SSP trata sequestro relâmpago como crime pontual

SSP diz que órgãos podem investigar denúncias de ação de quadrilhas

Até o início de março pelo menos cinco casos de crimes semelhantes a seqüestro relâmpago ocorridos em Aracaju haviam sido noticiados desde dezembro. O mais recente foi registrado no dia 6 deste mês, quando um homem foi levado por dois bandidos armados, enquanto aguardava a esposa em frente a uma clínica veterinária, no bairro Salgado Filho.

Apesar de não ter sido obrigado a sacar dinheiro em uma agência bancária, a vítima teve o carro levado e foi deixado pelos bandidos no município de Cedro de São João, a 94 Km da capital.

O Portal Infonet entrou em contato com o comandante de Policiamento da Capital, coronel Maurício Iunes, para saber que tipo de tratamento é dispensado pela Polícia a crimes desse tipo. Iunes, entretanto, negou que existam registros oficiais ou estatísticas acerca de sequestro relâmpago na capital. O coronel explicou que esse crime é caracterizado como tal apenas quando a vítima é levada pelos bandidos a sacar dinheiro. “Não há seqüestro quando a pessoa é apenas rendida. Neste caso recente houve, na verdade, um roubo de veículo e o caso já está sendo acompanhado”, disse.

Maurício Iunes diz que não há registro de sequestro relâmpago em Aracaju

Na Secretaria de Segurança Pública (SSP) a informação é de que não existe um órgão específico para investigações desse tipo de crime. “Ele [o sequestro relâmpago] nem é tipificado, por isso é tratado como se fosse um assalto. Assim, as investigações são assumidas pela delegacia da área onde ele aconteceu. Cada uma tem autonomia para isso”, afirma Lucas Rosário, assessor de comunicação do órgão.

Questionado sobre o número de casos ocorridos nos últimos meses, com características de sequestro, Lucas disse que cada um ocorreu de forma isolada, mas que eles acabam servido de alerta para a atuação de divisões da Polícia. “Quando existe uma denúncia que trata da ação de uma quadrilha, pode haver a orientação para que o Cope [Complexo de Operações Especiais] ou a Divisão de Inteligência assuma as investigações”, acrescenta.

“Quadrilha do Monza Preto” foi desarticulada em 2009
Como exemplo ele cita o caso da ‘Quadrilha do Monza Preto’, cujos integrantes foram presos em maio de 2009. “Nesse caso havia uma série de assaltos na mesma região [bairro salgado Filho], que resultaram nas investigações por parte do Cope, da Divisão de Inteligência e da delegacia local”, lembra.

Casos

Em dezembro do ano passado, um engenheiro agrônomo foi surpreendido também por dois homens quando tentava estacionar o carro na frente de casa, na avenida Saneamento. Já no mês de janeiro dois casos de seqüestro relâmpago foram registrados: no primeiro, dia 19, um taxista foi levado do conjunto João Alves, em Nossa Senhora do Socorro, e abandonado sem roupa em um matagal do conjunto Santa Gleide.

O segundo ocorreu no dia 21/01, quando um bancário foi levado do conjunto Orlando Dantas e abandonado em um matagal em Santo Amaro das Brotas. No dia 3 de fevereiro outro taxista foi vítima de dois homens que o levaram do conjunto Jardim Centenário até o conjunto Veneza, no bairro Capucho, na saída da capital.

por Diógenes de Souza e Raquel Almeida

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