Um grupo de trabalhadores dos Correios em Sergipe se reuniu nesta quinta-feira, 14, na frente na agência do bairro Siqueira Campos para protestar contra o atual sistema de distribuição das empresas. Na visão do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Sergipe (Sintect), tal sistema retira carteiros das ruas, camufla a falta de funcionários e aumenta carga de trabalho.
A categoria, em consenso, aprovou um indicativo de greve para o dia 20 de dezembro. E de acordo com o Sindicato, a greve será mantida, caso a gestão dos Correios em Sergipe insista em no sistema de distribuição de cartas e encomendas DDA (Distribuição em Dias Alternados).
“Somos contra o ‘SD da Morte’ e contra a retirada de postos de trabalho com a diminuição de carteiros. A nossa luta é por concurso público. Nossa empresa tem necessidade de concurso há muitos anos e o concurso público não tem sido feito, o que gera as dificuldades que estamos enfrentando com a redução dos postos de trabalho. Essas mudanças propostas pioram nossa situação, afetam as condições de trabalho, assim como a distribuição de cartas e encomendas aqui na capital e no interior”, alertou Jean Marcel, secretário Geral do SINTECT/SE e diretor da CUT Sergipe.
Apoio na luta
A CUT participou do protesto, representada pela vice-presidenta Caroline Santos, e por Ivonete Cruz ,que integra a Direção Nacional da central e é também dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Oficial de Educação de Sergipe (Sintese) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
“Este é um ato de denúncia. Querem diminuir o número dos trabalhadores dos Correios. Não podemos naturalizar o trabalho de domingo a domingo. Isso não é natural, é uma imposição do sistema, nós como trabalhadoras cobramos concurso público para os Correios já”, afirmou Caroline Santos.
Ivonete Cruz afirmou que a luta do Sintect/SE é uma luta de todos. “Quem espera para chegar as suas compras pelos Correios precisa saber o que os trabalhadores dos Correios, com um corpo de pessoal reduzido, estão enfrentando para conseguir distribuir cartas e encomendas em volume crescente. A gestão da empresa em Sergipe precisa dialogar com o sindicato e ajudar a resolver o problema ao invés de piorar a situação dos trabalhadores”, alertou Ivonete.
Correios
Por meio de nota, os Correios disseram que realizam, em todo o Brasil, um estudo minucioso para levantamento dos recursos necessários ao atendimento da população, no que diz respeito às atividades operacionais de entrega de objetos postais.
Com base nisso, a empresa disse que dimensiona com precisão o quantitativo de carteiros e veículos que deve atender cada distrito, considerando as mudanças no perfil da carga postal e outras variáveis demográficas. Mas que não há dispensa de trabalhadores nem retirada de carteiros das ruas, apenas remanejamento de empregados, de acordo com as necessidades reais e atuais de cada unidade operacional.
Por Carol Mundim e Verlane Estácio com informações do Sintect/SE
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