Diego Leonardo Santana Silva

Doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ)

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

E-mail: diego@getempo.org

 

A questão ambiental vem ocupando os noticiários nos últimos anos. Seja por meio de debates sobre queimadas na Amazônia, pelo aumento significativo das chuvas, pela morte de animais por conta do lixo e da má preservação de biomas, os alertas sobre os impactos da ação humana sobre a natureza chamam cada vez mais atenção.

Não chegamos até aqui por mera obra do acaso. A Revolução Industrial elevou a exploração dos recursos naturais para a produção de mercadorias. Se, por um lado, ela trouxe uma capacidade de produção jamais vista, por outro, isso também teve um custo. Séculos depois, em uma sociedade de consumo em que as mercadorias tornam-se cada vez mais descartáveis, o nível de exploração da natureza cresceu de maneira tão elevada que fez com que os cientistas passassem a acreditar que estaríamos vivendo uma nova era geológica, o Antropoceno (termo popularizado pelo químico holandês Paul Crutzen no ano 2000).

O Antropoceno nos traz uma nova realidade com o planeta. Os impactos da ação humana sobre a natureza a modificaram de maneira tão intensa que não haveria mais como retornar a um estágio anterior. O aquecimento global e a produção de lixo transformaram o espaço geográfico de maneira irreversível, resta a nós agora aliviarmos os impactos e repensarmos nossa relação com o mundo natural. As cidades e os mares foram poluídos e uma educação ambiental se torna necessária não apenas sobre o descarte de produtos, como também na construção de uma cultura de sobrevivência que nos ensine que a preservação ambiental é uma missão para todos nós.

No século XXI, a questão climática ocupa um papel central nos debates geopolíticos e o Brasil possui uma importante missão. A Amazônia é um patrimônio nacional e um espaço a ser preservado. Nela, milhares de espécies de plantas e animais precisam ser preservados em prol de um ecossistema mais harmonioso. Além disso, os rios, como o Rio Amazonas, carregam consigo nosso mais importante recurso, a água.

Para repensarmos nossa relação com a natureza, devemos repensar nossa relação com a vida.  Os povos originários nos trazem alternativas de uma ressignificação da nossa relação com os recursos naturais. Em paralelo a isso, a busca por fontes de energia renováveis se intensifica, bem como a produção de veículos elétricos e de produtos biodegradáveis. A questão ambiental é sobre cada um de nós e quanto mais cedo percebermos isso, melhor.