Dedicado à força da Mãe Terra e à matriarca da família Sabuká, Suinara, o grupo indígena Sabuká Kariri-Xocó lançará, no dia 27 deste mês, em todas as plataformas digitais, o seu primeiro EP, intitulado Sabedoria ancestral (Subatekié Xatoken). O projeto conta com 6 faixas e é fruto do edital Economia Criativa do Sebrae, de 2023, com o apoio da ONG Casa de Mar e do Estúdio Parede, e é um lançamento do selo Aláfia Cultural, em parceria com a YB Music.
O EP leva o nome em português e em Dzubukuá, língua originária do grupo, além de contar com as duas línguas em todas as faixas do projeto. Gravado na Aldeia, localizada em Porto Real do Colégio, na fronteira entre os estados de Sergipe e Alagoas, e em São Paulo, Sabedoria Ancestral conta com a direção musical de Yuri Queiroga e o Cacique Pajé Pawanã Crody, direção geral do projeto e produção executiva da multiartista sergipana Héloa.
De acordo com o pajé e liderança do grupo Sabuká Kariri-Xocó, Pawanã Crody, realizar a gravação em dois espaços distintos é uma forma de reverenciar não somente a Mãe Natureza, mas o uso da tecnologia a favor dos povos originários e em prol da produção de projetos como esse, que levará a sabedoria ancestral e os cantos sagrados de um povo que luta pela preservação do rio Opará, mais conhecido como São Francisco, ao Brasil e ao mundo.
“Quero ressaltar a importância da experiência que vivemos com a gravação do EP, que teve início na Aldeia, dentro da mata, e seguiu para a selva de pedras, São Paulo. Levamos a tecnologia para a mata mostrando que é possível e sempre há um jeito de unificar a sabedoria ancestral à tecnologia para que nasçam grandes frutos. Eu não imaginava que poderíamos gravar um disco fora de estúdio, e conseguimos fazer dessa forma, tanto em nosso território como no estúdio e o resultado foi emocionante”, celebrou o pajé.
O lançamento do EP Sabedoria Ancestral (Subatekié Xatoken), também celebra o primeiro lançamento do selo Aláfia Cultural, dos artistas independentes Héloa e Yuri Queiroga, que se uniram para pensar o selo como uma ferramenta para também possibilitar gravações em territórios sagrados, de grupos tradicionais, e esse trabalho marcando o início dessa trajetória.
“Nós fizemos a primeira parte na aldeia, buscando captar não somente as vozes e o som dos instrumentos, mas gravando também os sons da natureza. No estúdio, eu sugeri que a gravação fosse feita sem fones de ouvidos para que eles ficassem muito à vontade. Para mim, a melhor interpretação de qualquer artista é quando ele se sente à vontade e eu sabia que eles ficariam mais à vontade para cantar e dançar, pois o canto deles é um canto corporal, que envolve toda uma performance corporal, que soma muito à interpretação do disco”, pontuou, Yuri.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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