De acordo com Ricardo Miguel dos Anjos, de 33 anos, que é esposo de Maria José, três policiais chegaram em uma viatura na frente de um supermercado localizado no Conjunto pedindo para que ele colocasse a mão na parede. Ricardo diz que ao obedecer à ordem da polícia foi agredido com um chute. Ao perceber a agressão sofrida pelo marido, Maria José diz que foi até os policiais e tentou explicar “Nisso um policial me deu um murro na boca, saiu me arrastando para o outro lado da rua algemada na frente de todo mundo. Ele me deu chutes, pontapés e puxou pelo meu cabelo. No momento não vi mais nada, só sei que fui levada para a delegacia do Santa Maria”, afirma Maria, ressaltando que a todo momento foi ameaçada pelo policial. “Ele me chamava de vagabunda e dizia que se eu contasse para alguém o que estava acontecendo a minha família poderia sofrer represálias”, conta. Ricardo conta que trabalha na região fazendo carrego e não sabe porque foram abordados de maneira tão violenta pelos militares. Após seis dias a esposa de Ricardo não consegue esquecer a “Algumas pessoas que trabalham naquela região já se ofereceram para testemunhar o que viram. Essas pessoas não são nossos amigos, elas apenas sabem que trabalhamos naquela área”, diz Maria José. O casal que é de Pernambuco está morando na capital sergipana há um ano e diz que a situação foi pior porque os dois filhos de 4 e 10 anos presenciaram o fato. “Meu filho de 10 anos foi tentar me socorrer e quando encostou no policial ele deu uma cotovelada no rosto dele”, conta Maria José, salientando que o filho de 10 anos também foi levado na viatura junto com ela que estava algemada. Em meio a agressão a mulher ressalta o comportamento de um militar que estava na Delegacia do Santa Maria. “Um policial chegou viu minha situação e disse que iria deixar a porta da sala aberta para que eu fugisse”, lembra. Delegacia Ricardo Miguel diz que só não foi preso porque estava com a filha de 4 anos dentro do carro e conseguiu sair do local rapidamente. O autônomo afirma que ao deixar a filha na casa de sua mãe foi para a delegacia plantonista e relatou o fato ao delegado que pediu para o oficial do dia que fosse até a Delegacia do Santa Maria e trouxesse a mulher.
Humilhada, bastante nervosa e chorando muito a autônoma Maria José Pereira de Almeida, de 41 anos, conta os momentos de medo que viveu ao ser algemada, agredida e ofendida por um policial militar. O fato aconteceu na tarde da última quinta-feira, 1º, no Conjunto Orlando Dantas, localizado na zona sul da capital. Bastante abalada o casal diz que foi agredido por policiais Foto: Portal Infonet
que o esposo era pai de família e trabalhador e que estavam no local para fazer compras no supermercado. O filho do casal de 10 anos apresenta hematomas no rosto Foto: Portal Infonet
humilhação sofrida e diz que as pessoas que presenciaram o fato ficaram indignadas com a ação. Muito nervosa e chorando muito a mulher não esquece a humilhação
“Somos pessoas de bem, não merecíamos uma agressão como essa, só quero pedir Justiça porque esses policiais não merecem trabalhar para a sociedade”, lamenta a autônoma. Maria José diz que a perna foi quebrada após agressão sofrida
Na manhã desta terça-feira, 6, o casal estava com o filho de 10 anos no Instituto Médico Legal (IML) onde iriam realizar o exame de corpo delito na criança que apresentava hematomas no rosto.O caso também foi levado à Delegacia de Grupo Vulneráveis onde os pais prestaram queixa da agressão.
SSP
A Secretaria da Segurança Pública marcou para ouvir o casal nesta terça-feira, 6, às 16h na sede da secretaria.
“Se a narrativa do casal se confirmar os policiais serão punidos porque não se admite que policiais que são colocados para prestar um bom serviço à sociedade tenham essa atitude, por isso o secretario estará reunido com o relações públicas da PM e o corregedor para apurar os fatos”, esclarece Lucas Rosário, assessor de comunicação da SSP.
Por Kátia Susanna
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