APOSTAS FEMININAS NA CAPITAL
Está mais do que certa a candidatura da deputada Yandra Moura à prefeitura de Aracaju e não tem quem faça o seu genitor, André Moura, abrir mão da propositura. O ex-deputado não tem nenhum compromisso com Edvaldo Nogueira, ao contrário, talvez se ressinta de alguns desconfortos políticos passados, o que dificulta ainda mais a composição de uma chapa em comum. Edvaldo por sua vez segue trabalhando a pré-candidatura do Secretário de Estado Luís Roberto, que não decola.
Voltando ao rol das possíveis pré-candidatas, este é o cenário: Daniela Garcia caiu na armadilha do poder ao aceitar o convite do governo atual como Secretária de Estado e está fora do páreo; Catarina Feitosa, data venia, foi uma Vice-Prefeita apagada e ainda não se projetou no cenário federal como Deputada. Dessa vez as delegadas não protagonizarão o pleito para Chefe do Governo Municipal; Linda Brasil precisa de muita cancha administrativa e grupo político para validar seu projeto majoritário em Aracaju; Candice Carvalho, da mesma forma, ainda não tem corpo político para a empreitada, não contando com a unanimidade do PT. Seu nome surgiu na agremiação justamente para inviabilizar possível candidatura de Eliane Aquino; Eliane Aquino, também do PT, está distante de Aracaju há 11 meses e sem grupo, sendo uma aposta bastante remota à vaga do Palácio Rui Barbosa; Emília Correia tem um recall político das duas últimas eleições. Defensora Pública com serviço prestado à sociedade aracajuana, vereadora atuante e conhecedora dos problemas da capital, sempre manteve um discurso independente e altivo. Sem dúvidas um nome forte dentre as pré-candidatas. Por fim, Yandra Moura. A Deputada está em seu primeiro mandato legislativo federal e foi a primeira eleita pelo Estado de Sergipe. Yandra tem se notabilizado em causas femininas, sendo integrante da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Tem respaldo político consistente e agrega ao seu nome a força da juventude. Sem falar que a candidata conta com o apoio dos governos de Sergipe e do Rio de Janeiro. Fosse o pleito municipal composto exclusivamente de mulheres, certamente teríamos, na capital, uma bela e respeitosa disputa entre as candidatas Yandra e Emília Correia
RETRATO INDIGESTO. O Governador Fábio e prefeitos da região metropolitana de Aracaju formalizaram no último mês o Consórcio Metropolitano do Transporte Coletivo. Da imagem que circulou nas manchetes de jornais e redes social, chamou atenção o sorriso amarelo dos prefeitos da Grande Aracaju ao lado do governador Fábio Mitidieri no evento. O desconforto era gritante: Edvaldo Nogueira (Aracaju), padrinho político de Luís Roberto, de cara fechada com Mitidieri, que ainda não se decidiu pelo apoio à candidatura de Yandra Moura ou de Catarina Feitosa. Padre Inaldo (Nossa Senhora do Socorro) desfiando um rosário para tentar barrar o apoio do governador ao deputado Samuel Carvalho. Alberto (Barra dos Coqueiros) roendo as unhas porque Mitidieri já declarou apoio à pré-candidatura do ex-prefeito Airton Martins. E, por fim, Marcos Santana (São Cristóvão) aborrecido porque o apoio palaciano vai para o vereador Diego Prado. Que horror!
DUETO PARTIDÁRIO. O governador Fábio Mitidieri, em seu primeiro mandato executivo, tem optado por protagonizar seus amigos e aliados a prestigiar aqueles que se mantiveram em cima do muro durante sua campanha. Fábio vem agindo com objetividade e destemor, sem perder tempo com políticos indecisos. De onde recebeu apoio, está retribuindo na campanha municipal. Quando indagado sobre os próximos nomes para deputado federal, prefere não antecipar o assunto, mas é certa sua pretensão em eleger o primo Cláudio Mitidieri. Suas alianças trazem capital político para seu governo e são estabelecidas de forma pragmática. Exemplo disso são as tratativas com o ex-deputado André Moura. O dueto entre o PSD e o União Brasil está fechado em quase todo o Estado da seguinte forma: quem estiver melhor nas pesquisas aponta o candidato a prefeito e o outro a vice. Assim está sendo feito, salvo raríssimas exceções.
RODRIGO VALADARES X ANDRÉ MOURA. O bolsonarista Rodrigo Valadares não esconde seu desconforto com o Presidente do União Brasil em Sergipe, André Moura. Causa disso é o lançamento da pré-candidatura da sua filha Yandra Moura para Prefeita de Aracaju. O deputado, filho do saudoso político sergipano Pedrinho Valadares, julga-se melhor preparado para o pleito, mas André não lhe dá ouvidos. Insatisfeito com os rumos do partido, avalia opções como o PL e os Republicanos para pousar. Reconhece entretanto que é uma decisão difícil pois, se sair do partido e não se eleger, perde o mandato de deputado federal. O deputado foi eleito dentro da base bolsonarista e é um defensor fervoroso da plataforma política da direita.
FÁBIO HENRIQUE X SAMUEL CARVALHO. Nos últimos dias, o deputado estadual Samuel Carvalho vem recebendo apoio de diversas lideranças políticas de Socorro, mas continua estagnado nos índices eleitorais da cidade. Enquanto isso, Fábio Henrique cresceu e ocupa a primeira posição. Correndo por fora, Renato Nogueira, candidato do Padre Inaldo, subiu substancialmente e já assusta os dois primeiros. A onze meses das eleições o quadro pode mudar e novos nomes como o de Zé Franco, Elmo Paixão, Pastor Joanan e outros poderão entrar na disputa. Adverte-se que o prefeito Inaldo ainda não entrou em campo para ajudar seu candidato.
ETÉLIO DE CARVALHO PRADO JÚNIOR. O novo desembargador tomou posse na última quarta-feira, dia 29, em uma solenidade bastante disputada, que contou com a presença das mais altas autoridades do Estado. Etélio, 48 anos, além de conhecedor do Direito tem um perfil sóbrio, gentil e observador. Ingressou no MPSE em 2003, onde solidificou sua carreira jurídica sem conflitos ou polêmicas. Sempre prezou por um bom relacionamento com os pares, trazendo consigo um ar de conciliador. Certamente contribuirá para uma prestação jurisdicional efetiva, de qualidade e humana.
REPERCUTIU NA MÍDIA.
ADIBERTO SOUZA: Sem vergonha. O senador Alessandro Vieira (MDB) se posicionou contra a chamada PEC do Quinquênio, a ser votada nos próximos dias e que beneficia juízes e procuradores. Pelo texto, os ilustres terão direito a um adicional de 5% do salário a cada cinco anos, no limite de 35%. Segundo o emedebista, este “é mais um privilégio para uma elite que não se envergonha de encostar a faca no pescoço do Parlamento para exigir suas vantagens. O nosso Poder Judiciário, na sua mais alta cúpula, perdeu completamente a vergonha”, fustigou Vieira. Crendeuspai!
DIÓGENES BRAYNER: Franco a prefeito. O ex-prefeito de Socorro José Franco não lançou sua candidatura a prefeito do município, mas deixa claro que se for indicado pelo prefeito Padre Inaldo vai à disputa.
*** Diz que é um nome bem aceito pelo eleitorado da cidade, que já a administrou, e que mantém firme seu nome junto ao povo: “mas sou político de grupo e estarei com Padre Inaldo seja qual for sua indicação”.
CLÁDIO NUNES. Ricardo Marques: gestão de Edvaldo não melhorou a vida das pessoas Em discurso na Câmara de Aracaju ontem, 5, o vereador Ricardo Marques (Cidadania) fez uma reflexão sobre os diversos problemas enfrentados pela população durante o ano de 2023. “O fim do ano se aproxima. Faltam 25 dias para a gente entrar em 2024. A praça dos Três Poderes [Fausto Cardoso] está linda, muito iluminada, uma parte da Orla da Atalaia também. Tivemos muitas festas grandiosas este ano, porém a minha inquietude é sobre as diversas demandas da população com relação à saúde, emprego e transporte: O que mudou efetivamente para melhor?”.
Exemplos Em seu discurso, Ricardo Marques ainda citou alguns exemplos de problemas que apenas não continuaram, mas se agravaram ao longo deste ano, como as longas filas à espera de exames e cirurgias, os índices galopantes de desemprego e o colapso do transporte coletivo na capital e Grande Aracaju.
Problemas rotineiros “Me entristece muito quando as pessoas relatam os mesmos problemas rotineiros, tais como no início do ano. O que espero é que as luzes da decoração natalina tragam esperança para nosso povo. E mais do que isso, que abra os olhos sobre as nossas decisões e escolhas em 2024, afinal, vamos encerrar 2023 com os mesmo problemas”, finaliza Ricardo Marques.