Nunca foi tão fácil ter um celular. A última pesquisa do Centro de Estudos Sobre Tecnologia da Informação, divulgada em abril, mostra que a proporção de brasileiros com os aparelhos cresceu 21% nos últimos três anos (de 2006 a 2009). Isso significa que, em 82% dos domicílios do país, pelo menos uma pessoa tem um celular.

Mas a constante exposição dos usuários à radiação eletromagnética transmitida pelo aparelho e pelas antenas é segura? Não, segundo a engenheira e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Adilza Condessa Dode, autora de um estudo que relaciona o número de óbitos por câncer à radiação emitida por antenas de telefonia móvel.

A pesquisadora mapeou 300 pontos de antenas e constatou que mais de 80% das pessoas que morreram moravam a cerca de 500 m de distância.

A primeira parte da pesquisa consistiu em analisar, entre o total de casos de câncer na cidade de Belo Horizonte, quantos estavam relacionados à radiação eletromagnética. Ao todo, foram 4.924 óbitos no período entre 1996 e 2006 pelos tipos de câncer relacionados, como próstata, mama, pulmão, rins e fígado.

Em seguida, a pesquisadora mapeou 300 pontos de antenas na cidade e, ao cruzar os dados, constatou que mais de 80% das pessoas que morreram moravam a cerca de 500 metros de distância desses pontos.

De acordo com os cálculos teóricos de Dode, o nível de radiação desses locais ultrapassa os padrões adotados pela legislação federal, em maio de 2009, de 300 GHz.

“Esses padrões já são extremamente altos e perigosos para a saúde humana. Quanto mais próximo de uma antena a pessoa mora, maior é o contato com o campo elétrico”, diz a pesquisadora.

Ela costuma passar cerca de oito horas em cada residência analisada medindo a radiação e planejando a arquitetura eletromagnética do lugar. “Incentivo as pessoas a mudarem o quarto para outro cômodo, menos afetado, e a evitarem as partes da casa onde a incidência da radiação é maior”, diz.

Legislação interesseira – Embora os padrões de exposição à radiação em vigor tenham sido definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que segue as recomendações da Comissão Internacional de Proteção Contra Radiação Não Ionizante (ICNIRP), Dode discorda: “A legislação atende aos interesses industriais, econômicos e tecnológicos, não pensa na saúde das pessoas”, afirma.

A exemplo de países como a Suíça e a Itália, onde a lei é mais rigorosa, a pesquisadora sugere que cada município tenha autonomia para definir seu limite de exposição humana à radiação. “Isso já acontece em Porto Alegre e deveria acontecer em todas as cidades brasileiras”, argumenta.

“A potência emitida pelo celular é contínua e agravada pela posição das antenas, voltadas na direção do cérebro do usuário”

Dode, junto a outros 23 pesquisadores de vários países, assinou a Resolução de Porto Alegre, documento resultante de um seminário promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul no ano passado, pedindo a redução do limite estabelecido no país.

“É uma questão de precaução. Acredito que só conseguiremos isso através da mobilização social, não podemos ficar esperando por uma mudança na lei”, afirma.

De acordo com a pesquisadora, as antenas que ficam dentro do aparelho também são perigosas: “A potência emitida pelo celular é contínua e agravada pela posição das antenas, voltadas na direção do cérebro do usuário”, explica.

Enquanto não existem legislações mais rígidas ou normas de fabricação em relação a isso, Dode recomenda que o uso do celular se restrinja a emergências: “Eu mesma só uso em casos excepcionais e prefiro enviar mensagens de texto. Para conversar, uso o telefone fixo. É perfeitamente possível mudar os hábitos”, diz.

A pesquisadora recomenda, ainda, que as pessoas atendam os celulares usando fones de ouvido sempre que possível e que guardem o aparelho longe do corpo. Segundo ela, crianças não devem usar o aparelho e a instalação de antenas deve ser proibida nas proximidades de escolas, hospitais, creches ou casas de repouso. (Bruna Ventura – Ciência Hoje/RJ – Texto originalmente publicado na CH 271 (junho/ 2010)

Aracaju quase sai na frente

Quando vereador de Aracaju, Goisinho, fez um estudo aprofundado sobre o assunto e chegou a discutir um ante-projeto de lei, sobre as antenas da telefonai celular. Porém, o Judiciário achou que a Câmara não tinha competência para regulamentar esta área. Goisinho, mesmo fora da política, continua se aprofundando sobre o assunto e a de lá para cá a realidade mudou, com dados técnicos significativos sobre os problemas causados pelas antenas.

Problema é grave

 É um assunto importante e, pela reportagem, as antenas têm um tipo de irradiação. Espera-se que a “esquerda” que encontra-se no poder não passe a mão em um problema tão grave. Já que a esquerda vem mudando muito o que combateu no passado, vide as usinas nucleares.

PRE/SE pede impugnação de candidatura I

A Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe pediu a impugnação da candidatura de Luiz Augusto Carvalho Ribeiro Filho, o Gustinho Ribeiro (PV), a deputado estadual. Atualmente vereador no município de Lagarto, ele já foi condenado em um processo eleitoral e, de acordo com a lei complementar nº 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa, Gustinho não poderá se candidatar. O procurador regional eleitoral, Ruy Mello, explica que a ação eleitoral contra Gustinho transitou em julgado em setembro de 2009, ou seja, não há mais possibilidade de recurso. Ele foi condenado por ter feito doação para candidato nas eleições de 2006 acima dos valores permitidos por lei.

PRE/SE pede impugnação de candidatura II

A legislação eleitoral permite que pessoas físicas façam doação de até 10% do faturamento bruto declarado em imposto de renda. Em 2006, contudo, Gustinho doou mais de R$ 10 mil à então candidata Josefa Áurea de Souza Ribeiro, valor este superior ao que lhe era permitido de acordo com a sua declaração de imposto de renda de 2005. Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a pagar mais de R$ 33 mil em multa. A Lei da Ficha Limpa prevê que não podem se candidatar pessoas que já foram condenadas em decisão final ou por colegiado da Justiça Eleitoral ou da Justiça comum. A PRE/SE ainda está analisando os outros pedidos de candidatura enviados ao TRE.

Padre Fábio de Melo abre a festa de Nossa Sra do Carmo

O padre Fábio de Melo estará em Carmópolis dia 11 às 20:30 na praça de eventos às para fazer um show que abrirá a programação religiosa em homenagem à padroeira Nossa Senhora do Carmo. ” Será um dia de fé e muita emoção”, diz a gestora do município a prefeita Esmeralda Cruz. A pedido de muitos fiéis, a prefeita reuniu uma grande equipe para organizar o evento, além da colaboração total da comunidade cristã e da Igreja Católica.

Festa já supera as expectativas

“Estamos preparando tudo com muito afinco. Essa é a nossa maior festa religiosa e social. É nosso maior referencial e na gestão “Carmópolis de Todos”, conseguimos superar todas as expectativas”, afima o secretário de Cultura e Turismo Alexandre Magalhães. Um dos pontos mais altos da programação religiosa, será a Procissão dos Motoristas onde São Cristóvão abençoa a todos.Será neste dia 06. Durante todo o novenário, fiéis de reunem na Igreja Matriz para saudar a padroeira da cidade Nossa Senhora do Carmo.

PMA se prepara diante da previsão de fortes chuvas

Na tarde da sexta-feira, 9, o prefeito Edvaldo Nogueira se reuniu  com secretários e gestores de órgãos municipais que integram o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de Aracaju. O objetivo principal da reunião foi deixar em estado de alerta todos os serviços municipais, diante da previsão de fortes chuvas neste final de semana em toda a cidade.

Ações preventivas

Durante a reunião, discutiu-se a realização de ações preventivas em toda a capital sergipana, no sentido de evitar ou minimizar os possíveis transtornos advindos de um temporal. “É importante prevenir e ficar em alerta, para dar todo o suporte necessário, caso essa previsão se confirme”, sinalizou o prefeito.

Obras estruturantes

Edvaldo ressaltou que a administração municipal tem evoluído bastante na prevenção, com a realização de obras estruturantes, e na pronta-resposta a incidentes que possam ocorrer como consequência de fenômenos naturais. “Isso foi constatado na última ocorrência de fortes chuvas em Aracaju, quando conseguimos atender a população de forma eficaz”, afirmou.

Des. Osório Ramos é o novo diretor da ESMESE I

Foi eleito, por unanimidade, na sessão administrativa do Pleno do Tribunal de Justiça – TJSE, da última quarta, 07.07, o Des. Osório Ramos para assumir a direção da Escola Superior da Magistratura de Sergipe – ESMESE. O magistrado completará até fevereiro de 2011, o mandato da Desa. Clara Leite, que se aposentou compulsoriamente este ano.

Des. Osório Ramos é o novo diretor da ESMESE II

O novo diretor afirmou que se sente muito feliz em poder contribuir e dar continuidade às excelentes administrações realizadas na ESMESE. “Tenho profundas ligações com a Escola, desde quando integrei a primeira turma de professores, juntamente com os Desembargadores Marilza Maynard e Cezário Siqueira Neto. Além de ter sido aluno também”, comentou o novo diretor. O Des. Osório Ramos é professor da Escola de Direito da Universidade Federal de Sergipe – UFS, onde leciona disciplinas ligadas ao Direito Privado desde 1986.

ARTIGO

Um dia para Gil – por Ailton Francisco da Rocha

Conheço Gilmadson desde a infância. Morávamos na mesma rua em casas de taipa, quase uma defronte a outra, e, somos praticamente da mesma idade.

Da sua mãe, D. Margarida, trago uma vaga recordação, morrera de parto, na gestação do sexto filho. Era muito trabalhadora. Além das atividades domésticas, trabalhava no plantio e corte de arroz na várzea de Cedro, para ajudar no sustento da família. Era uma mulher de fibra, comadre de minha mãe. Algumas vezes ouvi-as conversando sobre a lida diária. Queixava-se de fraqueza, cansaço e de fato ficou bastante anêmica na sua última gravidez. A sua morte abalou profundamente a sobrevivência dos cinco filhos por ela deixados (Margarete, Ivanoé, Gilmadson, Caubi e José), que passaram a ter auxílio direto dos avós paternos e parentes.

Carmélio, seu pai, era projetista do cinema de Sebastião, e além dessa profissão também era fotógrafo, fateiro, treinador de futebol, vereador de vários mandatos e boêmio convicto. Fanfarrão, amigueiro e mulherengo gastava o pouco dinheiro que ganhava alimentando as suas orgias. Bom companheiro,fazia amizade com facilidade entre os jovens, principalmente os estudantes e atletas de futebol.

O seu nome Gilmadson, dizia ele orgulhoso a quem o interrogava, era uma homenagem que o pai prestara a um ator norteamericano chamado Guy Madison o qual fez diversos filmes faroestes, entre os quais:  Investida de Bárbaros,  Sob o Comando da Morte, O Tirano da Fronteira e A Vingança Deixa Sua Marca. 

Iniciou o estudo do primário no Grupo Municipal “31 de Março”. Formávamos uma turma de 25 alunos, sentados em cadeira dupla de madeira, com os meninos no lado direito da sala e as meninas no lado esquerdo. Depois cursou o ginasial no Colégio Cenecista “São João Batista” e o segundo grau no Colégio Agrícola “Benjamin Constant”. Aluno aplicado e estudioso, sempre se destacou em matemática, a ponto de receber diversos elogios dos inesquecíveis professores Cacau e Jackson.

Cresceu como crescem as plantas e os animais. Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Compartilhamos de diversas brincadeiras infantis e juvenis. Sempre foi cordial, humilde e sério nas suas pretensões. Nunca gostou de pedir nada a ninguém. Aliás, quando isto acontecia, já sabíamos, havia uma necessidade muito forte por trás do pedido de ajuda.

Criamos na infância, o mais famoso time de pelada da nossa pequena cidade, batizado de “Os Oito Perigos”. Era assim composto: Ailton de Zé de Mindom, Alberto de Tonho Monteiro, Dado de Manoel, Dia de Carmélio, Diogo de João Grilo, Nô de Zé Guarda, Paulo de Tonho de Beijo e Raimundo de Zé Louro. Time de craques mirins, tocando com os pés descalços a bola de borracha, entre dribles desconcertantes, tabelas precisas e o chute fulminante em direção ao gol.

Com as cheias anuais do rio São Francisco, todos os campos de futebol ficavam por um período de cerca de três meses alagados. Certo dia, para saciar a nossa vontade de jogar bola, junto com a meninada do bairro, atravessamos nadando a várzea até a Ilha do Urubu que tinha um campo formado pelo limpo do arroz. Essa aventura custou-nos uma surra, aplicada por nossos pais, para cada um dos aventureiros que se arriscara na travessia, tamanho fora o risco de termos morridos afogados.

Também disputávamos campeonato de botões pelas calçadas. Recordo-me dos times formados pelo Corinthians de Meio Homem, o Santos de Niba, o São Paulo de Tonho Neto, o Vasco de Ademílson, o Flamengo de Dia, o Fluminense de Flávio, o Botafogo de Dudu e o América de Ailton. Além das brincadeiras nas ruas descalças da cidade como: pé-em-barra, bandeirinha, patinete, soltar pipa, colecionar álbuns de figurinha, pinhão, bola de gude, castanha. Crianças felizes!

Na fase adulta nos separamos. Eu fui estudar o curso superior em Pernambuco e ele trabalhar na Bahia. No colégio agrícola, sempre me dizia “quando encontrar a minha Angelita – era o pseudômino que carinhosamente chamava a mulher dos seus sonhos – vou me casar e o meu primeiro filho é você quem vai batizar”. Promessa feita, promessa cumprida. Eu e Verônica, minha esposa, tivemos a honra de sermos os padrinhos do Júnior, hoje formado em Agronomia.

Atualmente reside em Cascavel, o mais importante distrito do município de Ibicoara, na Chapada Diamantina, no estado da Bahia.

O distrito tem no plantio de café e na agroindústria as suas principais atividades econômicas. Cascavel é responsável por mais de 70% da receita de todo o município de Ibicoara, sendo o local onde se encontram as sedes das principais empresas agropecuárias da Chapada Diamantina. Sempre diz, quando por nós perguntado “este lugar é o paraíso que escolhi para morar e constituir a minha família”.

Confesso que até hoje sinto saudades de todas as nossas conversas, dos estudos que realizamos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima e de angústia que juntos vivemos.

Encontramo-nos no inicio do ano, muito rapidamente numa bela tarde de domingo na praia dos náufragos em Aracaju. A sua família, a minha e a do nosso amigo Ademilson. Percebi o quanto estava abatido e decepcionado pela derrota sofrida na eleição para prefeito, após já ter exercido os mandatos de vereador e vice-prefeito.  Na oportunidade me aconselhou “se queres ingressar na política como candidato nunca mude a sua honra e a sua dignidade”. 

Creio que a glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a boa companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.

Nosso amigo Dia, apelido dado em criança por sua cor branca meio pálida, carinhosamente chamado de Gil pelo querido povo da Bahia é uma pessoa de qualidade rara, diria até que uma espécie em extinção.  Bom filho, bom pai, bom irmão, bom amigo, solidário e acima de tudo honesto. Sem querer desmerecer a vontade popular, perdeu os habitantes de Ibicoara uma grande oportunidade de elegê-lo prefeito. Sei, porém que outras oportunidades virão. Perseverança e espírito de luta também são duas das suas grandes virtudes.

*  Presidente do Fórum Pensar Cedro.

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Frase do Dia

“Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais”. Marcel Proust, escritor francês que nasceu em 10 de julho de 1871 e morreu em 1922.