A população queimou pneus e troncos de árvores na avenida Paulo Figueiredo Barreto. A revolta dos moradores provocou conflito entre os manifestantes e a polícia. O trânsito ficou interrompido e um grande congestionamento foi formado. Policiais militares e bombeiros foram chamados para tentar conter os manifestantes, mas as chamas só foram apagadas após muita negociação. Durante o “Imagine se um carro grande desse ficou atolado nessa lama, imagina um carro pequeno? Aqui ninguém tem respeito pela gente chegaram com um carro e cortaram a nossa energia”, afirma o pintor José Hélio dos Santos. O pintor diz que durante o protesto chegou a ser algemado por um policial militar, mas após pressão dos manifestantes foi solto. “Sou pai de família tenho oito filhos, só estou aqui pedindo para que alguém venha nos socorrer. Não é justo a nossa situação, meu barraco está na lama, correndo o risco de cair. Ninguém vem aqui nos ajudar”, questiona. Aos 65 anos, a idosa Maurina Fernandes, que mora na invasão há oito anos, lamenta a falta de Com oito filhos pequenos a dona de casa Josinete de Jesus Batista sonha com o dia em que terá direito à casa própria. Para Josinete, a rotina é difícil e os filhos estão doentes por falta de saneamento. “Aqui as crianças não têm onde brincar, fica com o pé na lama. Estão todos doentes. Não sei o que fazer, queria que as autoridades se sensibilizassem com o nosso problema e desse um canto para morar com meus filhos”, desabafa. Prefeitura De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, o terreno onde está localizado o residencial foi comprado. A assessoria explicou que após a desapropriação existe um projeto para construção de unidades habitacionais, mas falta a captação dos recursos. Segundo a prefeitura, 176 famílias estão cadastradas para este projeto. Energisa O assessor de comunicação da Energisa, Augusto Aranha, disse que a empresa foi obrigada a coibir o fornecimento de energia porque as ligações eram clandestinas. Segundo Aranha, a empresa não recebeu o comunicado de que o terreno foi adquirido pela prefeitura. O assessor disse que se a empresa receber algum comunicado da prefeitura pode tentar um acordo para que a rede seja restabelecida no residencial. Confira o vídeo com as reivindicações dos moradores Por Kátia Susanna
No inicio da tarde desta segunda-feira, 17, moradores do residencial Vitória da Resistência fecharam a principal avenida do conjunto Lamarão, zona norte da capital. A via que dá acesso ao conjunto João Alves em Nossa Senhora do Socorro ficou fechada por mais de uma hora. As péssimas condições do local, onde barracos correm o risco de desabar, a lama que toma conta das ruas e o corte da energia elétrica motivaram a manifestação. Moradores fecharam a avenida principal do Lamarão Fotos: Portal Infonet
protesto, uma viatura do Batalhão de Choque da PM ficou atolado. Dona Maurina lamenta a situação das famílias
estrutura do local. “Moro com meus dois netos em um barraco pequeno porque o barraco onde a minha filha mora não cabe os filhos. Todos nós estamos sofrendo muito porque tem gente que perdeu tudo nessas chuvas, as crianças estão doentes, o esgoto corre a céu aberto e nós somos obrigados a pisar na lama para sair de casa”, relata à idosa. A dona de casa mostra que o barraco está em péssimas condições
Sem água potável e com o corte da energia elétrica, as famílias estão desesperadas. “Tenho nove filhos e não sei como será ficar aqui sem energia. Tenho medo da violência e com certeza os mosquitos vão aumentar muito. Não podemos ficar aqui sem energia”, conclui a diarista Mônica Valéria Mendes. Uma viatura do Batalhão de Choque ficou atolada no local
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