câncer Colorretal: o que precisamos saber par evitar o aparecimento?

Viver é uma jornada cheia de altos e baixos, mas, quando escolhemos enfrentar cada desafio com coragem e amor no coração, somos capazes de transformar até mesmo as situações mais difíceis em uma bela história de superação. (Anônimo)

O câncer colorretal é um tumor maligno que atinge o cólon e o reto, conhecido como intestino grosso, infelizmente é uma doença bastante frequente na população adulta brasileira, sendo a quinta causa de câncer entre os homens, com cerca de 11,5 mil casos novos a cada ano, e a quarta mais prevalente entre as mulheres, com incidência em torno de 14 mil casos anuais, concentrando-se na faixa etária dos 50 aos 70 anos.

Os cânceres do cólon e do reto têm a particularidade de exibir lesões precursoras, que são os pólipos – estruturas formadas pelo crescimento indevido da mucosa intestinal – e que, dependendo do tipo, apresentam risco de transformação maligna.

O tempo estimado para crescimento e desenvolvimento de tumor a partir de um pólipo é longo, o que permite sua identificação, retirada e, portanto, prevenção do câncer, mas apesar disso, a mortalidade associada à neoplasia colorretal ainda é elevada, especialmente por conta do diagnóstico tardio.

Devemos referir de que os sinais clínicos mais comuns do tumor colorretal incluem alterações do hábito intestinal, alternando com frequência diarreia com obstipação, além de apresentarem outros sintomas importantes, como dor e desconforto abdominal, presença de sangue e muco nas fezes, evacuações dolorosas, fraqueza, afinamento no calibre das fezes, perda de peso sem uma causa aparente, náuseas ,vômitos e flatulência ( gases ) constante. No entanto de forma bastante peculiar a essa patologia, muitas vezes o único sintoma pode ser a presença de uma anemia sem causa determinada. O surgimento do câncer colorretal geralmente aparece associado à presença de alterações genéticas que ativam genes específicos, relacionados com tumores, e desativam genes protetores da mucosa intestinal; por isso se o indivíduo nascer com uma ou mais dessas mutações, certamente estará mais sujeita a desenvolver a doença ao longo de sua vida, sobretudo se essa predisposição for combinada a outros fatores de risco, como uma dieta pobre em fibras, vegetais e folato ( vitamina do completo B ) e rica em gorduras e carne vermelha, aliada a um consumo excessivo de álcool, sedentarismo e tabagismo. Portanto de uma forma geral esses aspectos conseguem explicar a causa de 75% dos casos de câncer colorretal, enquanto que os outros 25% possuem história familiar desse tumor e/ou de síndromes hereditárias específicas que afetam o cólon ou, então, são portadores de doença inflamatória intestinal, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Convém sempre salientar de que pessoas que tenham um ou mais parentes de primeiro grau com câncer colorretal têm aproximadamente o dobro da chance de desenvolver uma lesão maligna do que aquelas que não possuam esse histórico

EXAMES COMPLEMENTARES

A definição diagnóstica depende da combinação da história pessoal e familiar do indivíduo, do exame físico e do resultado de exames complementares, devemos sempre frisar de que o método mais importante para a identificação do câncer colorretal é a colonoscopia, que permite a visualização direta de todo o intestino por meio de um tubo flexível com fibra ótica na ponta – colonoscópio – introduzido pelo reto; Destacando de forma incisiva de que é durante esse exame que o médico também pode fazer a biópsia das áreas suspeitas, colhendo minúsculos fragmentos para a posterior análise da natureza de suas alterações – se maligna ou se benigna; Após definido o diagnóstico de neoplasia colorretal, o passo seguinte deve ser o estadiamento da doença, por meio de exames de sangue e de métodos de imagem que determinarão a extensão da lesão, o acometimento de órgãos subjacentes e a presença ou não de metástases.

TRATAMENTO

Sabe-se de certeza de que a cirurgia é o tratamento primário de escolha do câncer colorretal ( “ a cereja do bolo”).É lógico que devemos sempre observar de que a escolha do tipo da intervenção depende da localização e do tamanho do tumor, mas, em geral, o procedimento se resume à remoção da parte do intestino afetada e dos gânglios próximos a essa região, retirados para impedir uma recidiva local. Muitas vezes em geral é necessário complementar o tratamento cirúrgico com radioterapia e quimioterapia, métodos terapêuticos que inibem o reaparecimento e disseminação do tumor.

Convém salientar de que no caso de haver somente pólipos, é necessário apenas removê-los por meio da própria colonoscopia e fazer o acompanhamento em intervalos de tempo que devem ser definidos pelo médico que acompanha o caso.

No sentido de se evitar o aparecimento do câncer colorretal, é muito importante a pratica de exercícios físicos de forma regular, manter uma dieta saudável, pobre em gorduras de origem animal e rica em fibras – presentes em cereais, vegetais e frutas –,e em folato – encontrado em alimentos como espinafre, feijão branco, laranja, aspargo, couve-de-bruxelas, maçã e soja – e no cálcio do leite e de seus derivados, de preferência desnatados ou light.

Lembrando sempre que as fibras, particularmente, têm um papel fundamental na manutenção da saúde do intestino, pois aumentam o bolo fecal, aceleram a velocidade do trânsito intestinal e diminuem o contato das substâncias cancerígenas com a parede do cólon.

Uma observação muito importante é que além desses cuidados, as pessoas devem sempre evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, assim como o tabagismo, que geralmente estão implicados com a maioria dos cânceres. Entretanto, da mesma forma que nos outros tipos de câncer, a medida mais importante é a detecção precoce de lesões pré-cancerosas, por causa disso, recomenda-se sempre que toda pessoa com mais de 50 anos faça uma colonoscopia periodicamente. O intervalo entre os exames será determinado pelo gastroenterologista que acompanha o caso, conforme os achados que forem encontrados, no entanto devemos frisar de que as pessoas com parentes de primeiro grau com câncer colorretal devem ser submetidas à colonoscopia preventiva a partir dos 40 anos de idade.

Convém sempre lembra a máxima de que : “ PREVENIR SEMPRE É MELHOR DO QUE REMEDIAR “

Uma Feliz e saudável semana..

NAMASTÊ!!!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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