Segundo a proprietária do bar de iniciais P. E. L, que preferiu não ser identificada, os policiais chegaram por volta das 10h30 no estabelecimento situado nas proximidades do quebra mar, na companhia de duas mulheres e de um rapaz. “Nós estávamos nos preparando para fechar, mas eles chegaram perguntando se ainda tinha cerveja gelada e então resolvemos atender, afinal vivemos do nosso comércio”, relatou a proprietária. P.E.L ainda informou que depois de algum tempo, eles começaram a dançar com as mulheres de maneira pornográfica. “Eles começaram a simular cenas de sexo, e diversos outros atos pornográficos, daí começou toda a confusão”, explicou. De acordo com a proprietária, o seu marido, que não sabia que se tratava de policiais, pediu que eles se comportassem. “Meu esposo falou que estava com a mulher e a filha e que aqui é um local de respeito e de família, aí um deles foi logo atirando para cima e agredindo meu marido com muros”.
Na manhã dessa segunda-feira, 17, foi registrado um intenso movimento na delegacia Plantonista e Instituto Médico Legal (IML). Toda a movimentação se deu porque dois policiais militares estão sendo acusados de agredir uma mulher grávida e disparar contra dois rapazes, na Atalaia Nova, no município de Barra dos Coqueiros. Mulher foi atingida com sombreiro na região da nuca
A dona do bar ainda informou que os policiais chegaram ao estabelecimento consumindo uma bebida de maracujá. “Eles chegaram com uma garrafa de dois litros de batida de maracujá e ficaram tomando cerveja e a batida”, relatou. Proprietária do bar mostra a garrafa de bebida dos policiais
Luiz recebu um tiro na perna esquerda
Ainda segundo a esposa, no momento em que os policiais agrediam o proprietário do bar, as mulheres foram embora e ela pegou um sobreiro e foi para cima dos policiais na tentativa de ajudar o esposo. “Quando tentei tirar meu marido do meio da confusão, um deles pegou o ferro do sombreiro e bateu com toda força na minha nuca, ai acabei desmaiando”, relatou.
Disparos
Dois rapazes que estavam no bar, identificados como Adelmo dos Santos e Luiz Carlos Nascimento Júnior teriam tentado ajudar os donos do bar. “Quando vi a mulher caída no chão, tentei conter a ação do policial que pretendia espancá-la, aí um deles correu até o carro, depois só ouvi os tiros e senti minha perna queimando”, comentou Luiz Carlos.
Ele também confirmou que os policiais estavam realizando atos libidinosos e que o proprietário do bar pediu para parassem. “Eles estavam desrespeitando o ambiente e o dono foi só conversar para tentar resolver o problema, aí tudo começou”, relatou.
O rapaz também informou que não conhecia nenhum dos envolvidos e que essa era a primeira vez que freqüentava o bar. “Minha mãe mora próximo ao bar, então fui lá com um amigo, mas nunca tinha visto essas pessoas. O pior de tudo é que se eu tivesse me abaixado para socorrer a mulher esse tiro tinha acertado era minha cabeça”, desabafou. Adelmo teve as duas pernas atingidas
O outro rapaz baleado comentou que chegou ao bar em companhia dos policiais e que todos estavam bebendo. “Chegamos juntos, pois tinha conhecido eles naquele dia em uma festa, mas na hora da briga eu também fui ajudar o povo do bar e um deles acabou disparando em mim”, relatou José Antônio.
Segundo as vítimas, depois dos disparos os homens fugiram do local, mas a polícia foi acionada e acabou prendendo um dos policiais identificado como Antônio Marcos Santos Rodrigues.
Policial Policial foi encaminhado ao IML para realizar exames
Na Delegacia Plantonista, Leosírio Gomes, advogado do policial, informou que seu cliente não lembra do que aconteceu. “Ele não lembra muito do que aconteceu, só sabe que começou a ser espancado e por conta das agressões está um pouco tonto. Vou me inteirar das coisas e só depois poderemos afirmar alguma coisa”, explicou o advogado.
O policial apenas informou que estava junto com outro amigo, mas que não recordava se este é policial ou não. O outro homem ainda não se apresentou à polícia. Todos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal(IML) onde realizaram exames de corpo e delito.
Por Alcione Martins e Carla Sousa
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