Defesa diz que ficou provado que não houve maus-tratos contra criança

Defesa diz que ficou provado que não houve maus-tratos contra criança (Foto: reprodução – vídeo – redes sociais)

A defesa da técnica de enfermagem Lídia Fontes confirmou nesta quinta-feira, 5, que ficou provado que não houve maus-tratos contra a filha. A comprovação ocorreu durante a primeira audiência de custódia relacionada ao caso do advogado e jornalista Celso Adão. O corpo de Adão foi encontrado por policiais militares dentro de uma mala, armazenada em uma geladeira, em um apartamento no bairro Suíssa, na capital sergipana.

O crime, que chocou a cidade, foi descoberto quase um ano atrás, em 20 de setembro de 2023, quando policiais cumpriam uma ordem de despejo contra a técnica de enfermagem Lídia Fontes. Ela é acusada de ocultar o corpo da vítima por quase sete anos e de submeter sua filha menor de idade a maus-tratos, devido às precárias condições de higiene encontradas no local, conforme relatado pelo Conselho Tutelar. No entanto, na primeira audiência de instrução sobre o caso, a defesa afirma que ficou comprovado não haver indícios desse delito.

A advogada Katiúscia Barbosa, representante da acusada, afirmou que a primeira audiência de instrução do processo foi concluída no início da tarde desta quarta-feira, 4, na 6ª Vara Criminal de Aracaju. Segundo Barbosa, seis testemunhas, além da própria ré, foram ouvidas durante a sessão, e as declarações reforçam a ausência de crime relacionado aos maus-tratos contra a criança.

“Foi finalizada uma das fases processuais, ocorrida na a audiência de instrução, onde foram ouvidas as testemunhas e a ré. Nesse momento ficou constatado que não houve crime de maus-tratos contra a criança, mas que no momento dos memoriais que ainda serão apresentados pelo MP e defesa, será ratificado com a possível absolvição por esse crime”, explicou a advogada.

Ainda assim, a defesa admite que a ré confessou o crime de ocultação de cadáver, delito pelo qual deve responder. “Quanto ao crime de ocultação, ela assume que fez e provavelmente só irá responder por esse crime”, finalizou Barbosa.

Lídia alega não ter matado Celso Adão. Segundo sua versão, ao retornar do trabalho, encontrou a vítima morta no chão de seu apartamento. Temendo o que as pessoas poderiam pensar, ela decidiu colocar o corpo em uma mala e guardá-lo na geladeira. O fato teria ocorrido em 2016.

A defesa também informou que Lídia foi declarada semi-imputável após uma avaliação psiquiátrica realizada durante sua internação no Hospital de Custódia. “Essa condição significa que, no momento da ação, Lídia não possuía plena capacidade de entender o que fazia, sendo parcialmente incapaz. Portanto, a audiência de hoje permitirá que a juíza e o promotor ouçam Lídia e esclareçam os detalhes do ocorrido, diretamente de quem viveu a situação”, explicou a advogada Katiúscia Barbosa.

por João Paulo Schneider 

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