A abominação ética em Alexandre Garcia

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

Um texto irretocável do estudante cotista da UnB, João Marcelo, respondendo ao jornalista Alexandre Garcia, que disse que os cotistas passam por empurrãozinho, pistolão. A propósito Alexandre Garcia é cara da rede Globo, arcaica e saudosista da ditadura militar. O texto, publicado em alguns sites:

Os comentários de Alexandre Garcia nos telejornais da TV Globo são sempre um festival de impropérios, invariavelmente de cunho elitista. Porém, sua declaração recente em que acusa os alunos ingressos à UnB pelo sistema de cotas de "não possuírem méritos para ingressar na Universidade" revela em sua personalidade um pendor de senhor de escravo, um calejamento próprio de uma classe dominante infecunda e profundamente perversa.

A Lei de Cotas nas universidades completou três anos no ano passado. Fruto da mobilização dos movimentos sociais, logrou colaborar no ingresso de mais de 111 mil alunos negros. Ao contrário do propalado pelos intelectuais da Casa Grande, sua efetivação não precarizou o ensino superior público: segundo dados científicos apurados na avaliação dos 10 anos da implementação do sistema de cotas na UnB, o rendimento dos estudantes cotistas é igual ou superior ao registrado pelos alunos do sistema universal. Outras análises, em dezenas de instituições como Uerj e UFG, coadunam com o diagnóstico.

Os argumentos contrários ao sistema de cotas carregam o signo de uma ideologia que fez com que o País vivesse o colonialismo, a escravidão e a própria ditadura. Está no DNA da classe dominante brasileira buscar impedir à emancipação dos oprimidos, por esses constituírem ameaça ao seu domínio. Para esse fim, ocultam os saqueios e opressões que os povos colonizados foram e são submetidos, ao mesmo tempo em que procuram domesticar o imaginário dos oprimidos a partir de mentiras repetidas à exaustão nos meios de comunicação em massa.

Darcy Ribeiro, fundador da UnB e um dos maiores antrópologos brasileiros, teve ocasião de asseverar que o maior problema do Brasil é sua elite. Segundo ele, as elites brasileiras se apropriam unicamente do poder para usurpar à riqueza nacional, condenando seu povo ao atraso e a penúria (ver O livro dos CIEPS, 1986:98). Por isso, carregamos a inglória posição de terceiro país mais desigual do mundo.

Alexandre Garcia é um conhecido bajulador das hostes oficias. Foi aliado de Ernesto Geisel e porta-voz do ditador João Batista Figueiredo. Foi exonerado após postar seminu numa revista masculina. Apoiou a candidatura de Maluf no Colégio Eleitoral. Foi um dos artífices da cobertura global que favoreceu a ascensão de Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. É, pois, co-participe da tragédia social, política, econômica e ideológica da sociedade brasileira.

A TV Globo, que abriga essa triste figura, é a principal aliada de todas as causas abomináveis patrocinadas pela elite contra o povo brasileiro. Sustentou o golpe de 1964, franqueou amplo apoio ao regime militar, deu sustentação aos governos conservadores após a redemocratização. Seu jornalismo sempre perseguiu os movimentos sociais e lideranças populares, cuja expressão mais retumbante foi o herói da pátria Leonel de Moura Brizola.

Quando insulta os alunos da rede pública egressos pelo sistema de cotas, o jornalista vê nisso paternalismo e esmola. É compressível. Quem ascendeu na carreira com favores e migalhas dos plutocratas só pode enxergar nos outros os vícios que carrega. Felizmente, o povo brasileiro não permitirá que a direita apátrida coloque suas mãos sujas de sangue em seus direitos mais caros, para a tristeza do jornalista e seus correligionários.

Areia Branca: prefeita garante piso magistério a partir deste mês
A prefeita de Areia Branca, Acácia Souza, PSD, mais uma vez garantiu o pagamento do novo piso nacional do magistério, no valor de  R$ 2.135,64, num reajuste de 11,36%, a partir deste mês. Para isso convocou a Câmara extraordinariamente e enviou o projeto com o reajuste. Em Areia Branca os servidores vem recebendo dentro do mês.

Desestimulo do Sintese: prefeita paga corretamente e recebe  nota 3,2
Alguém pode explicar qual o critério do Sintese para conceder notas as administrações? Um exemplo é Areia Branca, onde a prefeita Acácia, desde que assumiu em junto de 2014, vem pagando o piso, os salários dentro do mês e cumprindo com os reajustes. Sem falar no pagamento no fim do ano do 1/3 de férias e 1/6 em julho. É preciso refletir se o critério utilizado é o mais correto.

Servidores Alese
Depois de muitos anos, muitos mesmo, os servidores da Assembleia Legislativa tiveram os salários atrasados. Mais m feito histórico para o  presidente da Alese, Luciano Bispo, que deixou como marca quando prefeito de Itabaiana o atraso salarial dos servidores, inclusive para o sucessor. Ontem, 20, um deputado com vários mandatos disse se arrependeu amargamente de ter votado nele. “É o pior da história”. Arrepare!

Juca de Bala retorna às atividades
O prefeito do município de Laranjeiras, Juca de Bala, retornou as atividades na última segunda-feira, 18, após um período afastado para tratamento de problema de saúde. Nesta quarta-feira, 20, o prefeito já fez algumas visitas a obras da cidade com o intuito de vistoriar o andamento das mesmas.

Parcelamento repasse atrasado previdência
Ontem, 20, o blog recebeu cópia do Diário Oficial de Aracaju, de número 3453, co,provando que o prefeito João Alves parcelou em cinco anos o repasse da previdência descontados dos servidores que está em atraso.  Ou seja, descontou, mas não repassou para o Aracaju Previdência.

Célio França e o teste toxicológico
E ontem, 20, após ser preso em Itabaiana, por causar tumulto numa licitação da Prefeitura e por desacato a autoridade na própria delegacia, o empresário Célio França mostrou total destempero. Um agente da polícia que estava na delegacia disse que era preciso fazer um teste toxicológico naquele momento, pois o empresário está totalmente fora de si.

Cartão FNE apresentado a Fies
Ontem, 20, o Banco do Nordeste  apresentou para a diretoria das Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies) novas soluções de crédito disponíveis para o setor.Durante o encontro o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Saumíneo Nascimento, apresentou o Cartão FNE que permitirá, com base numa linha de crédito rotativa, o financiamento de empresas de micro e pequeno porte, na aquisição isolada de bens de produção, a exemplo de veículos, máquinas, equipamentos, além de matéria prima e insumos para indústria e para o setor turístico e compra de mercadorias para o comércio.

Aplicação
Apenas neste ano de 2016, o Banco do Nordeste pretende aplicar, em Sergipe, cerca de R$ 655 milhões. Desse valor, 28,3% serão destinados para o comércio, serviços e turismo e 39% para indústria.O presidente da Fies, Eduardo Prado de Oliveira, ressaltou que, diante da crise econômica, o Banco apresenta um novo produto que facilitará os negócios do setor industrial. "É uma notícia excelente", comemora.

Cadastro de Fornecedores
Os interessados em atuar como fornecedores nos financiamentos do Banco do Nordeste, por meio do Cartão FNE, já podem realizar o cadastro no endereço http://www.bancodonordeste.gov.br/cartaofne/fornecedor.  

Cine Vitória traz história de refugiado
Nesta quinta-feira, 21 de janeiro, chega a Aracaju (SE) o filme “Iván”, que retorna em cartaz nacionalmente após passar por oito cidades brasileiras (inclusive São Paulo e Curitiba, onde permaneceu em cartaz por três semanas nas duas capitais). Esta é a primeira cidade do Nordeste a receber o longa-metragem, que tem apoios da ONU e dos Escoteiros do Brasil. O filme será exibido no Cinema Vitória, com sessões às 17h (nos dias 21, 23, 24 e 27) e às 14h no dia 22/01.

Cine Vitória traz história de refugiado II
“Iván” é um filme dirigido por Guto Pasko (o mesmo de “Made In Ucrânia – Os Ucranianos do Paraná”), que retrata a história real do refugiado ucraniano Iván Bojko, que durante a Segunda Guerra Mundial foi tirado à força de seu país por nazistas, realizou trabalhos forçados na Alemanha, imigrou para o Brasil, foi impedido de fazer contato com sua família, e após 68 anos retornou à Ucrânia, aos 91 anos, em um reencontro com sua família, seu país e seu passado.  O filme tem diversas cenas emocionantes e marcantes, revelando detalhes surpreendentes sobre a guerra que devastou as vidas de muitas pessoas próximas ao personagem.

Nova Edição do Guia Sergipe Trade Tour
Será lançado no dia 26 de janeiro no Radisson Hotel Aracaju, em um evento somente para convidados, a 13 º Edição do Guia Sergipe Trade Tour – 2016/17, publicação da S&Z Comunicação. A obra destaca destinos de turismo sergipanos em português e em inglês e contará com 200 páginas, apresentando os roteiros turísticos de vários municípios de Sergipe e ainda o turismo rural, culinária regional e as  manifestações culturais do estado.

Atrações turísticas
Para a criadora do Guia Sergipe Trade Tour, Waldete Zampieri é uma  grande satisfação que anuncia o lançamento do Guia, cujo objetivo é mostrar aos turistas tudo o que Sergipe tem de melhor para oferecer, abordando os pontos e atrações turísticas, melhores hotéis e locais de alimentação, com fotos e informação.  “O guia dá  oportunidade para que todos conheçam o que Sergipe tem de melhor, sua natureza, o litoral, o sertão, a culinária e principalmente a sua gente", destaca  Zampieri.

Ferramenta
Segundo Waldete, quanto mais locais visitados, maior a probabilidade de acréscimo à economia local. “O Guia de Turismo Sergipe Trade Tour é uma ferramenta que irá proporcionar aos visitantes um turismo receptivo, contribuindo para melhorar a imagem que eles têm ou possam ter sobre o estado, e também para convidá-los a conhecer outros locais interessantes, que normalmente não iriam conhecer do estado”. O Sergipe Trade Tour estará nas bancas a partir do dia 28/01.

Diga Não ao Diabates. Mutirão de Natal foi sucesso em Aracaju
A Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju realizou o Mutirão de Natal no dia 26 de dezembro de 2015 das 8h às 12h  no Instituto Social Assis Chateaubriand,( Rua Faustina Araujo 133 ), no Conjunto Bugio.Como em outras oportunidades esse Mutirão de Diabetes, teve suas ações Coordenadas pela Associação Sergipana de Proteção ao Diabético ( ASPAD ), entidade ligada à uma das suas apoiadoras Nacionais, a FENAD ( Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes ), contando com o apoio da Prefeitura Municipal de Aracaju, comandada pelo prefeito João Alves Filho.

Infraestrutura
A Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju forneceu a infraestrutura para a realização do evento, além de cerca de 10 voluntários

Equipe que realizou com sucesso o mutirão de Natal no Bugio.

originários do seu quadro funcional, sem os quais o trabalho dificilmente sairia a contento em sua plenitude. Além disso, nessa oportunidade contamos com o apoio também precioso de uma Equipe de Farmacêuticos gentilmente cedidos pelas Farmácias Pague Menos que auxiliaram na realização de glicemias capilares.

Papai Noel Azul. Cor da luta mundial pelo controle do diabetes
A Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju, através do Secretario Luciano Paz  juntamente com o Centro de Diabetes de Sergipe,realizou o mutirão em homenagem ao Natal e contou com a impagável presença do Nosso Papai Noel Azul ( cor que simboliza a luta Mundial pelo controle do Diabetes ), na pessoa do Jornalista Antonio Valadão, que além de alegrar e enriquecer o evento fez diversas observações construtivas sobre diabetes, como evitar complicações e a melhor maneira de realizar adequadamente o Seu tratamento.

Apoio
O evento contou com o apoio da Universidade Tiradentes (UNIT) e alunos voluntários do curso de enfermagem da Universidade Federal de Sergipe, que teve à sua frente a Acadêmica de Enfermagem Thais Fontes,de Membros da  Sociedade Médica de Sergipe (SOMESE), da ASPAD e do Centro de Diabetes de Sergipe,sendo Coordenado pela Associação Sergipana de Proteção ao Diabético ( ASPAD ),e pela  Sociedade Brasileira de Diabetes-Regional-SE ,com o apoio da  Federação Nacional de Entidades e Associações de Diabetes ( FENAD ) e das Sociedades Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional-Se e de Cardiologia Regional-SE, além de ter contado com  o grande apoio que o Prefeito João Alves Filho proporcionou para que pudesse ser realizado esse  grande Mutirão de prevenção e diagnóstico do Diabetes.

PELO TWITTER

www.twitter.com/WilliamFonseca  Ninguém morre de amor. Mas por falta dele se faz muita bobagem. E muitas delas sem retorno.

www.twitter.com/LeonardoBoff  De Bauman:"há um colapso de confiança e a crença de que os líderes políticos não são apenas corruptos ou estúpidos senão que são incapazes".

www.twitter.com/APORTO75  Temos q ter a serenidade para compartilhar as boas e tb as más notícias pq elas  precisam ser ditas. Nada de colocar pra baixo do tapete.

www.twitter.com/JacksonBarreto  Meu coração se enche de alegria em estar aqui, louvando a Deus junto com esse povo todo. Jesus é o caminho, a verdade e a vida.

www.twitter.com/FreiJoaoPaulo  Lula se considera um deus! FHC também! Sabe Pavão? Perde para o ego desses dois!  Eu, eu, eu e mais eu…A briga de FHC e Lula é para ver quem mais incensa a si próprio!

ARTIGO

Fórum de Religião de Matriz Africana. Caminhada para Oxalá Por Irivan de Assis*

Na segunda metade do século XIX, surgiram no Brasil diversos grupos organizados que recriaram no Brasil cultos religiosos que

reproduziam não somente a religião africana, mas também outros aspectos da sua cultura na África. Nascia à religião afro-brasileira dos Orixás, Voduns e Inquices, chamada de Candomblé primeiro na Bahia e depois pelo país afora, tendo também recebido nomes locais, como xangô em Pernambuco, Tambor-de-Mina no Maranhão, Batuque no Rio Grande do Sul. Os principais criadores dessas religiões foram os negros das naçõesYorubás ou Nagôs, especialmente os provenientes de Oió, Lagos, Keto, Ijexá, Abeocutá e Ikiti, e os Mahis e os Daomeanos. Floresceu na Bahia, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Sul e nos demais Estados do Brasil.

Durante muito tempo, em lugar de respeito para com o candomblé, a política pública foi norteada pela repressão. O candomblé foi reprimido, principalmente durante a época de Vargas e do Estado novo. Entre 1930 e 1950, as reuniões eram frequentemente reprimidas pela polícia e os praticantes do culto eram presos, humilhados e discriminados. Nenhum terreiro esteve salvo das batidas da polícia, inclusive os mais antigos e respeitados passaram por este constrangimento e por essa agressão consumada pela apreensão dos objetos sagrados. Apesar dessa atitude repressiva que se estendeu por séculos, mantiveram o culto aos Orixás e as tradições africanas.

Com o objetivo de combater permanentemente a intolerância religiosa, bem como toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e violência contra as comunidades tradicionais de religiosidade de matriz africana e fomentar a construção e implementação de políticas públicas, principalmente religiosas, sociais, ambientais e culturais, voltadas para as comunidades tradicionais de religiosidade de matriz africana e seus espaços considerados sagrados, o fórum sergipano sentindo a necessidade cada vez premente em defesa da religião de matriz africana apresenta como estratégia  de articulação, mobilização, unidade e organização da luta pela liberdade de culto a Caminhada Estadual Para Oxalá, com o tema: Nada Abala Minha Fé, como forma concreta e efetiva de expressão de liberdade e proposições de políticas públicas que fortaleça a luta na promoção da igualdade e contra a intolerância religiosa.

A população brasileira, após viver um período de 25 anos de ditadura militar, encontra-se ainda em processo de consolidação da democracia plena. Existem questões estruturais que esta democracia ainda não conseguiu resolver. Uma delas se refere ao exercício pleno das garantias constitucionais, principalmente nas questões relativas à liberdade de expressão e consciência religiosa. A perseguição religiosa, observada nos Estados brasileiros e especificamente em Sergipe, reflete essa fragilidade democrática.

Os conflitos religiosos e a situação de vulnerabilidade das religiões de matriz africana são os reflexos de uma sociedade que se fortaleceu e enriqueceu na base da escravidão. Então, a exclusão de milhares de adeptos e seguidores das religiões de matriz africana no Brasil são historicamente estigmatizados e mantidos por séculos a margem das políticas sociais, e sofre hoje a tentativa de aniquilamento de suas crenças e identidade cultural, mantida a duras penas nas casas de candomblé e umbanda em todo país. A religiosidade trazida para o Brasil pelos africanos que aqui chegaram escravizados, no início do século XVI, é considerada a última fronteira de resistência cultural de milhares de negros e mestiços brasileiros.

A perseguição às religiões de matriz africana tem início no período colonial, com a chegada forçada de vários negros e negras e escravizados (as), que durou cerca de mais de três séculos. O Brasil possui a segunda maior população negra do mundo fora da África. Por este motivo, caracteriza-se por um país mestiço, onde cerca de 51% (cinquenta e um por cento) da população têm ascendência de origem africana, segundo dados do Instituto Brasileiros de geografia e Estatística – IBGE -, de 2010. A maior contribuição para a formação de nossa identidade cultural vem da religiosidade africana. É dela que tem origem as maiores expressões artísticas e culturais do país como o samba, o choro, o frevo, a bossa nova, as festas populares como o carnaval e de São João, as folias, a capoeira, etc., além da nutrição e culinária.

Mesmo com o fim da escravidão no Brasil, no final do século XIX, os negros e afrodescendentes se mantinham em condições sub-humanas. O fim da escravidão não representou melhoria na qualidade de vida desta população. Sem trabalho, sem estudo e sem moradia, iniciaram construções de barracos (de madeira) nas encostas dos morros e na periferia das cidades. Também não deixaram de ser perseguidos pelo novo governo, quando o assunto era o culto as suas tradições religiosas. O Estado brasileiro utilizava-se de suas policias para prender, invadir casas e quebrar objetos litúrgicos daqueles que entoavam seus atabaques para agradar os deuses e rememorar seus ancestrais africanos. O Candomblé e a Umbanda, como se denominam as religiões de origem africana, eram oficialmente proibidos no Brasil, na forma da Lei.

Esta proibição, por parte do Estado brasileiro, durou quase um século no período republicano. No final da década de 1950, por iniciativa da Yalorixá Eugênia Ana dos Santos (filha de africanos Gruncis e sacerdotisa da tradição yorubá), foi que o governo decretou o fim da proibição das manifestações religiosas de origem africana no país. Porém, esta liberação por parte do governo não representou o fim das perseguições que, infelizmente, são vividas ainda hoje pela quase totalidade dos religiosos.

Reconhecendo que a prática de ato de intolerância religiosa constitui violação ao Estado Democrático de Direito, que não se coaduna com a finalidade de construção de uma sociedade livre, justa e solidária,  a Caminhada Para Oxalá –  organizada pelo Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana e pela Comissão de diversas entidades e terreiros denunciará a sociedade sergipana todos os atos de intolerância e vai apresentar uma carta de Sergipe, que contribuirá para combater tais atos e com a laicidade do Estado, municiando sempre que possível , os órgãos de execução do Ministério Público, para que adotem as providências cabíveis, a fim de preservar os direitos fundamentais das pessoas, independentemente de sua crença religiosa.

Portanto, a caminhada para oxalá – que vai acontecer em 22 de janeiro de 2016, na Praça Fausto Cardoso – 15 horas, representará para a religião de matriz africana em Sergipe, o fortalecimento da nossa união e da nossa fé – será o momento que vamos todos juntos lutar contra a intolerância religiosa e defender a liberdade de culto e acima de tudo louvar o Grande Orixá Pai ÓOSÀLÁ (OXALÁ). Epa, Epa Babá. Nada Abala Minha Fé.                
Pejigan
*Coordenador Estadual

Blog no twitter: http://www.twitter.com/BlogClaudioNun

Frase do Dia
“As revoluções são as festas dos oprimidos e explorados.” Lenin, revolucionário russo,morreu em 21 de Janeiro de 1924  (n. em 22 de Abril de 1870).

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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